M1:Bom dia, boa tarde, boa noite vamos começar hoje mais um episódio dos Agilistas, a gente fez um episódio recentemente no qual nós falamos sobre a nossa visão e objetivo desse episódio é sempre de compartilhar experiências nossas de como é que se cria uma estrutura mais orgânica, uma estrutura que evolui mais sozinha, uma estrutura que seja capaz de sentir e responder ao ambiente que é o tema principal aqui dos Agilistas, eu sempre gosto de deixar isso bem claro não tem nenhuma pretensão de achar que a nossa estrutura é a que alguém tem que necessariamente copiar, ou que nós temos uma receita, a gente está aqui compartilhando como a gente convida vários convidados para compartilhar experiências deles, como a gente tem essa sorte de ter uma estrutura que é toda orgânica a gente acha interessante compartilhar para sair do abstrato, não ficar ali só falando da teoria, de complexidade (inint) e restrições habilitadoras e um monte de coisas que a gente gosta de falar, mas não mostrar exemplos práticos e a gente achou interessante nessa sequência a gente pegar um dos pilares dessa nossa visão, a nossa visão claro detalha, mas ela quer mostrar bem claro para nós todos e para que a gente possa continuamente construir isso que nós somos uma rede, uma incrível rede e essa rede ela tem alguns pilares e um dos pilares dessa incrível rede é a colaboração e a colaboração é uma coisa super interessante, porque é algo que muito se fala e às vezes pouco se tem, se faz na prática, então o objetivo aqui hoje, eu já vou apresentar os convidados, é que a gente fale mais sobre essa colaboração e o objetivo é mais do que ”Veja como na DP a gente colabora.” não é esse o objetivo do episódio, o objetivo é mostrar o seguinte: como é que uma estrutura dessas é habilitadora de colaboração, mas para ser uma habilitadora de colaboração o que tem acontecer, tem o papel das pessoas, tem o papel da liderança, tem o papel da estrutura, tem um tanto de coisa que tem que acontecer para que a colaboração de fato aconteça, então sem mais delongas aqui vou apresentar os convidados, temos aqui o Vinição todos já conhecem bem, e aí Vinição beleza?
M2: Tudo bem pessoal, beleza vamos lá.
M1: O Mike, ele já participou anteriormente, não é Mike? Mike é o codinome, não sei nem o nome dele mais só chamo de Mike.
M3: Oi pessoal, tudo bom?
M1: A Larissa também, ela tem um codinome.
F1: Já sou Ziza (inint) também.
M1: Estou aqui com a Ziza, com Mike e com Vinição, então pessoal a primeira pergunta que eu gostaria de fazer é assim: como é que vocês sentem, talvez seja a pergunta mais básica, como é que vocês sentem essa colaboração no dia a dia, o que significa na prática essa colaboração? Seria interessante a Ziza ou o Mike começar a responder isso que está ali no dia a dia, como é que vocês sentem essa colaboração.
F1: Eu acho que no meu contexto, que eu tenho papel de design dentro da DTI, eu sinto muito na forma como a gente se organiza, eu acho que o fato de termos aí as nossas (inint) as nossas (inint) as nossas alianças, tribos essa organização em grupo, eu acho que já fomenta automaticamente a colaboração, hoje eu não consigo ver no meu dia a dia eu fazendo um trabalho sozinha, eu acho que cada um se complementa aqui, os nossos (inint) são disciplinares, então já fomenta a colaboração por ser multidisciplinar, então no dia a dia eu vejo muito assim no nosso contexto dos designers, hoje eu atuo, nós somos duas designers atuando no mesmo projeto, isso a muito tempo atrás não era tão normal a gente ter dois designers atuando no mesmo projeto e hoje eu atuo junto com a Bruna no mesmo projeto, então a gente tem uma troca muito grande no dia a dia e isso se expande também a nível (inint) de design, a gente tem comentado cada vez mais, hoje a gente faz (inint) de design todos os dias, então a gente tem uma troca muito grande, então se tem alguém que está com problema já finaliza ali na dele ou fez algo muito legal já sinaliza ali e compartilha com todo mundo e sempre que a gente precisa está todo mundo muito disponível, eu acho que o fato de a gente ter essa rede de contato ali no (inint) também fomenta muito a colaboração e assim no meu dia a dia todas as vezes que eu precisei de uma ajuda ou que eu vi algo legal foi compartilhado ou foi atendido aí, a (inint) de design é muito forte nesse sentido e a gente vê isso também na DTI como um todo, quantas vezes eu precisei de ajuda em um projeto, não mais hoje, mas na mesa ali, rabiscava e conversava e trocava uma ideia ou sabe que alguém é referência em alguma coisa vai lá e procura e essa pessoa está sempre muito disponível, eu acho que a colaboração está em todos os momentos da DTI no dia a dia.
M1: Eu achei interessante olha só, você colocou vários elementos aí, achei bacana o seguinte, você pode enxergar a colaboração primeiro a própria forma de fazer o trabalho exige que seja colaborativo, porque a definição de como a gente faz o trabalho é como se já tivesse meio que o jeito que você se organiza como times multidisciplinares, você já fala assim ”Estou resolvendo um problema com várias disciplinas diferentes.” e aí assim é quase que pensar já é uma estruturação que não é um cara faz a parte dele e não quer saber o que está acontecendo, não é isso é um time, então já cria um incentivo para colaborar independentemente da vontade individual de cada um, fala assim antes de entrar no desejo de cada um de colaborar a gente ataca o problema de forma colaborativa, imaginando que ali todos tem uma contribuição relevante a dar, mas o outro nível é isso também, mas dentro do contexto do problema isso é até mais simples porque está todo mundo unido naquele problema, mas além daquela colaboração que acontece dentro do time você comento existe uma colaboração CROSS, digamos assim, com outros times seja da tribo, de outras tribos, com outras (inint) e etc, achei interessante essas duas dimensões porque pensando em quem quer habilitar a colaboração e ai é uma coisa que a gente sempre comenta aqui, as ações oblíquas, alguém quer habilitar a colaboração para ver e pensa assim ”Eu vou começar a botar uma meta de colaboração e vamos bater essa meta de colaboração.” mas é engraçado uma ação obliqua, por isso que a gente fala muito de começar a fazer times multidisciplinares é o seguinte, você pega os caras que estão ali em caixinhas e coloca eles em um time e dá um objetivo para eles e dá um espaço ali, você criou um ambiente ali, concorda Vinicius?
M2: Eu acho perfeito o que você colocou pensando nessa questão estrutural, a nossa estrutura, não é nem a nossa, eu vou falar assim, a estrutura de um modelo ágil, de ser multidisciplinar ela já é estruturalmente provoca isso, mas tem essa questão talvez que é fácil imaginar isso no entorno de um squad ou alguma coisa do tipo e em um ambiente mais amplo, igual você falou algo crucial para mim é ter restrições, mais sorte, não restrições hard, como o próprio Davids Noden fala, tipo se você coloca metas muito rígidas, você coloca muitas caixinhas, você coloca restrições muito hard, então as pessoas não tem aquela ambiguidade que você fica um pouco na dúvida e você fala ”Não, é possível que eu faça isso, é possível que eu interaja na rede aqui para poder ajudar outra pessoa.” em termos estruturais também o que eu tenho enxergado cada vez mais, até com crescimento da DTI é que a colaboração ela precisa ser estruturalmente avaliada, não pode ser tipo assim ”Tem coisas que organicamente elas não tem os atratores.” quando a gente fala de atratores de teoria da complexidade que fomenta a colaboração, por exemplo o ambiente virtual ele é um contrário de um atrator, é um atrator para que não tenha colaboração, porque você não vê as pessoas, é difícil de interagir mais espontaneamente, então se isso não for minimamente organizado, não no detalhe, mas criar atratores de colaboração, a colaboração fica muito mais difícil, então por exemplo você tem um ambiente de 30 tribos imaginar que tipo assim a colaboração entre elas vai acontecer de forma espontânea é quase uma ingenuidade, entendeu? Você vai criar atratores para que tenha a colaboração e o nosso trator por sempre as estruturas atratoras são principalmente as alianças agora (inint) e tal, então pensando estruturalmente eu acredito que, até pensando em escalas, você precisa ter alguma coisa deliberada que fomente isso, que faça com que isso aconteça.
M1: Super interessante o que você falou, estava lendo um artigo de alguém criticando a estrutura do Spotify, falando críticas até interessantes, sabe? Como se a estrutura deles fosse mais uma propaganda do que o que acontece na prática em alguns sentidos e eles postaram ” A nossa estrutura não é uma estrutura.” mas é engraçado porque a crítica que o cara faz eu lembrei agora porque assim não é que você simplesmente espalha umas pessoas ali e pronto, sabe? Não é que não tem estrutura entende, a questão é o nível de interferência naquela estrutura no nível de espaço que as pessoas vão ter, eu acharia interessante o Mike, ele é velho de casa em Mike, eu acho que você tem uma posição interessante aí, que você pode dar um depoimento bem pessoal mesmo de entender porque a nossa estrutura a gente comenta muito que ela foi evoluindo, eu fico até brincando às vezes, eu não consigo nem lembrar mais, tinha época que a gente tinha tribo, olha como era as coisas, mas já aconteceu isso, eu lembro assim a gente queria quando inventou (inint) que é um jeito de fazer transferência de conhecimento, aí ficava o Vinição igual um louco procurando os voluntários entre aspas para fazer e aí fazia o (inint) acontecer.
M3: (inint) entre aspas.
M1: Aqueles voluntários…
M3: Tu inclusive foi o primeiro.
M1: Então foi um jeito de colaborar em transferência de conhecimento e hoje em dia assim cara pipoca o tempo todo no (inint) o tempo todo, em transferência de conhecimento, sobre os mais diversos assuntos, ou seja isso de alguma forma emergiu, mas não era assim no começo não, isso não acontecia, quais são as suas reflexões sobre isso aí Mike, alguém que entrou pegando a estrutura que era mais de engajamento, mas era uma estrutura a gente já falou aqui em outros episódios, (inint) era mais Green do que Teal, o Green é a organização que tem mais engajamento e o Teal é que tem evolução mais (inint) o que você diria Mike?
M3: Isso que você falou aí sobre a criação de alianças, o nosso crescimento e como que a nossa estrutura foi se adaptando para a gente conseguir escalar, o que eu vejo foi que a gente realmente foi criando essas estruturas, essa forma de fomentar os valores da nossa cultura, para que ela se permanecesse, porque assim o que eu sinto, que você perguntou como que eu me sinto a colaboração da DTI, eu sinto não só no desejo da galera de receber a ajuda, mas também no desejo de ajudar e eu acho que isso é o principal assim porque às vezes acontece aquele paradoxo, tem muita gente querendo aprender, mas a hora que você procura a gente para ensinar não tem, eu acho que na de DTI essas estruturas que a gente criou serviram para a gente conseguir fazer criar esse desejo na galera, eu lembro que você perguntou sobre o passado, lembro que assim que eu entrei, eu comecei no squad que era eu sozinho e pessoas que conheciam daquilo que eu estava mexendo.
M1: Não se chamava de squad na época não?
M3: Não.
M1: Só de time, mas não chamava de squad.
M3: Eu era sozinho e a pessoa que mais conhecia daquele contexto ali era o Duarte e um pouco do contexto também o Vinição sabia, mas os dois estavam envolvidos em um projeto lá que estava…
M2: Famoso torpedo em grupo.
M3: Ele mesmo, os dois estavam envolvidos em um projeto que o bicho estava pegando, como a gente gosta de falar, e mesmo assim eu consegui muito apoio dos dois assim, principalmente do Duarte que é quem já tinha mexido um pouco e eu acho que isso é por causa das restrições soft que o Vinição falou, se a gente tivesse uma caixinha mais rígida provavelmente o Duarte não teria tido espaço para ele abrir mão de alguma coisa que ele estava mexendo lá no projeto dele para me dar uma mão e me dar uma ajuda, eu acho que isso também criou em mim uma vontade quase de retribuir, então você sente tão grato pela pessoa te ajudando principalmente por que isso contribuiu muito na minha formação profissional que você quer contribuir também e ajudar as pessoas e fazer a mesma coisa para frente assim, então isso vai fazendo a roda girar, talvez a primeira vez por exemplo o (inint) do Vinição que estava (inint) as pessoas é só um primeiro…
M1: Olha que interessante, eu acho assim, para tentar tangibilizar mais que o Vinição filosofa muito com a (inint) e etc, mas eu acho interessante o seguinte cara, olha só eu falo da ambiguidade das coisas, a gente vira a poucos minutos atrás, a gente fala o seguinte: você tem que ter estrutura que fomente a colaboração, mas dependente dessa estrutura ela faz com que você queira ficar em uma caixa, então você tem que ter espaço, é por isso que a gente fala de atrator e não uma coisa muito rígida, sabe porque você imagina como é que o ser humano funciona, quando você cria um interesse comum de um grupo, você cria uma vontade de colaborar, não é isso? Poxa, então assim quando você bota o cara dentro de uma caixinha enclausurado e com uma meta muito clara, primeiro se a meta for só dele ele não vai colaborar com ninguém, só vai dar um jeito de… ainda mais se tiver competindo com pessoal que está do lado dele, já vem aquele incentivo organizacional, se não tiver isso a meta for da caixinha ele ainda fica assim ”Cara meu grupo é essa caixinha aqui.” então assim quando você cria uma estrutura que influencia diretamente na vontade de colaborar ou na vontade de não colaborar e é interessante que a nossa estrutura eu diria que ela tem várias dimensões, ou seja as pessoas nos squads querem colaborar, por que o squad no final (inint) de entregar aquele valor, ao mesmo tempo o cara olha para o lado e fala ”Poxa esse pessoal é da minha tribo, eu quero colaborar.” e é humano para caramba isso, a gente quando criou a tribo percebeu isso claramente, esses caras vestem a mesma camisa que eu, tem o mesmo símbolo, então o cara no squad fica menos egoísta com o problema só do squad porque ele fala ”Estou em uma tribo.” mas aquele cara está ligado em uma (inint) que tem outras pessoas que estão evoluindo junto, ele fala ”Poxa eu queria ajudar também, naquela (inint)” então assim é mais para tentar mostrar como é que a estrutura ela pode ajudar e pode atrapalhar na colaboração, quando a gente criou a (inint) não tem uma meta ali de fazer ninguém colaborar, por isso que é obliquo, as pessoas se encontram porque elas querem juntas evoluir naquele conhecimento, tipo a Ziza com design, o pessoal quer sentir ali que está aumentando a maestria e está discutindo assuntos mais relevantes etc e isso naturalmente fomenta entre vocês colaboração, sem falar no aspecto que a estrutura também com restrições mais soft permite muito mais contato pessoal, você viu que o Mike eu falou (inint) fenomenal, assim a gente faz direto Vinição, você só colabora com alguém se você conhece alguém o básico, aí você começa a com a fé, alguém começa a gostar daquele alguém, aí você ajuda, agora se você não tem chance de conhecer a pessoa, nem de confiar na pessoa, você não vai ajudar, não vai desenvolver sentido de reciprocidade que é bem humano, não vai acontecer nada.
M3: Engraçado que você meio que antecipou o que eu ia falar que realmente estou muito influenciado naquele livro que eu estou lendo do Social physic, porque inclusive ele é baseado em dados, o cara é cientista de dados e trabalha só com variação de dados de interações sociais, então assim o negócio que sei que você falou do contato, assim o habilitador básico de colaboração, assim eu acho que tem habilitadores estruturais, mas pensando assim pessoa para pessoa, o habilitador básico de colaboração é confiança, só que beleza e daí como você desenvolve confiança? Tem várias formas, tem explorar a questão de você demonstrar uma certa vulnerabilidade, mas tem uma coisa que eu acho legal demais, igual você falou assim, é meio complicado falar em colocar meta para colaborar, mas você pode colocar meta de coisas muito mais objetivas, por exemplo você pode colocar meta de coisas que fazem uma pessoa conversar com a outra e conversar com outra é proxy para gerar confiança, então eu estou um pouco obcecado por esse tema para a gente fazer umas coisas, porque embora seja meio ridículo você colocar metas muito diretas, você pode colocar metas oblíquas que geram uma coisa que gera confiança, que gera colaboração e aí tem esse problema na escala menor que seria a escala do time e na escala maior aí tem que pensar nas estruturas e incentivos estruturais, igual a gente está falando das estruturas aqui e uma outra coisa também que tem mexido muito na minha cabeça que até veio um pouco de incentivo daquele livro lá do (inint) que eu nem li ele todo, eu só li uma parte, mas eu vi alguns podcasts, eu conversei muito com você e com Chagas.
M1: Você está igual Silvio Santos não li, mas eu indico.
M3: Não, mas eu li alguns (inint) e conversei com pessoas que leram, um negócio que me chama atenção é o seguinte, esse negócio que a gente falou um pouco antes que é a colaboração em escalas maiores ela não é tão espontânea, é tipo aquele espectro do caos e da ordem, você vai muito para ordem você engessa demais, você coloca caixinha, coloca regra hard, mas se você vai para o outro extremo do caos também não tem colaboração, entendeu? Então você tem que criar coisas, restrições habilitadoras, coisas do tipo, aí por exemplo no livro (inint) ele fala em (inint) que seria a linguagem que o desenvolvedor gosta, o engenheiro gosta que você cria uma clareza de como comunicar, uma comunicação de larga escala, porque se a comunicação é muito confusa, o jeito como você fala não tem colaboração, então estruturalmente você tem que dar clareza para como vai ser feita a comunicação, tipo se você colocar um grupo de 20 pessoas, cada uma fala uma língua diferente vai ser muito mais difícil ter colaboração, então se você criar algum padrão de comunicação ali vai ficar bem mais claro, então quando você tem estruturas ou um ambiente de desordem total se você não colocar uma clareza em como comunicar você não vai ter comunicação, não vai ter colaboração consequentemente.
M1: Então olha que interessante, você já tratou de outro aspecto aí que é assim uma coisa são as pessoas colaborando, confiando umas nas outras, tendo essa vontade, esse desejo de colaborar, outra coisa é essa organização colaborando, então por exemplo como é que alguém usa uma (inint) a seu favor, e aí um exemplo claro que o Vinição disse, poxa existe um ritual (inint) arquitetural, isso é a forma que alguém tem de invocar colaboração de uma (inint) sabe? Isso acontece o tempo todo, o cara mobiliza ali um tanto de gente ali para poder ajudar eles para poder fazer sabatinas, ou um check de design por exemplo, um check de produto é como se fosse a interface dessa TI, isso eu acho que eu queria que as pessoas entendesse, quando fala que é uma rede não quer dizer que não tem (inint) e organização, então assim não é que simplesmente assim ”Então beleza estamos aqui em uma rede, agora preciso achar alguém para me ajudar aqui.”
M2: Tem uma certa ciência nisso.
M1: Eu acho legal no podcast que a gente vai pensando e conversando e é igual o próprio Agi desde o começo muita gente ”Já que é Agi, então agora sai fazendo e pronto.” como se não houvesse nenhum tipo de disciplina para ser Ágil, ou então sendo só ágil é planejado até o detalhe, igual isso ”Já que é rede então todo mundo conectado em todo mundo.” não é assim cara, são quase 900 pessoas, é claro que existem organizações, existem hierarquias etc, só que elas são mais soltas, eu queria perguntar para a Ziza, a gente está nesse nível por exemplo, você que participar ativamente de (inint) como é que você sente isso, você sente que você de alguma forma você colabora com outras tribos, outras alianças e faz a empresa com organização andar junta, sabe? Você consegue sentir? Você tem exemplos para contar sobre isso?
F1: Eu consigo sentir super, inclusive na hora que o Vinição estava falando eu já estava imaginando o check de design na minha cabeça assim muito claramente, porque hoje é engraçado como que evoluiu, antes o check de design era um monte de pergunta a técnica que você respondia para avaliar aquilo tecnicamente e hoje ao final do cheque de design a gente tem uma avaliação de como está você em relação aos ritos e isso envolve a sua participação nas (inint) se você tem indo, se tem colaborado, você não está conseguindo, o que está acontecendo, a gente quer que você participe, então dependendo de uma resposta que você dá a pessoa que está fazendo check com você te orienta, não estou conseguindo, não estou tendo tempo, vamos entender o que é isso e também uma pergunta se a gente está co criando junto, a gente tem essa pergunta, então na hora que o Vinição falou ”A gente tem que promover as pessoas sentarem e conversarem.” a gente teve uma experiência esses dias para trás na (inint) que tinham 15 designers reunidos no (inint) cocriando junto e era um monte de gente mexendo na mesma coisa, porque a gente estava com um problema muito grande que eu e a Bruna não estava conseguindo resolver e a gente na mesma hora acionou o check de design e fizemos a solução juntos e foi muito legal e o check de design tem sido uma métrica indireta para saber se você está conseguindo colaborar e se você está conseguindo receber essa colaboração também, porque se você não consegue na guilda (inint) você não cresce, você não tem conhecimento, você não tem troca e também se você não consegue colaborar isso também não acontece, então é uma via de mão dupla, então acho que o check de design tem mostrado muito isso, check arquitetural igual que você comentou esses pequenos ritos que envolvem as pessoas para sentarem e discutirem sobre algo, eu acho que já é um ótimo exemplo de colaboração e outro caso que eu tenho, assim já mudando o assunto um pouco para (inint) é que no meu primeiro ano de DTI, quando o Mike falou em relação até uma conquista mais pessoal mesmo, o meu primeiro ano de DTI eu ganhei um prêmio da (inint) e isso para mim teve o significado muito grande, eu tinha um ano de DTI, eu não conhecia todo mundo, mas eu ganhei aquilo porque eu fui a pessoa que mais colaborou e recebi mais moeda de pessoas diferentes e aí você vê a rede, você para e pensa assim ”Poxa eu tive muita gente que me doou porque eu colaborei com um monte de gente.” então isso pessoalmente dá uma sensação de tipo assim ”Poxa eu também estou colaborando com as outras pessoas.” e foi muito legal.
M1: Nós vamos falar daqui a pouco só quero seguir só uma seta agora, mas super legal o que você disse assim, olha sempre aqueles resumos que a gente faz, a gente ver o que, parte ali do dia das pessoas se conhecerem e estar no meio de onde elas se conhecem e podem confiar umas nas outras, gostar, desenvolver uma relação de reciprocidade, mas é óbvio que para nós sempre as pessoas você não vai colaborar no sentido de uma corporação, se você não estruturar um conhecimento, então você começa, a interessante porque os (inint) que são dentro das alianças, as (inint) que são mais CROSS, como se virassem (inint) de conhecimento ali, conhecimento rapidamente acionado e transitar pela empresa toda e etc, mas obviamente que a liderança também tem um papel super importante que é o que a gente fala demais com a habilitadora de estudos, sabe? Como alguém que dá espaço e habilita estudo, eu queria perguntar para o Mike, o Mike hoje é capitão, é isso Mike?
M3: Isso mesmo.
M1: Você como o capitão de operações, como é que você percebe isso que eu disse, você é um capitão que dentro de uma aliança vai ser responsável por levar essa cultura de operação para tudo quanto é lado, mas ao mesmo tempo sem ser prescritivo e dando espaço e fomentando esses valores de colaboração por exemplo, é a liderança em todos os níveis, você como capitão o que você nos conta, como é que funciona a liderança para ser uma liderança que fomente essa colaboração tanto dentro dos times, quanto entre os times da tribo e da aliança e mesmo até da DTI como um todo.
M3: Eu acho bem desafiador, porque para mim o maior desafio é conseguir achar esse equilíbrio que a gente estava comentando aqui entre não ser tão ordenado nem ser tão caos, então criar coisas fomentar para as pessoas colaborarem, mas não passar nenhuma receita, nenhuma prescrição que a pessoa vai começar a executar aquilo muito no automático, sem dar muito valor mesmo, então acho que esse é o principal desafio, mas assim eu sou o capitão de aliança e só quando a DTI criou essa estrutura de aliança, eu acho que foi legal, eu acho que tem bastante a ver com que a gente está falando por quê, foi assim um dia a gente viu que isso seria interessante e quisermos fazer essa aposta, então meio que dividimos mais ou menos assim para dar só o start e é engraçado porque de um dia para o outro não mudou a quantidade de tribos, não criou nenhum papel novo, não contratou ninguém para ser responsável por nada, só que na minha visão você já aproximou as pessoas, só o fato de ”Agora eu sou dessa aliança e essa aliança é composta por aquelas outras três tribos.” só isso já cria uma proximidade assim que é completamente virtual, mas que a gente não tinha antes e eu acho que é exatamente isso que dificultava um pouco, a quantidade de tribos que você acaba se sentindo um pouco distante de todo mundo, a partir do momento que você cria um núcleo virtual ali você já se sente mais próximo, sabe?
M2: Como diz o (inint) você criou uma espécie de religião ali.
M3: É bem louco isso e aí é claro que depois disso o desafio foi como que a gente monta a estrutura necessária para suportar e dar sustentabilidade para a aliança, não é mágica, só criar e está funcionando, mas só de resolver esse problema de você se sentir próximo de outras pessoas isso é um passo muito grande, eu vejo assim que as práticas que dão mais certo são quando a gente consegue aproximar as pessoas mesmo e ter um vínculo pessoal mesmo, então só um exemplo, lá na aliança triforce a gente começou a fazer um negócio lá que se chama (inint) muitos squad, a gente trabalha com essa tecnologia com (inint) e queria uma forma de aprender, mas as pessoas ainda não se sentiam tão confortáveis em preparar um (inint) muito formal para fazer isso e aí o que o pessoal pensou, inclusive a ideia do Silvério e talvez de mais alguém foi vamos criar um chat aqui e a gente faz uma conversa rápida mesmo que for um assunto bem básico assim e funcionou, isso foi aumentando o engajamento do pessoal e funcionou muito bem e assim começou com uma reunião de 15 minutos falando assuntos básicos que talvez 80% das pessoas já sabiam, mas só o fato de você estar ali presente, conversando com alguém, você saber que aquele cara conhece disso ou trabalha com isso também isso já é um passo gigantesco para no futuro você poder chegar lá bater no ombrinho do cara, mesmo que virtualmente e pedir uma ajuda para ele.
M1: E você Vinicius como um grande jardineiro, como que é o papel assim, a gente sempre fala muito se eu pudesse dar exemplos concretos, assim eu acho que a gente já deu vários exemplos aqui quando a gente das alianças e etc, a gente pensa que esses depoimentos do Mike que é muito legal porque ele mostra justamente isso, o mero fato de você criar uma aliança cria um elemento de auto organização, só que aquele elemento só vai perdurar se houver ritos e (inint) também que reforcem aquilo senão vira um negócio muito artificial, igual o cara falar que criou um país porque inventou o nome de um país, mas não tem constituição, fronteira, não tem nada, e as pessoas vão falar ”Agora tem um país ali.” o Vinição lembrou do livro do (inint) ele fala um negócio muito legal, quando eu li isso não sai da minha cabeça porque ele fala assim ”Cara tudo é construção da nossa cabeça, os bichos se comunicam sobre coisas concretas normalmente, quando existe uma comunicação eles se comunicam sobre coisas concretas, avisar que tem um predador chegando até fofoca.” é engraçado demais, ele conta isso no livro que os caras que ficam no meio dos gorilas por exemplo percebem que tem até uma fofoca, mas sobre coisas concretas, a gente consegue criar abstrações, a gente consegue criar o seguinte ”Aqui existe um país.” não existe um país, existe tudo é terra ali e pronto, só existe um país porque todo mundo concorda que existe um país e aí começa o tanto de coisa a reforçar que existe um país ali também, como é que você enxerga isso aí Vinição você consegue dar uns exemplos no sentido da colaboração, como é que é um líder Agi reforça isso?
M2: Assim eu acho que a liderança ela sempre tem que ficar observando as estruturas em torno dela, tipo assim que em tese as lideranças acabam tendo um acionamento a maior das regras do jogo mesmo que sejam as regras do jogo de squad, de um time, então acho que é um papel fundamental de uma liderança, não só de dar exemplo, mas também de ficar o tempo todo avaliando a estrutura que está em torno dali se ela realmente fomenta aquilo, o que ela fomenta na verdade, esse autor é (inint) que é do livro Social Physics, ele fala um negócio que também é muito legal, tem a ver com que ele falou do (inint) aqui, embora ele não use temos muitos legais que eu acho que ele não leu tanto sobre a complexidade, mas no fundo ele está falando sobre a complexidade, ele fala assim ”No fundo a gente evoluiu para ser muito mais células processadoras de informação em grupo, como times, a gente evoluiu assim, a gente desenvolveu a comunicação para fazer assim, então a gente conseguiu cooperar em larga escala exatamente por conseguir fazer isso e ser bom nisso em times.” e aí o trupudio que você tem de processamento de informação tem muita ver com a colaboração com aquela célula consegue fazer e a criatividade tem a ver com o quanto aquela célula consegue se comunicar com outras células, entendeu? Então assim o papel da liderança é direcionar isso, ver qual é o trupudio de informação que você está vendo ali, e aí quando a gente fala (inint) é o removedor de impedimento, então assim o líder na verdade tem que ficar avaliando essa estrutura ali e verificando se está tendo um trupudio bom de informação e de criatividade criação com conexões externas e eu acho que é sempre bom dar um exemplo, quando você dá o exemplo você consegue fazer com que o comportamento seja copiado muito mais facilmente, então por isso vinculando até com o nome que o capitão, que o Mike falou ali, a gente não deu o nome de capitão não foi ao caso, o capitão ele joga também junto com time, então esse é um dos papéis aí da liderança também que é de dar exemplo, tem uns dos livro que você citou, eu nem lembro qual que é, que ele fala de sujar as mãos, o líder sempre tem que estar sujando as mãos e ele vai sujar a mão no espectro que ele está eu e você que estamos na diretoria a gente tem que sujar as mãos tendo uma conversa difícil com cliente, mediando um conflito, a gente não pode ficar tentando escapar de conversas difíceis igual eu gosto de falar, isso também é um papel muito forte da liderança que promove colaboração.
M1: Isso aí vem até nos livros de complexidade e você perde contato com a realidade, a realidade é o que existe, a gente faz modelo o tempo todo para representar a realidade, mas se você começa a se distanciar na realidade acreditar mais no seu modelo do que na realidade ou mais nas medidas que chegam para você naquele modelo que você criou você perde contato, então eu queria avançar para o último tema que eu acho que fecha aqui, que eu deixei por último por querer, nós mostramos até aqui o seguinte, no mundo individual você cria um ambiente onde as pessoas confiam e colaboram você coloca essas pessoas em estruturas auto organizadas que fazem elas desejarem colaborar e que não só fazem com que elas desejem colaborar por estarem em estruturas que as representam, mas essas estruturas colaboram umas com as outras e viram (inint) de colaboração e você tem líderes que ficam o tempo todo entendendo a vida deles mais do que controlar as pessoas ou ficar cobrando e etc, é o que eu falo mais do que ter x é ter y, você confia nas pessoas, mas fica tentando entender organizacionalmente por onde aquilo está indo, que tipo de comportamento está emergindo para saber que tipo de mudança ele faz e eu deixei por último uma coisa que é o seguinte, como o ser humano adora pensamento mágico, todo mundo adora pensar o seguinte ”Eu vou comprar uma ferramenta aí a gente vai colaborar.” eu diria aqui igual o manifesto do Agi, talvez a ferramenta não seja o mais importante, não que ela não tenha importância, ela está do lado direito do manifesto Agi e do lado esquerdo (inint) e aí nós temos uma ferramenta que é (inint) ela é importante para a gente hoje em dia, mas foi ela que causou a colaboração? Não, ela pode depois ter realimentado colaboração a partir do certo ponto? Sim, então queria que vocês explicassem Ziza eu sei que foi a vencedora de forma triunfal do prêmio fala um pouquinho sobre a (inint) o que ela traz, porque ela é mais para celebrar as coisas boas, me fala um pouquinho como é que a gente usa a (inint) e como é que ela ajudou nesse processo aí, como é que hoje ela virou mais um elemento de reforçar isso tudo.
F1: Eu acho que o maior conceito dela realmente é esse de reforçar a colaboração, eu acho que é deixar ela mais tangível, eu sinto que é muito isso, então no início a dois anos atrás quando eu tive essa premiação a gente doava as moedas escrevia algum comentário, hoje a gente já compartilha isso, já deixa visível para todo mundo, até uma forma de mostrar o quanto você foi grato por aquilo ali e eu acho que o uso dela, a gente tem aí, vamos dizer uma meta de doar todo mês e a gente reforça isso sempre, mensalmente por que é legal e acaba que apesar do reforço, pelo menos as minhas moedas acabam antes desse reforço chegar, porque eu sinto que a gente está sempre colaborando, então assim vai chegando final do mês eu vejo lá doe suas moedas as minhas já foram muito tempo, porque já doei todas e é uma forma de ser grato co, pessoas que não estão no seu dia a dia, porque no meu squad ali a gente tem formas de demonstrar o quanto aquela colaboração foi importante, quanto aquela ajuda foi importante igual o Mike comentou, mas no nível DTI você não tem esse contato tão próximo no dia a dia, então sinto que a (inint) é muito isso, é você conseguir também transparecer isso para as pessoas que estão no seu dia a dia, então é alguém de uma outra aliança, de um outro contexto que me deu uma ajuda um dia e eu tenho uma forma de agradecer ela e deixar isso de alguma forma vamos dizer assim registrado, então o uso da (inint) hoje, eu vejo muito nesse sentido de realmente transparecer e tornar um pouco tangível a nossa gratidão, a nossa colaboração, a forma como você agradece a pessoa que colaborou e também uma forma de você conseguir medir isso também, acaba que torna até uma brincadeira ”Você ganhou o prêmio das moedas.” o Chagas ganha todo ano, é a pessoa que mais colabora nessa DTI e aí acaba criando uma disputa saudável, para mim foi surpresa, ao longo do ano eu achei que não seria eu e acabou sendo e você tem uma noção da dimensão de como aquele ano foi legal para você, de como você realmente teve um papel legal e eu como eu falei é uma via de mão dupla, o tanto que você se dá você também recebe isso no final, seja de uma forma abstrata como um prêmio assim e até uma conquista pessoal mesmo, então eu sinto que a (inint) hoje funciona muito assim com essa recompensa em moedas virtuais que depois você pode trocar por premiações, enfim a gente tem tentado usar, dentro da triforce a gente está tendo agora quem doar umas moedas vai ganhar um prêmio, alguma forma de fomentar cada vez mais isso, de uma forma saudável que não cria competições, não cria um sentimento de inveja e muito mais de aumentar essa rede colaboradora e também uma forma de se gerenciar isso, hoje você tem lá sua (inint) a parte de mentoria, então você consegue concentrar tudo que tem a ver com pessoas, com colaboração em um lugar só, então acho que o legal da plataforma é bem isso.
M1: É uma forma tanto de celebrar que é gostoso celebrar essa coisa, é curioso as pessoas não entendem é bom tanto para quem recebe quanto para quem doa sim, porque tem filósofos que falam isso a 2 mil anos, cara você demonstrar gratidão é algo que faz muito bem para você, você se sente bem ao demonstrar gratidão, você se conecta mais com as pessoas assim, quando você vai lá e tem um reconhecimento autêntico e genuíno, é gostoso receber de forma as vezes surpreendente, você está ali faz um negócio de repente chega uma mensagem ali ”Poxa você me ajudou tanto aqui me tocou, fez isso.” isso é muito gostoso, outra coisa que eu acho legal lá na (inint) é que existe um curso ali também dos hashtag, dos temas que estão circulando os conhecimentos que estão transitando ali, então isso aí permite até fazer alguns tipo de análise, mas tem que entender como é que está fluindo as informações da empresa, eu acho super bacana, pessoal é isso assim eu gostei muito desse episódio, infelizmente estamos chegando ao final assim, espero que a gente tenha tentado ilustrar para quem ouve a gente como eu falei no começo, a gente gosta sempre de tangibilizar, ou seja não é que todo mundo vai ter que ter uma estrutura em redes, não vai todo mundo vai ter a estrutura igual a gente, mas eu acho interessante entender esses elementos que a gente acredita que são fundamentais no livro é individual as pessoas se conhecendo, confiando e criando essas relações, no livro organizacional estruturas que fomentem essa auto-organização e a vontade das pessoas colaborarem em grupos um pouco maiores, e fomenta a colaboração inclusive entre grupos que nem conhecem, a liderança que fica ali jardinando esse tempo todo, entendendo o que está acontecendo e garantindo que isso é frutífero e as ferramentas que podem no momento certo reforçar ainda mais aquilo, esse ciclo virtuoso aí e não ser o causador disso, isso aí pessoal, muito obrigado abraço a todos.
M2: Chuster, só antes de fechar a gente falou tanto da (inint) que me deu uma coceira, vou fazer um jabar a (inint) está ficando tão legal que tem tanta gente já interessada, então a gente já tem algumas empresas clientes da (inint) então se tiver interesse entra em contato com a gente nas nossas redes, valeu pessoal.
M3: Valeu gente, obrigado.
F1: Valeu galera.
M1:Bom dia, boa tarde, boa noite vamos começar hoje mais um episódio dos Agilistas, a gente fez um episódio recentemente no qual nós falamos sobre a nossa visão e objetivo desse episódio é sempre de compartilhar experiências nossas de como é que se cria uma estrutura mais orgânica, uma estrutura que evolui mais sozinha, uma estrutura que seja capaz de sentir e responder ao ambiente que é o tema principal aqui dos Agilistas, eu sempre gosto de deixar isso bem claro não tem nenhuma pretensão de achar que a nossa estrutura é a que alguém tem que necessariamente copiar, ou que nós temos uma receita, a gente está aqui compartilhando como a gente convida vários convidados para compartilhar experiências deles, como a gente tem essa sorte de ter uma estrutura que é toda orgânica a gente acha interessante compartilhar para sair do abstrato, não ficar ali só falando da teoria, de complexidade (inint) e restrições habilitadoras e um monte de coisas que a gente gosta de falar, mas não mostrar exemplos práticos e a gente achou interessante nessa sequência a gente pegar um dos pilares dessa nossa visão, a nossa visão claro detalha, mas ela quer mostrar bem claro para nós todos e para que a gente possa continuamente construir isso que nós somos uma rede, uma incrível rede e essa rede ela tem alguns pilares e um dos pilares dessa incrível rede é a colaboração e a colaboração é uma coisa super interessante, porque é algo que muito se fala e às vezes pouco se tem, se faz na prática, então o objetivo aqui hoje, eu já vou apresentar os convidados, é que a gente fale mais sobre essa colaboração e o objetivo é mais do que ”Veja como na DP a gente colabora.” não é esse o objetivo do episódio, o objetivo é mostrar o seguinte: como é que uma estrutura dessas é habilitadora de colaboração, mas para ser uma habilitadora de colaboração o que tem acontecer, tem o papel das pessoas, tem o papel da liderança, tem o papel da estrutura, tem um tanto de coisa que tem que acontecer para que a colaboração de fato aconteça, então sem mais delongas aqui vou apresentar os convidados, temos aqui o Vinição todos já conhecem bem, e aí Vinição beleza?
M2: Tudo bem pessoal, beleza vamos lá.
M1: O Mike, ele já participou anteriormente, não é Mike? Mike é o codinome, não sei nem o nome dele mais só chamo de Mike.
M3: Oi pessoal, tudo bom?
M1: A Larissa também, ela tem um codinome.
F1: Já sou Ziza (inint) também.
M1: Estou aqui com a Ziza, com Mike e com Vinição, então pessoal a primeira pergunta que eu gostaria de fazer é assim: como é que vocês sentem, talvez seja a pergunta mais básica, como é que vocês sentem essa colaboração no dia a dia, o que significa na prática essa colaboração? Seria interessante a Ziza ou o Mike começar a responder isso que está ali no dia a dia, como é que vocês sentem essa colaboração.
F1: Eu acho que no meu contexto, que eu tenho papel de design dentro da DTI, eu sinto muito na forma como a gente se organiza, eu acho que o fato de termos aí as nossas (inint) as nossas (inint) as nossas alianças, tribos essa organização em grupo, eu acho que já fomenta automaticamente a colaboração, hoje eu não consigo ver no meu dia a dia eu fazendo um trabalho sozinha, eu acho que cada um se complementa aqui, os nossos (inint) são disciplinares, então já fomenta a colaboração por ser multidisciplinar, então no dia a dia eu vejo muito assim no nosso contexto dos designers, hoje eu atuo, nós somos duas designers atuando no mesmo projeto, isso a muito tempo atrás não era tão normal a gente ter dois designers atuando no mesmo projeto e hoje eu atuo junto com a Bruna no mesmo projeto, então a gente tem uma troca muito grande no dia a dia e isso se expande também a nível (inint) de design, a gente tem comentado cada vez mais, hoje a gente faz (inint) de design todos os dias, então a gente tem uma troca muito grande, então se tem alguém que está com problema já finaliza ali na dele ou fez algo muito legal já sinaliza ali e compartilha com todo mundo e sempre que a gente precisa está todo mundo muito disponível, eu acho que o fato de a gente ter essa rede de contato ali no (inint) também fomenta muito a colaboração e assim no meu dia a dia todas as vezes que eu precisei de uma ajuda ou que eu vi algo legal foi compartilhado ou foi atendido aí, a (inint) de design é muito forte nesse sentido e a gente vê isso também na DTI como um todo, quantas vezes eu precisei de ajuda em um projeto, não mais hoje, mas na mesa ali, rabiscava e conversava e trocava uma ideia ou sabe que alguém é referência em alguma coisa vai lá e procura e essa pessoa está sempre muito disponível, eu acho que a colaboração está em todos os momentos da DTI no dia a dia.
M1: Eu achei interessante olha só, você colocou vários elementos aí, achei bacana o seguinte, você pode enxergar a colaboração primeiro a própria forma de fazer o trabalho exige que seja colaborativo, porque a definição de como a gente faz o trabalho é como se já tivesse meio que o jeito que você se organiza como times multidisciplinares, você já fala assim ”Estou resolvendo um problema com várias disciplinas diferentes.” e aí assim é quase que pensar já é uma estruturação que não é um cara faz a parte dele e não quer saber o que está acontecendo, não é isso é um time, então já cria um incentivo para colaborar independentemente da vontade individual de cada um, fala assim antes de entrar no desejo de cada um de colaborar a gente ataca o problema de forma colaborativa, imaginando que ali todos tem uma contribuição relevante a dar, mas o outro nível é isso também, mas dentro do contexto do problema isso é até mais simples porque está todo mundo unido naquele problema, mas além daquela colaboração que acontece dentro do time você comento existe uma colaboração CROSS, digamos assim, com outros times seja da tribo, de outras tribos, com outras (inint) e etc, achei interessante essas duas dimensões porque pensando em quem quer habilitar a colaboração e ai é uma coisa que a gente sempre comenta aqui, as ações oblíquas, alguém quer habilitar a colaboração para ver e pensa assim ”Eu vou começar a botar uma meta de colaboração e vamos bater essa meta de colaboração.” mas é engraçado uma ação obliqua, por isso que a gente fala muito de começar a fazer times multidisciplinares é o seguinte, você pega os caras que estão ali em caixinhas e coloca eles em um time e dá um objetivo para eles e dá um espaço ali, você criou um ambiente ali, concorda Vinicius?
M2: Eu acho perfeito o que você colocou pensando nessa questão estrutural, a nossa estrutura, não é nem a nossa, eu vou falar assim, a estrutura de um modelo ágil, de ser multidisciplinar ela já é estruturalmente provoca isso, mas tem essa questão talvez que é fácil imaginar isso no entorno de um squad ou alguma coisa do tipo e em um ambiente mais amplo, igual você falou algo crucial para mim é ter restrições, mais sorte, não restrições hard, como o próprio Davids Noden fala, tipo se você coloca metas muito rígidas, você coloca muitas caixinhas, você coloca restrições muito hard, então as pessoas não tem aquela ambiguidade que você fica um pouco na dúvida e você fala ”Não, é possível que eu faça isso, é possível que eu interaja na rede aqui para poder ajudar outra pessoa.” em termos estruturais também o que eu tenho enxergado cada vez mais, até com crescimento da DTI é que a colaboração ela precisa ser estruturalmente avaliada, não pode ser tipo assim ”Tem coisas que organicamente elas não tem os atratores.” quando a gente fala de atratores de teoria da complexidade que fomenta a colaboração, por exemplo o ambiente virtual ele é um contrário de um atrator, é um atrator para que não tenha colaboração, porque você não vê as pessoas, é difícil de interagir mais espontaneamente, então se isso não for minimamente organizado, não no detalhe, mas criar atratores de colaboração, a colaboração fica muito mais difícil, então por exemplo você tem um ambiente de 30 tribos imaginar que tipo assim a colaboração entre elas vai acontecer de forma espontânea é quase uma ingenuidade, entendeu? Você vai criar atratores para que tenha a colaboração e o nosso trator por sempre as estruturas atratoras são principalmente as alianças agora (inint) e tal, então pensando estruturalmente eu acredito que, até pensando em escalas, você precisa ter alguma coisa deliberada que fomente isso, que faça com que isso aconteça.
M1: Super interessante o que você falou, estava lendo um artigo de alguém criticando a estrutura do Spotify, falando críticas até interessantes, sabe? Como se a estrutura deles fosse mais uma propaganda do que o que acontece na prática em alguns sentidos e eles postaram ” A nossa estrutura não é uma estrutura.” mas é engraçado porque a crítica que o cara faz eu lembrei agora porque assim não é que você simplesmente espalha umas pessoas ali e pronto, sabe? Não é que não tem estrutura entende, a questão é o nível de interferência naquela estrutura no nível de espaço que as pessoas vão ter, eu acharia interessante o Mike, ele é velho de casa em Mike, eu acho que você tem uma posição interessante aí, que você pode dar um depoimento bem pessoal mesmo de entender porque a nossa estrutura a gente comenta muito que ela foi evoluindo, eu fico até brincando às vezes, eu não consigo nem lembrar mais, tinha época que a gente tinha tribo, olha como era as coisas, mas já aconteceu isso, eu lembro assim a gente queria quando inventou (inint) que é um jeito de fazer transferência de conhecimento, aí ficava o Vinição igual um louco procurando os voluntários entre aspas para fazer e aí fazia o (inint) acontecer.
M3: (inint) entre aspas.
M1: Aqueles voluntários…
M3: Tu inclusive foi o primeiro.
M1: Então foi um jeito de colaborar em transferência de conhecimento e hoje em dia assim cara pipoca o tempo todo no (inint) o tempo todo, em transferência de conhecimento, sobre os mais diversos assuntos, ou seja isso de alguma forma emergiu, mas não era assim no começo não, isso não acontecia, quais são as suas reflexões sobre isso aí Mike, alguém que entrou pegando a estrutura que era mais de engajamento, mas era uma estrutura a gente já falou aqui em outros episódios, (inint) era mais Green do que Teal, o Green é a organização que tem mais engajamento e o Teal é que tem evolução mais (inint) o que você diria Mike?
M3: Isso que você falou aí sobre a criação de alianças, o nosso crescimento e como que a nossa estrutura foi se adaptando para a gente conseguir escalar, o que eu vejo foi que a gente realmente foi criando essas estruturas, essa forma de fomentar os valores da nossa cultura, para que ela se permanecesse, porque assim o que eu sinto, que você perguntou como que eu me sinto a colaboração da DTI, eu sinto não só no desejo da galera de receber a ajuda, mas também no desejo de ajudar e eu acho que isso é o principal assim porque às vezes acontece aquele paradoxo, tem muita gente querendo aprender, mas a hora que você procura a gente para ensinar não tem, eu acho que na de DTI essas estruturas que a gente criou serviram para a gente conseguir fazer criar esse desejo na galera, eu lembro que você perguntou sobre o passado, lembro que assim que eu entrei, eu comecei no squad que era eu sozinho e pessoas que conheciam daquilo que eu estava mexendo.
M1: Não se chamava de squad na época não?
M3: Não.
M1: Só de time, mas não chamava de squad.
M3: Eu era sozinho e a pessoa que mais conhecia daquele contexto ali era o Duarte e um pouco do contexto também o Vinição sabia, mas os dois estavam envolvidos em um projeto lá que estava…
M2: Famoso torpedo em grupo.
M3: Ele mesmo, os dois estavam envolvidos em um projeto que o bicho estava pegando, como a gente gosta de falar, e mesmo assim eu consegui muito apoio dos dois assim, principalmente do Duarte que é quem já tinha mexido um pouco e eu acho que isso é por causa das restrições soft que o Vinição falou, se a gente tivesse uma caixinha mais rígida provavelmente o Duarte não teria tido espaço para ele abrir mão de alguma coisa que ele estava mexendo lá no projeto dele para me dar uma mão e me dar uma ajuda, eu acho que isso também criou em mim uma vontade quase de retribuir, então você sente tão grato pela pessoa te ajudando principalmente por que isso contribuiu muito na minha formação profissional que você quer contribuir também e ajudar as pessoas e fazer a mesma coisa para frente assim, então isso vai fazendo a roda girar, talvez a primeira vez por exemplo o (inint) do Vinição que estava (inint) as pessoas é só um primeiro…
M1: Olha que interessante, eu acho assim, para tentar tangibilizar mais que o Vinição filosofa muito com a (inint) e etc, mas eu acho interessante o seguinte cara, olha só eu falo da ambiguidade das coisas, a gente vira a poucos minutos atrás, a gente fala o seguinte: você tem que ter estrutura que fomente a colaboração, mas dependente dessa estrutura ela faz com que você queira ficar em uma caixa, então você tem que ter espaço, é por isso que a gente fala de atrator e não uma coisa muito rígida, sabe porque você imagina como é que o ser humano funciona, quando você cria um interesse comum de um grupo, você cria uma vontade de colaborar, não é isso? Poxa, então assim quando você bota o cara dentro de uma caixinha enclausurado e com uma meta muito clara, primeiro se a meta for só dele ele não vai colaborar com ninguém, só vai dar um jeito de… ainda mais se tiver competindo com pessoal que está do lado dele, já vem aquele incentivo organizacional, se não tiver isso a meta for da caixinha ele ainda fica assim ”Cara meu grupo é essa caixinha aqui.” então assim quando você cria uma estrutura que influencia diretamente na vontade de colaborar ou na vontade de não colaborar e é interessante que a nossa estrutura eu diria que ela tem várias dimensões, ou seja as pessoas nos squads querem colaborar, por que o squad no final (inint) de entregar aquele valor, ao mesmo tempo o cara olha para o lado e fala ”Poxa esse pessoal é da minha tribo, eu quero colaborar.” e é humano para caramba isso, a gente quando criou a tribo percebeu isso claramente, esses caras vestem a mesma camisa que eu, tem o mesmo símbolo, então o cara no squad fica menos egoísta com o problema só do squad porque ele fala ”Estou em uma tribo.” mas aquele cara está ligado em uma (inint) que tem outras pessoas que estão evoluindo junto, ele fala ”Poxa eu queria ajudar também, naquela (inint)” então assim é mais para tentar mostrar como é que a estrutura ela pode ajudar e pode atrapalhar na colaboração, quando a gente criou a (inint) não tem uma meta ali de fazer ninguém colaborar, por isso que é obliquo, as pessoas se encontram porque elas querem juntas evoluir naquele conhecimento, tipo a Ziza com design, o pessoal quer sentir ali que está aumentando a maestria e está discutindo assuntos mais relevantes etc e isso naturalmente fomenta entre vocês colaboração, sem falar no aspecto que a estrutura também com restrições mais soft permite muito mais contato pessoal, você viu que o Mike eu falou (inint) fenomenal, assim a gente faz direto Vinição, você só colabora com alguém se você conhece alguém o básico, aí você começa a com a fé, alguém começa a gostar daquele alguém, aí você ajuda, agora se você não tem chance de conhecer a pessoa, nem de confiar na pessoa, você não vai ajudar, não vai desenvolver sentido de reciprocidade que é bem humano, não vai acontecer nada.
M3: Engraçado que você meio que antecipou o que eu ia falar que realmente estou muito influenciado naquele livro que eu estou lendo do Social physic, porque inclusive ele é baseado em dados, o cara é cientista de dados e trabalha só com variação de dados de interações sociais, então assim o negócio que sei que você falou do contato, assim o habilitador básico de colaboração, assim eu acho que tem habilitadores estruturais, mas pensando assim pessoa para pessoa, o habilitador básico de colaboração é confiança, só que beleza e daí como você desenvolve confiança? Tem várias formas, tem explorar a questão de você demonstrar uma certa vulnerabilidade, mas tem uma coisa que eu acho legal demais, igual você falou assim, é meio complicado falar em colocar meta para colaborar, mas você pode colocar meta de coisas muito mais objetivas, por exemplo você pode colocar meta de coisas que fazem uma pessoa conversar com a outra e conversar com outra é proxy para gerar confiança, então eu estou um pouco obcecado por esse tema para a gente fazer umas coisas, porque embora seja meio ridículo você colocar metas muito diretas, você pode colocar metas oblíquas que geram uma coisa que gera confiança, que gera colaboração e aí tem esse problema na escala menor que seria a escala do time e na escala maior aí tem que pensar nas estruturas e incentivos estruturais, igual a gente está falando das estruturas aqui e uma outra coisa também que tem mexido muito na minha cabeça que até veio um pouco de incentivo daquele livro lá do (inint) que eu nem li ele todo, eu só li uma parte, mas eu vi alguns podcasts, eu conversei muito com você e com Chagas.
M1: Você está igual Silvio Santos não li, mas eu indico.
M3: Não, mas eu li alguns (inint) e conversei com pessoas que leram, um negócio que me chama atenção é o seguinte, esse negócio que a gente falou um pouco antes que é a colaboração em escalas maiores ela não é tão espontânea, é tipo aquele espectro do caos e da ordem, você vai muito para ordem você engessa demais, você coloca caixinha, coloca regra hard, mas se você vai para o outro extremo do caos também não tem colaboração, entendeu? Então você tem que criar coisas, restrições habilitadoras, coisas do tipo, aí por exemplo no livro (inint) ele fala em (inint) que seria a linguagem que o desenvolvedor gosta, o engenheiro gosta que você cria uma clareza de como comunicar, uma comunicação de larga escala, porque se a comunicação é muito confusa, o jeito como você fala não tem colaboração, então estruturalmente você tem que dar clareza para como vai ser feita a comunicação, tipo se você colocar um grupo de 20 pessoas, cada uma fala uma língua diferente vai ser muito mais difícil ter colaboração, então se você criar algum padrão de comunicação ali vai ficar bem mais claro, então quando você tem estruturas ou um ambiente de desordem total se você não colocar uma clareza em como comunicar você não vai ter comunicação, não vai ter colaboração consequentemente.
M1: Então olha que interessante, você já tratou de outro aspecto aí que é assim uma coisa são as pessoas colaborando, confiando umas nas outras, tendo essa vontade, esse desejo de colaborar, outra coisa é essa organização colaborando, então por exemplo como é que alguém usa uma (inint) a seu favor, e aí um exemplo claro que o Vinição disse, poxa existe um ritual (inint) arquitetural, isso é a forma que alguém tem de invocar colaboração de uma (inint) sabe? Isso acontece o tempo todo, o cara mobiliza ali um tanto de gente ali para poder ajudar eles para poder fazer sabatinas, ou um check de design por exemplo, um check de produto é como se fosse a interface dessa TI, isso eu acho que eu queria que as pessoas entendesse, quando fala que é uma rede não quer dizer que não tem (inint) e organização, então assim não é que simplesmente assim ”Então beleza estamos aqui em uma rede, agora preciso achar alguém para me ajudar aqui.”
M2: Tem uma certa ciência nisso.
M1: Eu acho legal no podcast que a gente vai pensando e conversando e é igual o próprio Agi desde o começo muita gente ”Já que é Agi, então agora sai fazendo e pronto.” como se não houvesse nenhum tipo de disciplina para ser Ágil, ou então sendo só ágil é planejado até o detalhe, igual isso ”Já que é rede então todo mundo conectado em todo mundo.” não é assim cara, são quase 900 pessoas, é claro que existem organizações, existem hierarquias etc, só que elas são mais soltas, eu queria perguntar para a Ziza, a gente está nesse nível por exemplo, você que participar ativamente de (inint) como é que você sente isso, você sente que você de alguma forma você colabora com outras tribos, outras alianças e faz a empresa com organização andar junta, sabe? Você consegue sentir? Você tem exemplos para contar sobre isso?
F1: Eu consigo sentir super, inclusive na hora que o Vinição estava falando eu já estava imaginando o check de design na minha cabeça assim muito claramente, porque hoje é engraçado como que evoluiu, antes o check de design era um monte de pergunta a técnica que você respondia para avaliar aquilo tecnicamente e hoje ao final do cheque de design a gente tem uma avaliação de como está você em relação aos ritos e isso envolve a sua participação nas (inint) se você tem indo, se tem colaborado, você não está conseguindo, o que está acontecendo, a gente quer que você participe, então dependendo de uma resposta que você dá a pessoa que está fazendo check com você te orienta, não estou conseguindo, não estou tendo tempo, vamos entender o que é isso e também uma pergunta se a gente está co criando junto, a gente tem essa pergunta, então na hora que o Vinição falou ”A gente tem que promover as pessoas sentarem e conversarem.” a gente teve uma experiência esses dias para trás na (inint) que tinham 15 designers reunidos no (inint) cocriando junto e era um monte de gente mexendo na mesma coisa, porque a gente estava com um problema muito grande que eu e a Bruna não estava conseguindo resolver e a gente na mesma hora acionou o check de design e fizemos a solução juntos e foi muito legal e o check de design tem sido uma métrica indireta para saber se você está conseguindo colaborar e se você está conseguindo receber essa colaboração também, porque se você não consegue na guilda (inint) você não cresce, você não tem conhecimento, você não tem troca e também se você não consegue colaborar isso também não acontece, então é uma via de mão dupla, então acho que o check de design tem mostrado muito isso, check arquitetural igual que você comentou esses pequenos ritos que envolvem as pessoas para sentarem e discutirem sobre algo, eu acho que já é um ótimo exemplo de colaboração e outro caso que eu tenho, assim já mudando o assunto um pouco para (inint) é que no meu primeiro ano de DTI, quando o Mike falou em relação até uma conquista mais pessoal mesmo, o meu primeiro ano de DTI eu ganhei um prêmio da (inint) e isso para mim teve o significado muito grande, eu tinha um ano de DTI, eu não conhecia todo mundo, mas eu ganhei aquilo porque eu fui a pessoa que mais colaborou e recebi mais moeda de pessoas diferentes e aí você vê a rede, você para e pensa assim ”Poxa eu tive muita gente que me doou porque eu colaborei com um monte de gente.” então isso pessoalmente dá uma sensação de tipo assim ”Poxa eu também estou colaborando com as outras pessoas.” e foi muito legal.
M1: Nós vamos falar daqui a pouco só quero seguir só uma seta agora, mas super legal o que você disse assim, olha sempre aqueles resumos que a gente faz, a gente ver o que, parte ali do dia das pessoas se conhecerem e estar no meio de onde elas se conhecem e podem confiar umas nas outras, gostar, desenvolver uma relação de reciprocidade, mas é óbvio que para nós sempre as pessoas você não vai colaborar no sentido de uma corporação, se você não estruturar um conhecimento, então você começa, a interessante porque os (inint) que são dentro das alianças, as (inint) que são mais CROSS, como se virassem (inint) de conhecimento ali, conhecimento rapidamente acionado e transitar pela empresa toda e etc, mas obviamente que a liderança também tem um papel super importante que é o que a gente fala demais com a habilitadora de estudos, sabe? Como alguém que dá espaço e habilita estudo, eu queria perguntar para o Mike, o Mike hoje é capitão, é isso Mike?
M3: Isso mesmo.
M1: Você como o capitão de operações, como é que você percebe isso que eu disse, você é um capitão que dentro de uma aliança vai ser responsável por levar essa cultura de operação para tudo quanto é lado, mas ao mesmo tempo sem ser prescritivo e dando espaço e fomentando esses valores de colaboração por exemplo, é a liderança em todos os níveis, você como capitão o que você nos conta, como é que funciona a liderança para ser uma liderança que fomente essa colaboração tanto dentro dos times, quanto entre os times da tribo e da aliança e mesmo até da DTI como um todo.
M3: Eu acho bem desafiador, porque para mim o maior desafio é conseguir achar esse equilíbrio que a gente estava comentando aqui entre não ser tão ordenado nem ser tão caos, então criar coisas fomentar para as pessoas colaborarem, mas não passar nenhuma receita, nenhuma prescrição que a pessoa vai começar a executar aquilo muito no automático, sem dar muito valor mesmo, então acho que esse é o principal desafio, mas assim eu sou o capitão de aliança e só quando a DTI criou essa estrutura de aliança, eu acho que foi legal, eu acho que tem bastante a ver com que a gente está falando por quê, foi assim um dia a gente viu que isso seria interessante e quisermos fazer essa aposta, então meio que dividimos mais ou menos assim para dar só o start e é engraçado porque de um dia para o outro não mudou a quantidade de tribos, não criou nenhum papel novo, não contratou ninguém para ser responsável por nada, só que na minha visão você já aproximou as pessoas, só o fato de ”Agora eu sou dessa aliança e essa aliança é composta por aquelas outras três tribos.” só isso já cria uma proximidade assim que é completamente virtual, mas que a gente não tinha antes e eu acho que é exatamente isso que dificultava um pouco, a quantidade de tribos que você acaba se sentindo um pouco distante de todo mundo, a partir do momento que você cria um núcleo virtual ali você já se sente mais próximo, sabe?
M2: Como diz o (inint) você criou uma espécie de religião ali.
M3: É bem louco isso e aí é claro que depois disso o desafio foi como que a gente monta a estrutura necessária para suportar e dar sustentabilidade para a aliança, não é mágica, só criar e está funcionando, mas só de resolver esse problema de você se sentir próximo de outras pessoas isso é um passo muito grande, eu vejo assim que as práticas que dão mais certo são quando a gente consegue aproximar as pessoas mesmo e ter um vínculo pessoal mesmo, então só um exemplo, lá na aliança triforce a gente começou a fazer um negócio lá que se chama (inint) muitos squad, a gente trabalha com essa tecnologia com (inint) e queria uma forma de aprender, mas as pessoas ainda não se sentiam tão confortáveis em preparar um (inint) muito formal para fazer isso e aí o que o pessoal pensou, inclusive a ideia do Silvério e talvez de mais alguém foi vamos criar um chat aqui e a gente faz uma conversa rápida mesmo que for um assunto bem básico assim e funcionou, isso foi aumentando o engajamento do pessoal e funcionou muito bem e assim começou com uma reunião de 15 minutos falando assuntos básicos que talvez 80% das pessoas já sabiam, mas só o fato de você estar ali presente, conversando com alguém, você saber que aquele cara conhece disso ou trabalha com isso também isso já é um passo gigantesco para no futuro você poder chegar lá bater no ombrinho do cara, mesmo que virtualmente e pedir uma ajuda para ele.
M1: E você Vinicius como um grande jardineiro, como que é o papel assim, a gente sempre fala muito se eu pudesse dar exemplos concretos, assim eu acho que a gente já deu vários exemplos aqui quando a gente das alianças e etc, a gente pensa que esses depoimentos do Mike que é muito legal porque ele mostra justamente isso, o mero fato de você criar uma aliança cria um elemento de auto organização, só que aquele elemento só vai perdurar se houver ritos e (inint) também que reforcem aquilo senão vira um negócio muito artificial, igual o cara falar que criou um país porque inventou o nome de um país, mas não tem constituição, fronteira, não tem nada, e as pessoas vão falar ”Agora tem um país ali.” o Vinição lembrou do livro do (inint) ele fala um negócio muito legal, quando eu li isso não sai da minha cabeça porque ele fala assim ”Cara tudo é construção da nossa cabeça, os bichos se comunicam sobre coisas concretas normalmente, quando existe uma comunicação eles se comunicam sobre coisas concretas, avisar que tem um predador chegando até fofoca.” é engraçado demais, ele conta isso no livro que os caras que ficam no meio dos gorilas por exemplo percebem que tem até uma fofoca, mas sobre coisas concretas, a gente consegue criar abstrações, a gente consegue criar o seguinte ”Aqui existe um país.” não existe um país, existe tudo é terra ali e pronto, só existe um país porque todo mundo concorda que existe um país e aí começa o tanto de coisa a reforçar que existe um país ali também, como é que você enxerga isso aí Vinição você consegue dar uns exemplos no sentido da colaboração, como é que é um líder Agi reforça isso?
M2: Assim eu acho que a liderança ela sempre tem que ficar observando as estruturas em torno dela, tipo assim que em tese as lideranças acabam tendo um acionamento a maior das regras do jogo mesmo que sejam as regras do jogo de squad, de um time, então acho que é um papel fundamental de uma liderança, não só de dar exemplo, mas também de ficar o tempo todo avaliando a estrutura que está em torno dali se ela realmente fomenta aquilo, o que ela fomenta na verdade, esse autor é (inint) que é do livro Social Physics, ele fala um negócio que também é muito legal, tem a ver com que ele falou do (inint) aqui, embora ele não use temos muitos legais que eu acho que ele não leu tanto sobre a complexidade, mas no fundo ele está falando sobre a complexidade, ele fala assim ”No fundo a gente evoluiu para ser muito mais células processadoras de informação em grupo, como times, a gente evoluiu assim, a gente desenvolveu a comunicação para fazer assim, então a gente conseguiu cooperar em larga escala exatamente por conseguir fazer isso e ser bom nisso em times.” e aí o trupudio que você tem de processamento de informação tem muita ver com a colaboração com aquela célula consegue fazer e a criatividade tem a ver com o quanto aquela célula consegue se comunicar com outras células, entendeu? Então assim o papel da liderança é direcionar isso, ver qual é o trupudio de informação que você está vendo ali, e aí quando a gente fala (inint) é o removedor de impedimento, então assim o líder na verdade tem que ficar avaliando essa estrutura ali e verificando se está tendo um trupudio bom de informação e de criatividade criação com conexões externas e eu acho que é sempre bom dar um exemplo, quando você dá o exemplo você consegue fazer com que o comportamento seja copiado muito mais facilmente, então por isso vinculando até com o nome que o capitão, que o Mike falou ali, a gente não deu o nome de capitão não foi ao caso, o capitão ele joga também junto com time, então esse é um dos papéis aí da liderança também que é de dar exemplo, tem uns dos livro que você citou, eu nem lembro qual que é, que ele fala de sujar as mãos, o líder sempre tem que estar sujando as mãos e ele vai sujar a mão no espectro que ele está eu e você que estamos na diretoria a gente tem que sujar as mãos tendo uma conversa difícil com cliente, mediando um conflito, a gente não pode ficar tentando escapar de conversas difíceis igual eu gosto de falar, isso também é um papel muito forte da liderança que promove colaboração.
M1: Isso aí vem até nos livros de complexidade e você perde contato com a realidade, a realidade é o que existe, a gente faz modelo o tempo todo para representar a realidade, mas se você começa a se distanciar na realidade acreditar mais no seu modelo do que na realidade ou mais nas medidas que chegam para você naquele modelo que você criou você perde contato, então eu queria avançar para o último tema que eu acho que fecha aqui, que eu deixei por último por querer, nós mostramos até aqui o seguinte, no mundo individual você cria um ambiente onde as pessoas confiam e colaboram você coloca essas pessoas em estruturas auto organizadas que fazem elas desejarem colaborar e que não só fazem com que elas desejem colaborar por estarem em estruturas que as representam, mas essas estruturas colaboram umas com as outras e viram (inint) de colaboração e você tem líderes que ficam o tempo todo entendendo a vida deles mais do que controlar as pessoas ou ficar cobrando e etc, é o que eu falo mais do que ter x é ter y, você confia nas pessoas, mas fica tentando entender organizacionalmente por onde aquilo está indo, que tipo de comportamento está emergindo para saber que tipo de mudança ele faz e eu deixei por último uma coisa que é o seguinte, como o ser humano adora pensamento mágico, todo mundo adora pensar o seguinte ”Eu vou comprar uma ferramenta aí a gente vai colaborar.” eu diria aqui igual o manifesto do Agi, talvez a ferramenta não seja o mais importante, não que ela não tenha importância, ela está do lado direito do manifesto Agi e do lado esquerdo (inint) e aí nós temos uma ferramenta que é (inint) ela é importante para a gente hoje em dia, mas foi ela que causou a colaboração? Não, ela pode depois ter realimentado colaboração a partir do certo ponto? Sim, então queria que vocês explicassem Ziza eu sei que foi a vencedora de forma triunfal do prêmio fala um pouquinho sobre a (inint) o que ela traz, porque ela é mais para celebrar as coisas boas, me fala um pouquinho como é que a gente usa a (inint) e como é que ela ajudou nesse processo aí, como é que hoje ela virou mais um elemento de reforçar isso tudo.
F1: Eu acho que o maior conceito dela realmente é esse de reforçar a colaboração, eu acho que é deixar ela mais tangível, eu sinto que é muito isso, então no início a dois anos atrás quando eu tive essa premiação a gente doava as moedas escrevia algum comentário, hoje a gente já compartilha isso, já deixa visível para todo mundo, até uma forma de mostrar o quanto você foi grato por aquilo ali e eu acho que o uso dela, a gente tem aí, vamos dizer uma meta de doar todo mês e a gente reforça isso sempre, mensalmente por que é legal e acaba que apesar do reforço, pelo menos as minhas moedas acabam antes desse reforço chegar, porque eu sinto que a gente está sempre colaborando, então assim vai chegando final do mês eu vejo lá doe suas moedas as minhas já foram muito tempo, porque já doei todas e é uma forma de ser grato co, pessoas que não estão no seu dia a dia, porque no meu squad ali a gente tem formas de demonstrar o quanto aquela colaboração foi importante, quanto aquela ajuda foi importante igual o Mike comentou, mas no nível DTI você não tem esse contato tão próximo no dia a dia, então sinto que a (inint) é muito isso, é você conseguir também transparecer isso para as pessoas que estão no seu dia a dia, então é alguém de uma outra aliança, de um outro contexto que me deu uma ajuda um dia e eu tenho uma forma de agradecer ela e deixar isso de alguma forma vamos dizer assim registrado, então o uso da (inint) hoje, eu vejo muito nesse sentido de realmente transparecer e tornar um pouco tangível a nossa gratidão, a nossa colaboração, a forma como você agradece a pessoa que colaborou e também uma forma de você conseguir medir isso também, acaba que torna até uma brincadeira ”Você ganhou o prêmio das moedas.” o Chagas ganha todo ano, é a pessoa que mais colabora nessa DTI e aí acaba criando uma disputa saudável, para mim foi surpresa, ao longo do ano eu achei que não seria eu e acabou sendo e você tem uma noção da dimensão de como aquele ano foi legal para você, de como você realmente teve um papel legal e eu como eu falei é uma via de mão dupla, o tanto que você se dá você também recebe isso no final, seja de uma forma abstrata como um prêmio assim e até uma conquista pessoal mesmo, então eu sinto que a (inint) hoje funciona muito assim com essa recompensa em moedas virtuais que depois você pode trocar por premiações, enfim a gente tem tentado usar, dentro da triforce a gente está tendo agora quem doar umas moedas vai ganhar um prêmio, alguma forma de fomentar cada vez mais isso, de uma forma saudável que não cria competições, não cria um sentimento de inveja e muito mais de aumentar essa rede colaboradora e também uma forma de se gerenciar isso, hoje você tem lá sua (inint) a parte de mentoria, então você consegue concentrar tudo que tem a ver com pessoas, com colaboração em um lugar só, então acho que o legal da plataforma é bem isso.
M1: É uma forma tanto de celebrar que é gostoso celebrar essa coisa, é curioso as pessoas não entendem é bom tanto para quem recebe quanto para quem doa sim, porque tem filósofos que falam isso a 2 mil anos, cara você demonstrar gratidão é algo que faz muito bem para você, você se sente bem ao demonstrar gratidão, você se conecta mais com as pessoas assim, quando você vai lá e tem um reconhecimento autêntico e genuíno, é gostoso receber de forma as vezes surpreendente, você está ali faz um negócio de repente chega uma mensagem ali ”Poxa você me ajudou tanto aqui me tocou, fez isso.” isso é muito gostoso, outra coisa que eu acho legal lá na (inint) é que existe um curso ali também dos hashtag, dos temas que estão circulando os conhecimentos que estão transitando ali, então isso aí permite até fazer alguns tipo de análise, mas tem que entender como é que está fluindo as informações da empresa, eu acho super bacana, pessoal é isso assim eu gostei muito desse episódio, infelizmente estamos chegando ao final assim, espero que a gente tenha tentado ilustrar para quem ouve a gente como eu falei no começo, a gente gosta sempre de tangibilizar, ou seja não é que todo mundo vai ter que ter uma estrutura em redes, não vai todo mundo vai ter a estrutura igual a gente, mas eu acho interessante entender esses elementos que a gente acredita que são fundamentais no livro é individual as pessoas se conhecendo, confiando e criando essas relações, no livro organizacional estruturas que fomentem essa auto-organização e a vontade das pessoas colaborarem em grupos um pouco maiores, e fomenta a colaboração inclusive entre grupos que nem conhecem, a liderança que fica ali jardinando esse tempo todo, entendendo o que está acontecendo e garantindo que isso é frutífero e as ferramentas que podem no momento certo reforçar ainda mais aquilo, esse ciclo virtuoso aí e não ser o causador disso, isso aí pessoal, muito obrigado abraço a todos.
M2: Chuster, só antes de fechar a gente falou tanto da (inint) que me deu uma coceira, vou fazer um jabar a (inint) está ficando tão legal que tem tanta gente já interessada, então a gente já tem algumas empresas clientes da (inint) então se tiver interesse entra em contato com a gente nas nossas redes, valeu pessoal.
M3: Valeu gente, obrigado.
F1: Valeu galera.
M1:Bom dia, boa tarde, boa noite vamos começar hoje mais um episódio dos Agilistas, a gente fez um episódio recentemente no qual nós falamos sobre a nossa visão e objetivo desse episódio é sempre de compartilhar experiências nossas de como é que se cria uma estrutura mais orgânica, uma estrutura que evolui mais sozinha, uma estrutura que seja capaz de sentir e responder ao ambiente que é o tema principal aqui dos Agilistas, eu sempre gosto de deixar isso bem claro não tem nenhuma pretensão de achar que a nossa estrutura é a que alguém tem que necessariamente copiar, ou que nós temos uma receita, a gente está aqui compartilhando como a gente convida vários convidados para compartilhar experiências deles, como a gente tem essa sorte de ter uma estrutura que é toda orgânica a gente acha interessante compartilhar para sair do abstrato, não ficar ali só falando da teoria, de complexidade (inint) e restrições habilitadoras e um monte de coisas que a gente gosta de falar, mas não mostrar exemplos práticos e a gente achou interessante nessa sequência a gente pegar um dos pilares dessa nossa visão, a nossa visão claro detalha, mas ela quer mostrar bem claro para nós todos e para que a gente possa continuamente construir isso que nós somos uma rede, uma incrível rede e essa rede ela tem alguns pilares e um dos pilares dessa incrível rede é a colaboração e a colaboração é uma coisa super interessante, porque é algo que muito se fala e às vezes pouco se tem, se faz na prática, então o objetivo aqui hoje, eu já vou apresentar os convidados, é que a gente fale mais sobre essa colaboração e o objetivo é mais do que ”Veja como na DP a gente colabora.” não é esse o objetivo do episódio, o objetivo é mostrar o seguinte: como é que uma estrutura dessas é habilitadora de colaboração, mas para ser uma habilitadora de colaboração o que tem acontecer, tem o papel das pessoas, tem o papel da liderança, tem o papel da estrutura, tem um tanto de coisa que tem que acontecer para que a colaboração de fato aconteça, então sem mais delongas aqui vou apresentar os convidados, temos aqui o Vinição todos já conhecem bem, e aí Vinição beleza?
M2: Tudo bem pessoal, beleza vamos lá.
M1: O Mike, ele já participou anteriormente, não é Mike? Mike é o codinome, não sei nem o nome dele mais só chamo de Mike.
M3: Oi pessoal, tudo bom?
M1: A Larissa também, ela tem um codinome.
F1: Já sou Ziza (inint) também.
M1: Estou aqui com a Ziza, com Mike e com Vinição, então pessoal a primeira pergunta que eu gostaria de fazer é assim: como é que vocês sentem, talvez seja a pergunta mais básica, como é que vocês sentem essa colaboração no dia a dia, o que significa na prática essa colaboração? Seria interessante a Ziza ou o Mike começar a responder isso que está ali no dia a dia, como é que vocês sentem essa colaboração.
F1: Eu acho que no meu contexto, que eu tenho papel de design dentro da DTI, eu sinto muito na forma como a gente se organiza, eu acho que o fato de termos aí as nossas (inint) as nossas (inint) as nossas alianças, tribos essa organização em grupo, eu acho que já fomenta automaticamente a colaboração, hoje eu não consigo ver no meu dia a dia eu fazendo um trabalho sozinha, eu acho que cada um se complementa aqui, os nossos (inint) são disciplinares, então já fomenta a colaboração por ser multidisciplinar, então no dia a dia eu vejo muito assim no nosso contexto dos designers, hoje eu atuo, nós somos duas designers atuando no mesmo projeto, isso a muito tempo atrás não era tão normal a gente ter dois designers atuando no mesmo projeto e hoje eu atuo junto com a Bruna no mesmo projeto, então a gente tem uma troca muito grande no dia a dia e isso se expande também a nível (inint) de design, a gente tem comentado cada vez mais, hoje a gente faz (inint) de design todos os dias, então a gente tem uma troca muito grande, então se tem alguém que está com problema já finaliza ali na dele ou fez algo muito legal já sinaliza ali e compartilha com todo mundo e sempre que a gente precisa está todo mundo muito disponível, eu acho que o fato de a gente ter essa rede de contato ali no (inint) também fomenta muito a colaboração e assim no meu dia a dia todas as vezes que eu precisei de uma ajuda ou que eu vi algo legal foi compartilhado ou foi atendido aí, a (inint) de design é muito forte nesse sentido e a gente vê isso também na DTI como um todo, quantas vezes eu precisei de ajuda em um projeto, não mais hoje, mas na mesa ali, rabiscava e conversava e trocava uma ideia ou sabe que alguém é referência em alguma coisa vai lá e procura e essa pessoa está sempre muito disponível, eu acho que a colaboração está em todos os momentos da DTI no dia a dia.
M1: Eu achei interessante olha só, você colocou vários elementos aí, achei bacana o seguinte, você pode enxergar a colaboração primeiro a própria forma de fazer o trabalho exige que seja colaborativo, porque a definição de como a gente faz o trabalho é como se já tivesse meio que o jeito que você se organiza como times multidisciplinares, você já fala assim ”Estou resolvendo um problema com várias disciplinas diferentes.” e aí assim é quase que pensar já é uma estruturação que não é um cara faz a parte dele e não quer saber o que está acontecendo, não é isso é um time, então já cria um incentivo para colaborar independentemente da vontade individual de cada um, fala assim antes de entrar no desejo de cada um de colaborar a gente ataca o problema de forma colaborativa, imaginando que ali todos tem uma contribuição relevante a dar, mas o outro nível é isso também, mas dentro do contexto do problema isso é até mais simples porque está todo mundo unido naquele problema, mas além daquela colaboração que acontece dentro do time você comento existe uma colaboração CROSS, digamos assim, com outros times seja da tribo, de outras tribos, com outras (inint) e etc, achei interessante essas duas dimensões porque pensando em quem quer habilitar a colaboração e ai é uma coisa que a gente sempre comenta aqui, as ações oblíquas, alguém quer habilitar a colaboração para ver e pensa assim ”Eu vou começar a botar uma meta de colaboração e vamos bater essa meta de colaboração.” mas é engraçado uma ação obliqua, por isso que a gente fala muito de começar a fazer times multidisciplinares é o seguinte, você pega os caras que estão ali em caixinhas e coloca eles em um time e dá um objetivo para eles e dá um espaço ali, você criou um ambiente ali, concorda Vinicius?
M2: Eu acho perfeito o que você colocou pensando nessa questão estrutural, a nossa estrutura, não é nem a nossa, eu vou falar assim, a estrutura de um modelo ágil, de ser multidisciplinar ela já é estruturalmente provoca isso, mas tem essa questão talvez que é fácil imaginar isso no entorno de um squad ou alguma coisa do tipo e em um ambiente mais amplo, igual você falou algo crucial para mim é ter restrições, mais sorte, não restrições hard, como o próprio Davids Noden fala, tipo se você coloca metas muito rígidas, você coloca muitas caixinhas, você coloca restrições muito hard, então as pessoas não tem aquela ambiguidade que você fica um pouco na dúvida e você fala ”Não, é possível que eu faça isso, é possível que eu interaja na rede aqui para poder ajudar outra pessoa.” em termos estruturais também o que eu tenho enxergado cada vez mais, até com crescimento da DTI é que a colaboração ela precisa ser estruturalmente avaliada, não pode ser tipo assim ”Tem coisas que organicamente elas não tem os atratores.” quando a gente fala de atratores de teoria da complexidade que fomenta a colaboração, por exemplo o ambiente virtual ele é um contrário de um atrator, é um atrator para que não tenha colaboração, porque você não vê as pessoas, é difícil de interagir mais espontaneamente, então se isso não for minimamente organizado, não no detalhe, mas criar atratores de colaboração, a colaboração fica muito mais difícil, então por exemplo você tem um ambiente de 30 tribos imaginar que tipo assim a colaboração entre elas vai acontecer de forma espontânea é quase uma ingenuidade, entendeu? Você vai criar atratores para que tenha a colaboração e o nosso trator por sempre as estruturas atratoras são principalmente as alianças agora (inint) e tal, então pensando estruturalmente eu acredito que, até pensando em escalas, você precisa ter alguma coisa deliberada que fomente isso, que faça com que isso aconteça.
M1: Super interessante o que você falou, estava lendo um artigo de alguém criticando a estrutura do Spotify, falando críticas até interessantes, sabe? Como se a estrutura deles fosse mais uma propaganda do que o que acontece na prática em alguns sentidos e eles postaram ” A nossa estrutura não é uma estrutura.” mas é engraçado porque a crítica que o cara faz eu lembrei agora porque assim não é que você simplesmente espalha umas pessoas ali e pronto, sabe? Não é que não tem estrutura entende, a questão é o nível de interferência naquela estrutura no nível de espaço que as pessoas vão ter, eu acharia interessante o Mike, ele é velho de casa em Mike, eu acho que você tem uma posição interessante aí, que você pode dar um depoimento bem pessoal mesmo de entender porque a nossa estrutura a gente comenta muito que ela foi evoluindo, eu fico até brincando às vezes, eu não consigo nem lembrar mais, tinha época que a gente tinha tribo, olha como era as coisas, mas já aconteceu isso, eu lembro assim a gente queria quando inventou (inint) que é um jeito de fazer transferência de conhecimento, aí ficava o Vinição igual um louco procurando os voluntários entre aspas para fazer e aí fazia o (inint) acontecer.
M3: (inint) entre aspas.
M1: Aqueles voluntários…
M3: Tu inclusive foi o primeiro.
M1: Então foi um jeito de colaborar em transferência de conhecimento e hoje em dia assim cara pipoca o tempo todo no (inint) o tempo todo, em transferência de conhecimento, sobre os mais diversos assuntos, ou seja isso de alguma forma emergiu, mas não era assim no começo não, isso não acontecia, quais são as suas reflexões sobre isso aí Mike, alguém que entrou pegando a estrutura que era mais de engajamento, mas era uma estrutura a gente já falou aqui em outros episódios, (inint) era mais Green do que Teal, o Green é a organização que tem mais engajamento e o Teal é que tem evolução mais (inint) o que você diria Mike?
M3: Isso que você falou aí sobre a criação de alianças, o nosso crescimento e como que a nossa estrutura foi se adaptando para a gente conseguir escalar, o que eu vejo foi que a gente realmente foi criando essas estruturas, essa forma de fomentar os valores da nossa cultura, para que ela se permanecesse, porque assim o que eu sinto, que você perguntou como que eu me sinto a colaboração da DTI, eu sinto não só no desejo da galera de receber a ajuda, mas também no desejo de ajudar e eu acho que isso é o principal assim porque às vezes acontece aquele paradoxo, tem muita gente querendo aprender, mas a hora que você procura a gente para ensinar não tem, eu acho que na de DTI essas estruturas que a gente criou serviram para a gente conseguir fazer criar esse desejo na galera, eu lembro que você perguntou sobre o passado, lembro que assim que eu entrei, eu comecei no squad que era eu sozinho e pessoas que conheciam daquilo que eu estava mexendo.
M1: Não se chamava de squad na época não?
M3: Não.
M1: Só de time, mas não chamava de squad.
M3: Eu era sozinho e a pessoa que mais conhecia daquele contexto ali era o Duarte e um pouco do contexto também o Vinição sabia, mas os dois estavam envolvidos em um projeto lá que estava…
M2: Famoso torpedo em grupo.
M3: Ele mesmo, os dois estavam envolvidos em um projeto que o bicho estava pegando, como a gente gosta de falar, e mesmo assim eu consegui muito apoio dos dois assim, principalmente do Duarte que é quem já tinha mexido um pouco e eu acho que isso é por causa das restrições soft que o Vinição falou, se a gente tivesse uma caixinha mais rígida provavelmente o Duarte não teria tido espaço para ele abrir mão de alguma coisa que ele estava mexendo lá no projeto dele para me dar uma mão e me dar uma ajuda, eu acho que isso também criou em mim uma vontade quase de retribuir, então você sente tão grato pela pessoa te ajudando principalmente por que isso contribuiu muito na minha formação profissional que você quer contribuir também e ajudar as pessoas e fazer a mesma coisa para frente assim, então isso vai fazendo a roda girar, talvez a primeira vez por exemplo o (inint) do Vinição que estava (inint) as pessoas é só um primeiro…
M1: Olha que interessante, eu acho assim, para tentar tangibilizar mais que o Vinição filosofa muito com a (inint) e etc, mas eu acho interessante o seguinte cara, olha só eu falo da ambiguidade das coisas, a gente vira a poucos minutos atrás, a gente fala o seguinte: você tem que ter estrutura que fomente a colaboração, mas dependente dessa estrutura ela faz com que você queira ficar em uma caixa, então você tem que ter espaço, é por isso que a gente fala de atrator e não uma coisa muito rígida, sabe porque você imagina como é que o ser humano funciona, quando você cria um interesse comum de um grupo, você cria uma vontade de colaborar, não é isso? Poxa, então assim quando você bota o cara dentro de uma caixinha enclausurado e com uma meta muito clara, primeiro se a meta for só dele ele não vai colaborar com ninguém, só vai dar um jeito de… ainda mais se tiver competindo com pessoal que está do lado dele, já vem aquele incentivo organizacional, se não tiver isso a meta for da caixinha ele ainda fica assim ”Cara meu grupo é essa caixinha aqui.” então assim quando você cria uma estrutura que influencia diretamente na vontade de colaborar ou na vontade de não colaborar e é interessante que a nossa estrutura eu diria que ela tem várias dimensões, ou seja as pessoas nos squads querem colaborar, por que o squad no final (inint) de entregar aquele valor, ao mesmo tempo o cara olha para o lado e fala ”Poxa esse pessoal é da minha tribo, eu quero colaborar.” e é humano para caramba isso, a gente quando criou a tribo percebeu isso claramente, esses caras vestem a mesma camisa que eu, tem o mesmo símbolo, então o cara no squad fica menos egoísta com o problema só do squad porque ele fala ”Estou em uma tribo.” mas aquele cara está ligado em uma (inint) que tem outras pessoas que estão evoluindo junto, ele fala ”Poxa eu queria ajudar também, naquela (inint)” então assim é mais para tentar mostrar como é que a estrutura ela pode ajudar e pode atrapalhar na colaboração, quando a gente criou a (inint) não tem uma meta ali de fazer ninguém colaborar, por isso que é obliquo, as pessoas se encontram porque elas querem juntas evoluir naquele conhecimento, tipo a Ziza com design, o pessoal quer sentir ali que está aumentando a maestria e está discutindo assuntos mais relevantes etc e isso naturalmente fomenta entre vocês colaboração, sem falar no aspecto que a estrutura também com restrições mais soft permite muito mais contato pessoal, você viu que o Mike eu falou (inint) fenomenal, assim a gente faz direto Vinição, você só colabora com alguém se você conhece alguém o básico, aí você começa a com a fé, alguém começa a gostar daquele alguém, aí você ajuda, agora se você não tem chance de conhecer a pessoa, nem de confiar na pessoa, você não vai ajudar, não vai desenvolver sentido de reciprocidade que é bem humano, não vai acontecer nada.
M3: Engraçado que você meio que antecipou o que eu ia falar que realmente estou muito influenciado naquele livro que eu estou lendo do Social physic, porque inclusive ele é baseado em dados, o cara é cientista de dados e trabalha só com variação de dados de interações sociais, então assim o negócio que sei que você falou do contato, assim o habilitador básico de colaboração, assim eu acho que tem habilitadores estruturais, mas pensando assim pessoa para pessoa, o habilitador básico de colaboração é confiança, só que beleza e daí como você desenvolve confiança? Tem várias formas, tem explorar a questão de você demonstrar uma certa vulnerabilidade, mas tem uma coisa que eu acho legal demais, igual você falou assim, é meio complicado falar em colocar meta para colaborar, mas você pode colocar meta de coisas muito mais objetivas, por exemplo você pode colocar meta de coisas que fazem uma pessoa conversar com a outra e conversar com outra é proxy para gerar confiança, então eu estou um pouco obcecado por esse tema para a gente fazer umas coisas, porque embora seja meio ridículo você colocar metas muito diretas, você pode colocar metas oblíquas que geram uma coisa que gera confiança, que gera colaboração e aí tem esse problema na escala menor que seria a escala do time e na escala maior aí tem que pensar nas estruturas e incentivos estruturais, igual a gente está falando das estruturas aqui e uma outra coisa também que tem mexido muito na minha cabeça que até veio um pouco de incentivo daquele livro lá do (inint) que eu nem li ele todo, eu só li uma parte, mas eu vi alguns podcasts, eu conversei muito com você e com Chagas.
M1: Você está igual Silvio Santos não li, mas eu indico.
M3: Não, mas eu li alguns (inint) e conversei com pessoas que leram, um negócio que me chama atenção é o seguinte, esse negócio que a gente falou um pouco antes que é a colaboração em escalas maiores ela não é tão espontânea, é tipo aquele espectro do caos e da ordem, você vai muito para ordem você engessa demais, você coloca caixinha, coloca regra hard, mas se você vai para o outro extremo do caos também não tem colaboração, entendeu? Então você tem que criar coisas, restrições habilitadoras, coisas do tipo, aí por exemplo no livro (inint) ele fala em (inint) que seria a linguagem que o desenvolvedor gosta, o engenheiro gosta que você cria uma clareza de como comunicar, uma comunicação de larga escala, porque se a comunicação é muito confusa, o jeito como você fala não tem colaboração, então estruturalmente você tem que dar clareza para como vai ser feita a comunicação, tipo se você colocar um grupo de 20 pessoas, cada uma fala uma língua diferente vai ser muito mais difícil ter colaboração, então se você criar algum padrão de comunicação ali vai ficar bem mais claro, então quando você tem estruturas ou um ambiente de desordem total se você não colocar uma clareza em como comunicar você não vai ter comunicação, não vai ter colaboração consequentemente.
M1: Então olha que interessante, você já tratou de outro aspecto aí que é assim uma coisa são as pessoas colaborando, confiando umas nas outras, tendo essa vontade, esse desejo de colaborar, outra coisa é essa organização colaborando, então por exemplo como é que alguém usa uma (inint) a seu favor, e aí um exemplo claro que o Vinição disse, poxa existe um ritual (inint) arquitetural, isso é a forma que alguém tem de invocar colaboração de uma (inint) sabe? Isso acontece o tempo todo, o cara mobiliza ali um tanto de gente ali para poder ajudar eles para poder fazer sabatinas, ou um check de design por exemplo, um check de produto é como se fosse a interface dessa TI, isso eu acho que eu queria que as pessoas entendesse, quando fala que é uma rede não quer dizer que não tem (inint) e organização, então assim não é que simplesmente assim ”Então beleza estamos aqui em uma rede, agora preciso achar alguém para me ajudar aqui.”
M2: Tem uma certa ciência nisso.
M1: Eu acho legal no podcast que a gente vai pensando e conversando e é igual o próprio Agi desde o começo muita gente ”Já que é Agi, então agora sai fazendo e pronto.” como se não houvesse nenhum tipo de disciplina para ser Ágil, ou então sendo só ágil é planejado até o detalhe, igual isso ”Já que é rede então todo mundo conectado em todo mundo.” não é assim cara, são quase 900 pessoas, é claro que existem organizações, existem hierarquias etc, só que elas são mais soltas, eu queria perguntar para a Ziza, a gente está nesse nível por exemplo, você que participar ativamente de (inint) como é que você sente isso, você sente que você de alguma forma você colabora com outras tribos, outras alianças e faz a empresa com organização andar junta, sabe? Você consegue sentir? Você tem exemplos para contar sobre isso?
F1: Eu consigo sentir super, inclusive na hora que o Vinição estava falando eu já estava imaginando o check de design na minha cabeça assim muito claramente, porque hoje é engraçado como que evoluiu, antes o check de design era um monte de pergunta a técnica que você respondia para avaliar aquilo tecnicamente e hoje ao final do cheque de design a gente tem uma avaliação de como está você em relação aos ritos e isso envolve a sua participação nas (inint) se você tem indo, se tem colaborado, você não está conseguindo, o que está acontecendo, a gente quer que você participe, então dependendo de uma resposta que você dá a pessoa que está fazendo check com você te orienta, não estou conseguindo, não estou tendo tempo, vamos entender o que é isso e também uma pergunta se a gente está co criando junto, a gente tem essa pergunta, então na hora que o Vinição falou ”A gente tem que promover as pessoas sentarem e conversarem.” a gente teve uma experiência esses dias para trás na (inint) que tinham 15 designers reunidos no (inint) cocriando junto e era um monte de gente mexendo na mesma coisa, porque a gente estava com um problema muito grande que eu e a Bruna não estava conseguindo resolver e a gente na mesma hora acionou o check de design e fizemos a solução juntos e foi muito legal e o check de design tem sido uma métrica indireta para saber se você está conseguindo colaborar e se você está conseguindo receber essa colaboração também, porque se você não consegue na guilda (inint) você não cresce, você não tem conhecimento, você não tem troca e também se você não consegue colaborar isso também não acontece, então é uma via de mão dupla, então acho que o check de design tem mostrado muito isso, check arquitetural igual que você comentou esses pequenos ritos que envolvem as pessoas para sentarem e discutirem sobre algo, eu acho que já é um ótimo exemplo de colaboração e outro caso que eu tenho, assim já mudando o assunto um pouco para (inint) é que no meu primeiro ano de DTI, quando o Mike falou em relação até uma conquista mais pessoal mesmo, o meu primeiro ano de DTI eu ganhei um prêmio da (inint) e isso para mim teve o significado muito grande, eu tinha um ano de DTI, eu não conhecia todo mundo, mas eu ganhei aquilo porque eu fui a pessoa que mais colaborou e recebi mais moeda de pessoas diferentes e aí você vê a rede, você para e pensa assim ”Poxa eu tive muita gente que me doou porque eu colaborei com um monte de gente.” então isso pessoalmente dá uma sensação de tipo assim ”Poxa eu também estou colaborando com as outras pessoas.” e foi muito legal.
M1: Nós vamos falar daqui a pouco só quero seguir só uma seta agora, mas super legal o que você disse assim, olha sempre aqueles resumos que a gente faz, a gente ver o que, parte ali do dia das pessoas se conhecerem e estar no meio de onde elas se conhecem e podem confiar umas nas outras, gostar, desenvolver uma relação de reciprocidade, mas é óbvio que para nós sempre as pessoas você não vai colaborar no sentido de uma corporação, se você não estruturar um conhecimento, então você começa, a interessante porque os (inint) que são dentro das alianças, as (inint) que são mais CROSS, como se virassem (inint) de conhecimento ali, conhecimento rapidamente acionado e transitar pela empresa toda e etc, mas obviamente que a liderança também tem um papel super importante que é o que a gente fala demais com a habilitadora de estudos, sabe? Como alguém que dá espaço e habilita estudo, eu queria perguntar para o Mike, o Mike hoje é capitão, é isso Mike?
M3: Isso mesmo.
M1: Você como o capitão de operações, como é que você percebe isso que eu disse, você é um capitão que dentro de uma aliança vai ser responsável por levar essa cultura de operação para tudo quanto é lado, mas ao mesmo tempo sem ser prescritivo e dando espaço e fomentando esses valores de colaboração por exemplo, é a liderança em todos os níveis, você como capitão o que você nos conta, como é que funciona a liderança para ser uma liderança que fomente essa colaboração tanto dentro dos times, quanto entre os times da tribo e da aliança e mesmo até da DTI como um todo.
M3: Eu acho bem desafiador, porque para mim o maior desafio é conseguir achar esse equilíbrio que a gente estava comentando aqui entre não ser tão ordenado nem ser tão caos, então criar coisas fomentar para as pessoas colaborarem, mas não passar nenhuma receita, nenhuma prescrição que a pessoa vai começar a executar aquilo muito no automático, sem dar muito valor mesmo, então acho que esse é o principal desafio, mas assim eu sou o capitão de aliança e só quando a DTI criou essa estrutura de aliança, eu acho que foi legal, eu acho que tem bastante a ver com que a gente está falando por quê, foi assim um dia a gente viu que isso seria interessante e quisermos fazer essa aposta, então meio que dividimos mais ou menos assim para dar só o start e é engraçado porque de um dia para o outro não mudou a quantidade de tribos, não criou nenhum papel novo, não contratou ninguém para ser responsável por nada, só que na minha visão você já aproximou as pessoas, só o fato de ”Agora eu sou dessa aliança e essa aliança é composta por aquelas outras três tribos.” só isso já cria uma proximidade assim que é completamente virtual, mas que a gente não tinha antes e eu acho que é exatamente isso que dificultava um pouco, a quantidade de tribos que você acaba se sentindo um pouco distante de todo mundo, a partir do momento que você cria um núcleo virtual ali você já se sente mais próximo, sabe?
M2: Como diz o (inint) você criou uma espécie de religião ali.
M3: É bem louco isso e aí é claro que depois disso o desafio foi como que a gente monta a estrutura necessária para suportar e dar sustentabilidade para a aliança, não é mágica, só criar e está funcionando, mas só de resolver esse problema de você se sentir próximo de outras pessoas isso é um passo muito grande, eu vejo assim que as práticas que dão mais certo são quando a gente consegue aproximar as pessoas mesmo e ter um vínculo pessoal mesmo, então só um exemplo, lá na aliança triforce a gente começou a fazer um negócio lá que se chama (inint) muitos squad, a gente trabalha com essa tecnologia com (inint) e queria uma forma de aprender, mas as pessoas ainda não se sentiam tão confortáveis em preparar um (inint) muito formal para fazer isso e aí o que o pessoal pensou, inclusive a ideia do Silvério e talvez de mais alguém foi vamos criar um chat aqui e a gente faz uma conversa rápida mesmo que for um assunto bem básico assim e funcionou, isso foi aumentando o engajamento do pessoal e funcionou muito bem e assim começou com uma reunião de 15 minutos falando assuntos básicos que talvez 80% das pessoas já sabiam, mas só o fato de você estar ali presente, conversando com alguém, você saber que aquele cara conhece disso ou trabalha com isso também isso já é um passo gigantesco para no futuro você poder chegar lá bater no ombrinho do cara, mesmo que virtualmente e pedir uma ajuda para ele.
M1: E você Vinicius como um grande jardineiro, como que é o papel assim, a gente sempre fala muito se eu pudesse dar exemplos concretos, assim eu acho que a gente já deu vários exemplos aqui quando a gente das alianças e etc, a gente pensa que esses depoimentos do Mike que é muito legal porque ele mostra justamente isso, o mero fato de você criar uma aliança cria um elemento de auto organização, só que aquele elemento só vai perdurar se houver ritos e (inint) também que reforcem aquilo senão vira um negócio muito artificial, igual o cara falar que criou um país porque inventou o nome de um país, mas não tem constituição, fronteira, não tem nada, e as pessoas vão falar ”Agora tem um país ali.” o Vinição lembrou do livro do (inint) ele fala um negócio muito legal, quando eu li isso não sai da minha cabeça porque ele fala assim ”Cara tudo é construção da nossa cabeça, os bichos se comunicam sobre coisas concretas normalmente, quando existe uma comunicação eles se comunicam sobre coisas concretas, avisar que tem um predador chegando até fofoca.” é engraçado demais, ele conta isso no livro que os caras que ficam no meio dos gorilas por exemplo percebem que tem até uma fofoca, mas sobre coisas concretas, a gente consegue criar abstrações, a gente consegue criar o seguinte ”Aqui existe um país.” não existe um país, existe tudo é terra ali e pronto, só existe um país porque todo mundo concorda que existe um país e aí começa o tanto de coisa a reforçar que existe um país ali também, como é que você enxerga isso aí Vinição você consegue dar uns exemplos no sentido da colaboração, como é que é um líder Agi reforça isso?
M2: Assim eu acho que a liderança ela sempre tem que ficar observando as estruturas em torno dela, tipo assim que em tese as lideranças acabam tendo um acionamento a maior das regras do jogo mesmo que sejam as regras do jogo de squad, de um time, então acho que é um papel fundamental de uma liderança, não só de dar exemplo, mas também de ficar o tempo todo avaliando a estrutura que está em torno dali se ela realmente fomenta aquilo, o que ela fomenta na verdade, esse autor é (inint) que é do livro Social Physics, ele fala um negócio que também é muito legal, tem a ver com que ele falou do (inint) aqui, embora ele não use temos muitos legais que eu acho que ele não leu tanto sobre a complexidade, mas no fundo ele está falando sobre a complexidade, ele fala assim ”No fundo a gente evoluiu para ser muito mais células processadoras de informação em grupo, como times, a gente evoluiu assim, a gente desenvolveu a comunicação para fazer assim, então a gente conseguiu cooperar em larga escala exatamente por conseguir fazer isso e ser bom nisso em times.” e aí o trupudio que você tem de processamento de informação tem muita ver com a colaboração com aquela célula consegue fazer e a criatividade tem a ver com o quanto aquela célula consegue se comunicar com outras células, entendeu? Então assim o papel da liderança é direcionar isso, ver qual é o trupudio de informação que você está vendo ali, e aí quando a gente fala (inint) é o removedor de impedimento, então assim o líder na verdade tem que ficar avaliando essa estrutura ali e verificando se está tendo um trupudio bom de informação e de criatividade criação com conexões externas e eu acho que é sempre bom dar um exemplo, quando você dá o exemplo você consegue fazer com que o comportamento seja copiado muito mais facilmente, então por isso vinculando até com o nome que o capitão, que o Mike falou ali, a gente não deu o nome de capitão não foi ao caso, o capitão ele joga também junto com time, então esse é um dos papéis aí da liderança também que é de dar exemplo, tem uns dos livro que você citou, eu nem lembro qual que é, que ele fala de sujar as mãos, o líder sempre tem que estar sujando as mãos e ele vai sujar a mão no espectro que ele está eu e você que estamos na diretoria a gente tem que sujar as mãos tendo uma conversa difícil com cliente, mediando um conflito, a gente não pode ficar tentando escapar de conversas difíceis igual eu gosto de falar, isso também é um papel muito forte da liderança que promove colaboração.
M1: Isso aí vem até nos livros de complexidade e você perde contato com a realidade, a realidade é o que existe, a gente faz modelo o tempo todo para representar a realidade, mas se você começa a se distanciar na realidade acreditar mais no seu modelo do que na realidade ou mais nas medidas que chegam para você naquele modelo que você criou você perde contato, então eu queria avançar para o último tema que eu acho que fecha aqui, que eu deixei por último por querer, nós mostramos até aqui o seguinte, no mundo individual você cria um ambiente onde as pessoas confiam e colaboram você coloca essas pessoas em estruturas auto organizadas que fazem elas desejarem colaborar e que não só fazem com que elas desejem colaborar por estarem em estruturas que as representam, mas essas estruturas colaboram umas com as outras e viram (inint) de colaboração e você tem líderes que ficam o tempo todo entendendo a vida deles mais do que controlar as pessoas ou ficar cobrando e etc, é o que eu falo mais do que ter x é ter y, você confia nas pessoas, mas fica tentando entender organizacionalmente por onde aquilo está indo, que tipo de comportamento está emergindo para saber que tipo de mudança ele faz e eu deixei por último uma coisa que é o seguinte, como o ser humano adora pensamento mágico, todo mundo adora pensar o seguinte ”Eu vou comprar uma ferramenta aí a gente vai colaborar.” eu diria aqui igual o manifesto do Agi, talvez a ferramenta não seja o mais importante, não que ela não tenha importância, ela está do lado direito do manifesto Agi e do lado esquerdo (inint) e aí nós temos uma ferramenta que é (inint) ela é importante para a gente hoje em dia, mas foi ela que causou a colaboração? Não, ela pode depois ter realimentado colaboração a partir do certo ponto? Sim, então queria que vocês explicassem Ziza eu sei que foi a vencedora de forma triunfal do prêmio fala um pouquinho sobre a (inint) o que ela traz, porque ela é mais para celebrar as coisas boas, me fala um pouquinho como é que a gente usa a (inint) e como é que ela ajudou nesse processo aí, como é que hoje ela virou mais um elemento de reforçar isso tudo.
F1: Eu acho que o maior conceito dela realmente é esse de reforçar a colaboração, eu acho que é deixar ela mais tangível, eu sinto que é muito isso, então no início a dois anos atrás quando eu tive essa premiação a gente doava as moedas escrevia algum comentário, hoje a gente já compartilha isso, já deixa visível para todo mundo, até uma forma de mostrar o quanto você foi grato por aquilo ali e eu acho que o uso dela, a gente tem aí, vamos dizer uma meta de doar todo mês e a gente reforça isso sempre, mensalmente por que é legal e acaba que apesar do reforço, pelo menos as minhas moedas acabam antes desse reforço chegar, porque eu sinto que a gente está sempre colaborando, então assim vai chegando final do mês eu vejo lá doe suas moedas as minhas já foram muito tempo, porque já doei todas e é uma forma de ser grato co, pessoas que não estão no seu dia a dia, porque no meu squad ali a gente tem formas de demonstrar o quanto aquela colaboração foi importante, quanto aquela ajuda foi importante igual o Mike comentou, mas no nível DTI você não tem esse contato tão próximo no dia a dia, então sinto que a (inint) é muito isso, é você conseguir também transparecer isso para as pessoas que estão no seu dia a dia, então é alguém de uma outra aliança, de um outro contexto que me deu uma ajuda um dia e eu tenho uma forma de agradecer ela e deixar isso de alguma forma vamos dizer assim registrado, então o uso da (inint) hoje, eu vejo muito nesse sentido de realmente transparecer e tornar um pouco tangível a nossa gratidão, a nossa colaboração, a forma como você agradece a pessoa que colaborou e também uma forma de você conseguir medir isso também, acaba que torna até uma brincadeira ”Você ganhou o prêmio das moedas.” o Chagas ganha todo ano, é a pessoa que mais colabora nessa DTI e aí acaba criando uma disputa saudável, para mim foi surpresa, ao longo do ano eu achei que não seria eu e acabou sendo e você tem uma noção da dimensão de como aquele ano foi legal para você, de como você realmente teve um papel legal e eu como eu falei é uma via de mão dupla, o tanto que você se dá você também recebe isso no final, seja de uma forma abstrata como um prêmio assim e até uma conquista pessoal mesmo, então eu sinto que a (inint) hoje funciona muito assim com essa recompensa em moedas virtuais que depois você pode trocar por premiações, enfim a gente tem tentado usar, dentro da triforce a gente está tendo agora quem doar umas moedas vai ganhar um prêmio, alguma forma de fomentar cada vez mais isso, de uma forma saudável que não cria competições, não cria um sentimento de inveja e muito mais de aumentar essa rede colaboradora e também uma forma de se gerenciar isso, hoje você tem lá sua (inint) a parte de mentoria, então você consegue concentrar tudo que tem a ver com pessoas, com colaboração em um lugar só, então acho que o legal da plataforma é bem isso.
M1: É uma forma tanto de celebrar que é gostoso celebrar essa coisa, é curioso as pessoas não entendem é bom tanto para quem recebe quanto para quem doa sim, porque tem filósofos que falam isso a 2 mil anos, cara você demonstrar gratidão é algo que faz muito bem para você, você se sente bem ao demonstrar gratidão, você se conecta mais com as pessoas assim, quando você vai lá e tem um reconhecimento autêntico e genuíno, é gostoso receber de forma as vezes surpreendente, você está ali faz um negócio de repente chega uma mensagem ali ”Poxa você me ajudou tanto aqui me tocou, fez isso.” isso é muito gostoso, outra coisa que eu acho legal lá na (inint) é que existe um curso ali também dos hashtag, dos temas que estão circulando os conhecimentos que estão transitando ali, então isso aí permite até fazer alguns tipo de análise, mas tem que entender como é que está fluindo as informações da empresa, eu acho super bacana, pessoal é isso assim eu gostei muito desse episódio, infelizmente estamos chegando ao final assim, espero que a gente tenha tentado ilustrar para quem ouve a gente como eu falei no começo, a gente gosta sempre de tangibilizar, ou seja não é que todo mundo vai ter que ter uma estrutura em redes, não vai todo mundo vai ter a estrutura igual a gente, mas eu acho interessante entender esses elementos que a gente acredita que são fundamentais no livro é individual as pessoas se conhecendo, confiando e criando essas relações, no livro organizacional estruturas que fomentem essa auto-organização e a vontade das pessoas colaborarem em grupos um pouco maiores, e fomenta a colaboração inclusive entre grupos que nem conhecem, a liderança que fica ali jardinando esse tempo todo, entendendo o que está acontecendo e garantindo que isso é frutífero e as ferramentas que podem no momento certo reforçar ainda mais aquilo, esse ciclo virtuoso aí e não ser o causador disso, isso aí pessoal, muito obrigado abraço a todos.
M2: Chuster, só antes de fechar a gente falou tanto da (inint) que me deu uma coceira, vou fazer um jabar a (inint) está ficando tão legal que tem tanta gente já interessada, então a gente já tem algumas empresas clientes da (inint) então se tiver interesse entra em contato com a gente nas nossas redes, valeu pessoal.
M3: Valeu gente, obrigado.
F1: Valeu galera.