M1: Bom dia, boa tarde, boa noite vamos começar mais um episódio dos agilistas, hoje nós vamos falar de um tema que não é tão novo, mas tem se tornado cada vez mais relevante que é inteligência emocional, vocês vão ver daqui a pouquinho que nós temos assim números impressionantes, nós vamos conversar com Aline da (inint) e ela vai se apresentar daqui a pouquinho, mas para que os nossos ouvintes tenham ideia nesse período da pandemia o curso de inteligência emocional ministrado pela (inint) teve mais de um milhão de alunos, como todo mundo fala que a pandemia acelerou tudo, isso pode significar que talvez finalmente as pessoas tenham percebido a importância de investir nessa área de inteligência emocional, de começar a entender o que é isso, então é sobre isso que nós vamos falar hoje, aqui da parte da DTI estamos aqui mais uma vez com o Vinição, oi Vinição, beleza?
M2: Tudo bem pessoal? Vamos lá.
M1: Vinícius, mais uma vez, eu não estou cansado de você não, é só porque é mais uma vez mesmo.
M2: Eu acho que é porque você não está aguentando mais não.
M1: E como eu disse estamos aqui com Aline, Aline por favor se apresente para os nossos ouvintes.
F1: Fala pessoal é um prazer estar aqui, queria agradecer pelo convite vai ser também muito incrível esse bate-papo sobre um tema tão importante nesse contexto que a gente está vivendo, a inteligência emocional, deixa eu falar um pouquinho sobre mim, eu sou Aline Gomes é muito mais do que falar o que a gente faz é falar o que a gente é, eu falo que eu sou inquieta, tagarela, que adoro me conectar com as pessoas, sou psicóloga de formação fiz pós-graduação em administração, trabalhei como executiva de recursos humanos por mais de 15 anos em grandes empresas de bens de consumo, varejo, dentre elas Ambev (inint) entre outras empresas, hoje eu sou (inint) de produto da (inint) também toco a área de (inint) tenho mais de 100 colaboradores para falar de um tema super relevante para gente que é a inteligência emocional, a (inint) é uma escola de negócios da nova economia, ela tem quase cinco anos de vida e a gente já acelerou aí mais de 1 milhão de alunos em diversas habilidades, sejam habilidades de (inint) gestão e negócios de liderança, entre outros cursos, além de todos os programas que nós temos personalizados para mais de 300 empresas pelo Brasil e falar aí de um curso muito interessante para gente que olhando para essa pandemia a gente entendeu que cuidar das emoções, ainda estamos vivendo isso, é fundamental e como que a (inint) poderia apoiar esse ecossistema sociedade liberando esse curso de forma gratuita, então isso impactou aí mais de 1 milhão de alunos a primeira vez que nós liberamos, estamos na terceira vez da liberação aí com mais de 300 mil inscritos, 72 países, mais de 1.800 cidades, levando aí um conteúdo exclusivamente para esse momento que a gente está vivendo e a gente está aqui para contar um pouquinho não só sobre o curso, mas também falar desse tema.
M1: Então, mas até antes de entrar no tema fala um pouquinho sobre a (inint) qual a diferença da (inint) você disse que era escola de negócios, qual que é a missão o propósito, fala um pouquinho mais para dar um bom contexto para quem está ouvindo.
F1: A (inint) nasceu aí dessa insatisfação da forma como a gente faz educação, se você se perguntar o último curso que você fez efetivamente você buscou muito mais, você recebeu muito mais conhecimento ou aprendizado? Então a (inint) nasceu com esse propósito de educação com trazer três pilares bem importantes que é conteúdo, metodologia e professores, então a (inint) ela se posiciona como escola de negócios da nova economia trazendo conteúdos extremamente relevantes, atuais e inovadores como a liderança, metodologias ágeis, inovação de que maneira você pode estartar o seu negócio e crescer com ele, marketing digital como as nossas (inint) que é oratória, então ninguém nos ensinou, se a gente for ver hoje no mercado de trabalho mais de 87% dos desligamentos das empresas são devido a questões comportamentais e não técnicas e ninguém nunca ensinou a gente na escola a como lidar com as emoções, como você apresenta suas ideias negocia um projeto (inint) ou você se vende em uma entrevista, vende o seu negócio, isso a gente aprendeu muito na prática, como ser mais produtivo, então (inint) ela veio trazendo conteúdos muito inovadores com uma metodologia extremamente mão na massa e faz com que as pessoas já saiam fazendo, então lá a gente fala que ninguém precisa tomar café para assistir as nossas aulas, com professores que são expert de mercados que são personas assim como nós que estamos no nosso dia a dia vivendo aquilo que insira, então muitos dos nossos professores são mais de 300 professores no começo da (inint) nem sequer tinham dado aula na vida porque eles conhecem muito na prática, mas são professores que tem muito para agregar em troca, em case, por isso que ela já acelerou aí mais de 1 milhão de alunos justamente por esse tripé de conteúdo, metodologia e professores, com cursos desde liderança, marketing digital, entre outros cursos como inteligência emocional, oratória, cursos voltados tanto para negócios, para você inovar, quanto também habilidades como essas (inint) que eu comentei de inteligência emocional, oratória entre outros.
M1: Bem bacana, ou seja ênfase que você normalmente não aprende no ponto de vista técnico, é uma ênfase bem prática, pragmática mesmo, para você poder realmente obter conhecimento de quem pratica para poder colocar em ação onde você está, agora me diz então assim inteligência emocional, eu lembro de já ter lido livro de inteligência emocional há muitos anos atrás, o meu ”Há muitos anos atrás.” hoje é 10, 20 anos atrás, eu lembro de coisas antigas, você podia falar um pouquinho sobre esse conceito como que surgiu, um pouquinho da história desse conceito de inteligência emocional e por que é que em 2021 ele continua tão relevante, ou está até mais relevante como você está falando.
F1: Um dos grandes mestres que falam sobre inteligência emocional é o Daniel (inint) que tem uma série de livros extremamente interessantes em relação ao tema, durante muito tempo na história das civilizações se falou muito do QI, do quanto a gente é inteligente para fazer as coisas, do quanto você sabe, só que conforme esse mundo que nós estamos vivendo muito mais exponencial acelerado, que muda constantemente, nunca se falou tanto de habilidades emocionais, soco emocionais que é como você lida com você mesmo, como você lida com os outros, se você pegar mercado de trabalho você falar sobre empatia, falar sobre como você está se sentindo, de autoconhecimento, há 20 anos atrás era muito uma questão de competência, poderia até colocar em xeque as suas habilidades, então muito mais o QI, as habilidades técnicas eram muito mais relevantes, durante toda essa questão que nós chamamos de Nova economia, exponecialidade começou-se a falar nos últimos 10 anos sobre como você gerencia as suas emoções, assim como todo esse boom de questão de autoconhecimento, então a inteligência emocional nós vamos trabalhar o coeficiente emocional, o QE, então as habilidades soco emocionais, inteligência emocional é a forma que nós falamos de quatro pilares da inteligência emocional, dois que estão vinculados à parte interna que tem a ver como eu lido com o meu autoconhecimento ou seja valorizo minha história, eu sei os meus potenciais, aquilo que eu faço bem, então aquilo que todos nós temos alguma coisa que faz bem seja se comunicar, seja gerenciar projetos, tem pessoas que adoram cozinhar, pessoas que sabem vender suas ideias, então toda essa parte de como você se alto conhece ela é fundamental, o segundo pilar também interno da inteligência emocional tem a ver como eu gerencio as minhas emoções, então inteligência emocional não é só para aquela pessoa que é super estourada, que precisa ter um pouco mais de equilíbrio, mas também para aquela pessoa que precisa se posicionar em alguns momentos até deixa de colocar suas ideias, entra em um momento de passividade, então você trazer esse equilíbrio deixando a sua autenticidade aflorar que é o seu ponto forte, então nós estamos falando de questões internas e questões externas que tem haver nunca se falou tanto e também essa base da inovação que é a colaboração e a empatia, então muito mais que se colocar no lugar do outro é com que olhar que você se coloca no lugar do outro e a gente está falando sobre julgamento, sobre observação, então nós estamos falando agora sobre inteligência emocional sobre aspectos externos como eu lido não só comigo, mas com os outros e por fim nós estamos falando da gestão de relacionamentos, hoje nós temos ideias diferentes e nós podemos contribuir nos relacionamentos através de conflitos construtivos, então se eu pudesse resumir em quatro coisas inteligência emocional é: quanto você se auto conhece, como você gerencia suas emoções, a forma que você empate consigo e com outro e também a forma como que você se comunica e lida com seus relacionamentos, então é tudo isso que a gente trabalha na inteligência emocional.
M1: Só um comentário, achei curioso o seguinte, a gente fala aqui muito no podcast que as empresas elas sempre se apoiavam em uma metáfora mais mecanicista e parece que em uma metáfora mais mecanicista é muito mais natural pensar só em competência técnica e praticamente não abrir espaço nenhum para emoção, porque assim se a empresa é uma máquina já está bem estabelecido o papel de cada um e a caixinha onde ele atua e o que ele tem que fazer, é quase desprezível esse tipo de competência que está muito nesse modelo, eu achei curioso porque quando você fala desse modelo de entender mais que são pessoas se relacionando e que a pessoa tem que se conhecer e conhecer os outros, ou seja é partir de um modelo muito mais humanista mesmo, entende eu quando você fala disso, o próprio gestor tem que ter uma visão diferente, porque senão ele não abre espaço para isso e aí talvez a pandemia tenha acelerado mais uma vez isso, o pessoal tenha visto que vai precisar ter essa visão, você concorda?
F1: Com certeza porque hoje a gente fala muito de que existem pesquisas que falam que quase 60% da sua performance profissional é atribuída a inteligência emocional e quando a gente fala que o engajamento do líder mais de 70% da performance daquele time é atribuída a qualidade desse líder, então a pandemia ela trouxe uma coisa que com a inteligência emocional, com todo esse contexto que a gente está vivendo mais que já existia nos ambientes corporativos ou startups que é a questão do controle, uma das coisas que os gestores mais tiveram que aprender para ter essa visão humanista é poder lidar e é humanamente impossível você ter controle de tudo, nós estamos em um mundo em que nós falamos da infoxicação, passa muita coisa, são muitos projetos e o líder olhando para um contexto seja em negócios essenciais ou home Office, ele não tem controle de tudo, ele já não tinha, ele tinha uma falsa sensação de controle, então o líder vai ter que aprender a gerenciar a si mesmo para como ele lida com essa questão do controle e principalmente uma das coisas mais importantes nessa questão humanista que você falou é a geração de confiança, então hoje já existem uma série de estudos seja para o Galo entre outras empresas que falam que quando você gera a confiança nos seus colaboradores, trabalha de forma mais colaborativa você inova mais, você tem pessoas muito mais centradas no cliente e os resultados eles são muito maiores, a produtividade, lucratividade, rentabilidade, então toda essa visão que foi mudando de você ter extremamente racionalidade, foco somente resultados ela veio por terra em momento como a gente está vivendo na pandemia porque você não tem controle das coisas e isso só gera mais ansiedade e para o gestor ele acaba piorando seu exercício da liderança quando você não confia na sua equipe.
M2: Aline uma curiosidade me surgiu aqui, apesar que você tem uma busca tão grande por isso que aumentou na pandemia, como você disse um dos pontos de foco seria o autoconhecimento o pessoal busca muito preocupado com ele mesmo em relação a ”Se eu me conhecer melhor, eu vou ficar mais calmo, eu vou atuar melhor.” ou a busca é mais direta, focado já no trabalho, pensando em um time tipo assim ”Eu preciso melhorar, mas já pensando que eu preciso da melhora para melhorar um time.” a busca é mais individual ou mais em prol de um time?
F1: Existem as duas coisas, então eu existo um gestor que vai buscar uma formação e uma especialização de liderança, ou empresa que contrata a (inint) com o projeto de liderança, pensando que a gente precisa gerar mais resultados, engajar muitos mais os colaboradores, mas não sabe como fazer isso e uma das bases o (inint) fala muito disso do base do (inint) de liderança antes de gerenciar times e negócios eu preciso aprender a fazer com que o líder se auto conheça, então muito a parte de as organizações do próprio líder buscar um programa que vai trabalhar também o estilo de liderança dele, para ele saber o meu estilo é completamente diferente do seu e como eu engajo você se você é tão diferente de mim e também nesses programas de liderança a gente fala muito sobre gestão de resultados, sobre engajamento, com ferramentas não só para o líder se auto conhecer, mas fomentar a troca de ideias e essas diferenças de perfil, porque eu acho que o papel do líder é muito mais de direcionar esses talentos em prol de um objetivo, de um propósito, então existe tanto o líder que vai buscar essa capacitação e também olhando para todos os nossos alunos da inteligência emocional, nós tivemos com essa liberação do curso gratuito dois tipos de perfis tanto de pessoas com questões profissionais que precisam ter muito mais gestão das suas emoções para conseguir reverter o negócio que estava quebrando, com essa questão do pandemia, ou ele não está conseguindo liderar justamente porque ele não consegue ter empatia, ele não consegue gerenciar a sua própria emoção, ele precisa cuidar, nunca se falou tanto de saúde emocional, segurança psicológica hoje como papel do líder, então o líder ir buscar e também tivemos alunos e temos alunos nesse momento de inteligência emocional buscando por uma questão pessoal, para lidar com tudo que estava vivendo na pandemia, em relação a luto, em relação a própria questão de ansiedade, se a gente for falar a organização Mundial da Saúde fala que existem várias pesquisas falando que o Brasil é um dos países que mais tem pessoas ansiosas e a depressão crescendo cada vez mais, quase 10% da população acaba desenvolvendo a ansiedade, então olhando com tudo que a gente está vivendo as pessoas estão buscando por esses dois contextos, tanto pela questão pessoal de como eu lido com tudo isso e também por uma questão profissional, olhando para a questão profissional a gente vê muito esse líder que fala ”Eu preciso começar comigo porque eu não estou conseguindo gerar resultados com meu time.” e também empresas que não conseguem inovar, não conseguem gerar mais resultados porque o líder ele não se conhece e acaba indo para uma questão de muito mais agressividade achando que ele está sendo assertivo.
M1: Eu queria só pegar esse gancho aí, a pessoa não se conhece, muita gente pensa assim ”Como assim não me conheço? É claro que eu me conheço.” você pode aprofundar um pouquinho nisso? O que significa esse é o famoso conhece a ti mesmo lá do Sócrates, você tem que se conhecer, o que é esse conhecer a si mesmo e como isso acontece de forma prática, eu lembro que tinha algum autor não lembro quem que falava assim ”Se você quer se conhecer bem pergunte aos outros, porque os outros te conhecem melhor do que você, você supõe como você é, os outros tem contato com você.” mas assim como é que se desdobra essa dimensão aí de se conhecer.
F1: Existem uma série de exercícios práticos que você pode fazer, primeiro é você listar todas as coisas que você faz bem, seja na parte pessoal, profissional, então eu me comunico bem, me relaciono bem com as pessoas, tenho facilidade de fazer amizades, ou cozinho, bem pessoas que estão buscando de repente abrir um negócio não sabem como, então você listar todas aquelas habilidades comportamentais que você tem facilidade de fazer, outras coisas é um exercício que é muito simples, mas que é interessante também é você pedir feedback para outras pessoas, então pergunta para você o que eu faço bem, seja para familiares, colegas de trabalho, gestores ou pessoas de projetos e quanto mais se repete aquele comportamento, se várias pessoas estão falando ”Olha a forma como você lida com as pessoas é ótima.” então se aquilo se repete quer dizer que aquilo tem a ver com seu estilo, se você também fizer uma linha do tempo e você for ver os grandes projetos, suas grandes conquistas, naturalmente vai aparecer aquelas atividades onde você para se superar teve que colocar ali em prática então isso tem muito a ver, quando a gente fala do exercício da liderança nas empresas com seu estilo de liderança, tem pessoas que vão ser mais pragmáticas, tem pessoas que vão ser muito mais estratégicas, tem pessoas que vão ser muito mais de relacionamento, então a partir do momento que você conhece o seu estilo de liderança, você pode fazer adaptações em relação a adaptar o seu estilo, seu processo de comunicação ao outro, um dos grandes erros que os líderes cometem é ”Eu tenho 10 colaboradores, vou tratar os 10 igual, do jeito que eu quero.” então eu encaixoto ali o meu jeito de ser e isso eu não vai gerar troca, se eu estiver no meu time, por isso que todo time precisa se auto conhecer, já pensou se eu estivesse no meu time de quase 100 pessoas, 100 Alines que coisa mais chata, não tem com quem trocar, ninguém te questiona, ninguém te traz uma ideia diferente, então uma das coisas que a gente mais precisa trabalhar, isso tem a ver com inteligência emocional é a vulnerabilidade do líder, das pessoas porque se a 10, 15 anos atrás falar dos seus erros como aprendizado era tido como um problema de competência, você não era bom suficiente, a partir do momento que você tem uma visão mais humanista, uma liderança mais humanizada, você trabalha muito mais o erro como aprendizado e as ideias vão florescer muito mais e você tem um time muito mais colaborativo, então no ambiente de projetos, no momento que nós estamos vivendo de pandemia, onde você precisa se reinventar, você poder testar rápido, você poder errar, e se mostra para o seu time que você não pode errar, você tem que ser perfeito, você nem se auto conhece, você não tem controle de tudo, então se você não desenvolve o autoconhecimento a sua inteligência emocional ela vai desequilibrar e isso pode em questões muito mais potencializadas ir para uma questão de saúde mental um pouco mais gravadas, então esse é o cuidado de você também levar tudo na base do controle ”Não dá para errar, tudo tem que ser certo, o projeto tem que sair tudo certo.” porque isso pode tanto sangrar uma operação ou quebrar o negócio.
M2: Aline queria trazer uma questão aqui, um ponto que é um pouquinho mais polêmico, (inint) a conversa, tem um livro eu acho você já leu que se chama (inint) que traz algumas reflexões sobre a cultura americana, mas eu acho que vale muito para cá, segundo o autor do livro a gente está seguindo para uma sociedade que cada vez trabalha de forma mais… segundo ele assim, o jeito que a gente evoluiu para trabalhar com emoções foi meio que exercitando as emoções entre a gente, entre seres humanos, mas se a gente vai para uma linha que a gente acaba protegendo demais as pessoas, eu por exemplo tenho duas filhas, então você acaba tendo aquele impulso de querer controlar demais o ambiente, um ambiente extremamente controlado, você acaba isolando as pessoas de como lidar com as emoções e se você pega outro fator que o próprio autor coloca também que é a questão do mundo digital, eu vejo isso na DTI e às vezes algumas pessoas não querem nem abrir a câmera durante a pandemia, tudo bem é claro que você pode ter um momento que você não quer abrir a câmera, mas no fundo algumas pessoas sentem um pouco tipo assim ”Vai gerar um estresse de ter que relacionar com outra pessoa.” inclusive esse autor coloca lá que em relação a realidade americana as pessoas têm feito atividades que demonstram (inint) de autonomia cada vez mais tarde por exemplo dirigir, por exemplo fazer sexo, porque cada vez é mais tenso se relacionar com outras pessoas e eu entendo pelo que você colocou que a inteligência emocional na verdade é você ter esse autoconhecimento da sua relação que você tem com as suas emoções, o que você acha disso? Porque parece que a gente está indo em um caminho oposto enquanto sociedade.
F1: Tem uma série de pontos, eu acho que a melhor forma é você desenvolver o que nós chamamos de antifragilidade porque diante de contextos que nós estamos vivendo de muita pressão, dessa questão digital que deixa as pessoas que tem vários estudos que falam dessa individualização das pessoas estarem se fechando ali com as ferramentas, tendo dificuldades na verdade, eu não sei se as pessoas estão se fechando, eu acho que estão buscando outros formatos de se conectar, existem até livros que falam das 5 linguagens do amor que tem pessoas que são muito mais prestativas, pessoas que fazem atos de serviço, tem pessoas que são mais de toque, então existem estudos bem antigos falando de inteligências múltiplas, então acho que as pessoas vão se conectando e se adaptando, mas eu acho que um modelo interessante é a gente sair de um modelo muito mais reativo aquele modelo que é muito mais confortável e a gente cresce pela zona de medo e a gente cresce, mas é muito aquela questão da dor, a gente fala conforme todo esse contexto que a gente está vivendo é para gente desenvolver muito mais um modelo anti frágil, tem até um livro que fala que você tem que criar um ambiente de curiosidade, como você transforma de repente esse medo da conexão em uma questão de aprender a aprender, então você passa da zona de curiosidade, você vai tateando o aprendizado, você vai aprendendo conforme o momento no teu tempo e também no tempo do outro, mas você acaba se superando, então muito mais do que ser resiliente que é você esticar a corda soltar e ela voltar, é como você também cresce e se supera em um momento extremamente difícil, então olhando para empatia a gente fala tanto que eu posso ser empático como pedir empatia que é o que a gente fala da fórmula da assertividade, a gente tem muita dificuldade de falar e entender as necessidades das pessoas, porque a gente olha só o comportamento que é manifestado, eu estou com minha câmera fechada isso é o que eu manifesto, mas muito na psicologia a gente fala muito também do que está latente, que é o que está por trás e na inteligência emocional a gente fala muito de você entender as necessidades por trás do comportamento, para a gente poder controlar você precisa conhecer, então por isso que a gente fala de autoconhecimento, como que eu vou controlar se eu não sei nomear o que eu estou sentindo, eu estou sentindo nervoso, ansiedade, medo, desespero, estou me sentindo injustiçado, mas ao mesmo tempo se eu me relaciono com você e você fecha a câmera por exemplo será que é um pedido de ajuda? Será que você está com problema na câmera mesmo, então tem uma série de outros fatores que às vezes a gente fala que uma parte dos problemas de comunicação e relacionamento tem a ver com as interpretações que nós fazemos, às vezes não é o que é de fato que a gente fala que é o juízo real, mas sim juízo de valor a partir do momento que eu vejo você com a câmera fechada eu já parto que eu sou diferente de você, então aí tem muita essa questão da interpretação do julgamento.
M1: Isso que você está dizendo já é aquela segunda dimensão da inteligência emocional, isso que você descreve, esse entendimento do outro, aliás porque agora fiquei confuso, existe o autoconhecimento e depois como você controla as próprias emoções e depois conhecer o outro e como você controla o relacionamento com outro, você estava falando agora seria de como controlar o relacionamento com outro, você parar de pular para conclusão e não conseguir enfatizar com o outro lado coisa do tipo.
F1: Tem a ver sim, a inteligência emocional tem uma esfera tua e do outro, não é porque eu acho que a forma que eu vivo e o contexto que eu vivo é o certo que é o certo mesmo, às vezes são coisas que eu crio por isso que a gente fala que o autoconhecimento é tão importante para você não se sabotar de você às vezes quer pôr uma ideia no mundo e não coloca, nesse que eu estou falando agora tem a ver de como eu me relacionava com o outro porque às vezes eu também saboto a minha relação com o outro, porque se eu já vejo por exemplo, se eu converso contigo e você hoje não está em um bom dia e você é mais fechado comigo, é mais rude comigo e às vezes é só uma questão do momento, às vezes a sua necessidade de ficar calado e não tem nada a ver comigo, então muitas vezes quando a gente fala aí de relacionamento não só comigo, mas com outro, a gente está falando de como eu interpreto situações, então de mim para você, então eu já levo para o pessoal.
M1: É o ser humano é muito egocêntrico, como você diz, você acha que o outro fez uma coisa por causa de você, ele está fazendo simplesmente por causa dele muitas vezes.
F1: Com certeza por isso que a gente precisa equilibrar todos esses pontos e aí até nesses cursos que a gente liberou a gente vai trabalhando todos esses módulos com ferramentas justamente para pessoa saber mapear aonde que ela precisa melhorar, uma questão muito mais interna, outra questão externa de que maneira ela pode também ter sucesso desenvolvendo boas metas, então a gente vai desenvolvendo uma série de práticas, por isso que o curso atingiu mais de 1 milhão de alunos, vários países, justamente aquele tripé que eu comentei de um conteúdo extremamente atualizado, com metodologia muito mão na massa e com professores que são psicólogos, executivos que estão vivendo na prática essa questão da inteligência emocional.
M1: E a segunda dimensão que é pessoal essa de controlar as próprias emoções, o nome que você deu o controle das emoções, é isso?
F1: Gestão das emoções.
M1: O que significa isso na prática, ou seja, de um lado eu já me conheço, mas eu posso me conhecer e não conseguir me controlar bem em certas situações e isso me prejudica, o que você pode falar sobre esse controle de emoções, qual que é o caminho assim para você controlar as suas emoções, o Viníção precisa disso um pouco, não é?
M2: Eu estava até refletindo quando você estava falando, me lembra muito, eu não sei se tem alguma relação do que você falou aí é da (inint)?
F1: Sim.
M1: Se existe alguma relação com o estoicismo que os princípios parecem muito assim se eu entendi bem, apesar de estar falando de emoções é como se você tentasse ter uma visão mais externa, mais reflexiva sobre a sua situação emocional e tivesse um comportamento mais racional em relação a isso, eu fiquei pensando aqui não sei se tem relação, ser inteligente emocionalmente é exatamente isso, não é que você vai deixar de sentir ou vai ser uma pedra de gelo, mas é que você vai levar uma certa racionalidade, você vai começar a parar para pensar antes de você tomar decisões impulsivas, então a gestão de emoções tem haver por exemplo, eu moro aqui em São Paulo, vou pegar uma situação aqui de trânsito que a gente está todo mundo aí em home office, mas situação muito comum em São Paulo que é o trânsito, então você me dá uma fechada no trânsito ou você é rude comigo, então essa situação que acontece a pessoa foi rude com você, ela fechou o teu carro, o cérebro da gente ele é feito para nos proteger e ele faz o que a gente chama de sequestro emocional, então ele avalia aquela situação e nós temos duas partes cerebrais uma que é uma parte mais primitiva que nós chamamos de amígdalas que é aquela que vai te proteger, quando ela olha o fechamento de trânsito, a pessoa que foi rude com você no trânsito ela tem duas atitudes, ou ela luta, ou ela foge, então por exemplo eu posso ter uma atitude na prática de sair do meu carro e começar a gritar com você e xingar você e partir para uma briga com você, ou eu posso ter uma sensação de fuga, eu posso ficar calado, eu devia falar alguma coisa, mas eu não faço, eu começo a chorar, então essa questão da amígdala que é a primeira parte do cérebro que recebe o contexto de tudo que está acontecendo aqui agora nesse momento, ele pode ter essas duas situações de luta ou fuga, um outro exemplo por exemplo é eu estar aqui gravando com vocês e vamos supor que eu esqueço o que eu tinha que falar, então as vezes o meu cérebro faz o sequestro emocional, em vez de eu falar aquilo que eu me preparei, o meu cérebro sequestra as minhas emoções, então fazer gestão das emoções é aprender a fazer ferramentas, ter técnica, eu respirar fundo antes de falar com você, se eu não sei, vamos supor que você me faz uma pergunta e eu não sei responder, vou fazer uma nova pergunta para clarificar aquilo antes de eu responder, então dar tempo para o cérebro daquela parte mais reativa de antes de me dar um esquecimento eu me tranquilizar e a mesma coisa do trânsito, então às vezes a pessoa está em um mau dia dela porque eu vou brigar também, então são ferramentas a partir do momento e aí tem vários exercícios tem pessoas que gostam de meditar, tem pessoas que vão para processos terapêuticos, tem pessoas que gostam de correr, então como que você exercita essa questão do que nós falamos de você parar, saber mapear o contexto para você poder agir, então você pode muito mais em vez de você reagir é como você age de forma mais inteligente e entra um pouco da racionalidade, porque a gente tem uma parte cerebral que é o neocortex que ele vai interpretar essas coisas, mas ele demora um pouco porque a tua amigdala é tão mais rápida que quando viu você já brigou, já se estressou, você já começou a chorar e aí depois sabe aquela coisa quando você fala assim ”Não deveria ter falado aquilo.”
M1: A ressaca moral.
F1: É, então se conhecer como eu dei um exemplo preciso nomear o que eu estou sentindo, antes eu estou muito nervosa, como eu estou hoje, então saber como se fosse um diário das emoções mesmo de você saber mapear é uma ferramenta para você fazer a gestão das suas emoções, por isso que o autoconhecimento te ajuda porque você sabe os seus propósitos, você sabe o que você faz bem, você sabe o que é esperado de você, então isso ajuda você a contribuir mais, então por exemplo antes de eu tomar uma fechada brigar com você, porque eu não respiro, tomo um gole d’água,, conto até 10, tem uma série de ferramentas que ajudam você a fazer esse gerenciamento de emoções e também o contrário, não é só explodir às vezes se colocar, então se eu estou em uma entrevista ou uma reunião e eu preciso colocar minhas ideias e eu me calo, então também é uma forma de como eu posso vencer isso e colocar as minhas ideias também.
M2: É bem interessante que você colocou aí, no sentido assim eu fiz essa comparação aqui com o estoicismo e você explicando aí para mim ficar bastante claro que você falou no início que você psicóloga, não sei se você já chegou a estudar a parte de terapia cognitiva comportamental, mas me parece não sou nenhum especialista, só entusiasta, mas me parece muito a linha da a parte cognitiva comportamental, porque me pareceu realmente muito parecida, você chegou até a alguns exercícios comportamentais para exercitar um pouco dessa parte da inteligência emocional mais vinculado ao comportamento?
F1: Nós temos uma série de ferramentas para você mapear o que nós chamamos de circundação, mapear suas crenças, a forma como você pensa, a forma como você age, então sim a gente tem uma série de ferramentas práticas que nós chamamos de ferramentas de bolso e uma das coisas que a gente mais trabalha também é essa questão que nós chamamos que é ativação reticular, que é o que você foca agora, no momento que a gente está vivendo de tanta informação, fake News, o que passa na tua retina que você está colocando foco, então que você foca cresce, então se eu fico o dia inteiro vendo monte de notícias que me põe para baixo, leio sobre todos os negócios que quebraram, todas as coisas… o que eu estou traindo mais? O que eu estou colocando de foco? Então não que seja alienação, a gente está falando do que você está ativando na sua retina, se todas as vezes eu acho que as pessoas estão sempre me atacando, conversando comigo ou o contexto não está me ajudando, então assim o que você está focando na sua retina, é como se fosse assim a analogia que eu faço é um quadro que tem duas pessoas olhando o quadro e cada um está olhando sobre uma perspectiva um que está vendo a parte horrível desse quadro que é um quadro antigo velho e outra pessoa que está fazendo ”Olha essa obra de arte, olha que legal.” então inteligência emocional tem muito com que você coloca de foco também, então valorizar os seus potenciais você se autoconhecer todos os dias e o mais interessante da inteligência emocional é você saber que está tudo bem não estar bem e está tudo bem você ser vulnerável isso é libertador, então isso faz com que você pare de querer ter controle e viva o que nós falamos que e o agora a inteligência emocional ela fica às vezes em desequilíbrio porque ou você está pensando muito no futuro e gera tremenda ansiedade de não saber, ou você olha para o seu passado e fala ”Eu só fiz merda, deveria ter feito diferente.” então é como eu redesenho isso.
M1: Beleza então, a pessoa tem inteligência emocional do ponto de vista individual (inint) consegue se comportar, se conhecer etc, mas isso não é suficiente ainda porque ela tem que conviver com outras pessoas, eu vivo brincando porque tinha uma piadinha falando com aqueles caras mais técnicos, como você falou em isolamento social o cara falou assim ”Mas eu sempre fiz isso, qual a diferença agora de fazer o isolamento social?” mas assim brincadeiras à parte é curioso por que a gente fez um episódio aí recentemente eu e o Vinição estamos bem viciado aí em uns livros que se chama sociophysics que mostra a necessidade de haver um fluxo de ideias, de haver colaboração etc, para poder realmente ter equipes produtivas, então eu gosto de falar isso porque existe o lado humano de que eu acho que a pessoa tem que ser feliz e conseguir conviver com outro, mas existe o lado pragmático de fato de uma empresa imersa em um ambiente de inovação só vai conseguir inovar se tiver times que consigam trocar ideias, consigam conversar, consigam colaborar e consigam se complementar e eu entendo que essas outras duas dimensões tem a ver com isso, então só falar mais um pouquinho delas, a primeira é entender o outro ou seja igual a gente não entende a gente, a gente também não conhece o outro que é empatia.
F1: Sim a empatia todo mundo fala que é se colocar no lugar do outro, mas é com que olhar, se eu me coloco no lugar do outro com o meu olhar você não está olhando sob a expectativa do outro isso não significa em um time de colaboração que você está em um projeto ”Então vou ser empático eu tenho que sempre dar razão para o outro, então eu sou a vítima, eu posso errar.” isso não tem nada a ver, a gente está falando que empatia é você ter um mínimo de escuta ativa, você escuta o que o outro fala, você sabe fazer o ganha-ganha minha ideia está aqui, a sua está aqui, nós vamos, nós vamos, (inint) terceiro caminho, então equipes diversas que bom que existe a diversidade para a gente poder ter equipes que colaboram mais, que contribuem com novas ideias, então a empatia tem a ver com o que nós falamos sobre juízo real e juízo de valor, então quando você está discutindo uma ideia a gente tem mania de rotular as pessoas, então aquela pessoa é teimosa, aquela pessoa é rude e às vezes é aquilo que nós falamos empatia é você mapear a necessidade por trás o comportamento do outro, às vezes o outro é mais rude porque ele quer ser ouvido, porque você corta ele, ele tem necessidade de ser aceito, porque ele é novo na empresa, então ele fala mais alto e aí as pessoas não escutam ele, então a empatia tem a ver tanto você ser empático ou seja você ouvir as pessoas, você também fazer perguntas e também pedir empatia, de pedir para as pessoas também ”Olha pode me ouvir, eu vi quando você conversou comigo você teve um julgamento em relação a mim.” e as pessoas fazem aquilo que a gente fala que é o obstáculo da empatia, sabe quando você está mal e eu falo para você assim: não fica assim não viu Vinícius, porque eu já passei por uma dor de estômago que era exatamente assim, então em vez de eu te escutar tudo que você quer só ouvir, eu fico disputando para dizer que meu problema é maior que o seu, então isso é zero empatia às vezes você vai falar de um projeto e a pessoa quer conversar contigo de um projeto, a pessoa fala de um BO pior que ele tem na empresa e isso não colabora, então quando a gente fala de empatia a gente está falando muito de como a gente interpreta como que a gente julga as pessoas que é o juízo real e o juízo de valor que é colocar rótulos, a pessoa não ouvir, e isso tem muito a ver com a comunicação não violenta que tem uma série de livros que falam sobre isso, a própria (inint) tem uma série de livros.
M1: Aline só uma curiosidade por que que nós somos assim? Porque a nossa tendência é ser assim, é uma pena isso? Porque que a gente não tem tendência a ter empatia, tem que fazer uma força enorme para ter empatia, uma força enorme para ter uma escuta ativa?
F1: É uma série de questões tem a questão do próprio ego da gente poder se reafirmar ou contexto as vezes, que eu mesmo falo inteligência emocional é uma das habilidades que eu mais tive que desenvolver na vida pessoal e profissional, então às vezes eu achava que eu tinha que gritar mais alto para ser ouvida, então assim às vezes o contexto que eu estava eu tinha que falar mais alto que senão ninguém me ouvia, me dava razão, então tem vários contextos é muito individual, tem a questão do ego que a gente quer se reafirmar, quem não quer ser amado, mas tem também uma série de jogos corporativos que a sua ideia tem que ser melhor, então tem uma série de questões por isso que a gente fala que essa questão de controle caiu por terra dos gestores que acham que tem que fazer a liderança e sub comando e controle, não por confiança, porque é isso que vai garantir resultados e a gente tem uma série de cases, de empresas que são muito mais inovadoras, construindo ambientes colaborativos diversos e muito mais empáticos.
M1: Então para gente ir fechando também a última dimensão aí agora é a forma que eu me conheço e controlo minhas emoções eu conheço os outros e controlo as minhas emoções com os outros nos relacionamentos, o que você tem a dizer sobre essa dimensão?
F1: Isso tem haver muito com o processo de comunicação então é a forma como eu me comunico, a gente acha que a gente é assertivo, mas muitas vezes a gente é agressivo na forma da gente se comunicar e uma coisa muito interessante que a gente fala também no curso tem a ver com não só o feedback que é a forma que eu dou de retorno para vocês em uma situação, mas como eu posso prevenir um possível conflito que eu tenho que é o que nós chamamos de (inint) que eu posso dar um feedback para você de uma situação que eu não gostei ou que não foi adequada, mas eu posso prevenir alguma situação futura de um comportamento e em um exercício por exemplo de liderança quando a gente fala de gestão de relações, por exemplo no ambiente corporativo, a partir do momento que eu dou um feedback colocando o gestor no centro a empresa no centro mais você afasta as pessoas e geram conflitos, a partir do momento que eu coloco o colaborador no centro o que nós falamos de (inint) a partir do momento que você coloca a pessoa no centro e fala que se ela não melhorar aquele comportamento, aquele processo de comunicação, o próprio desenvolvimento dela não vai ser legal você colabora muito mais e conecta muito mais com as pessoas, então o que a gente fala no ambiente corporativo pessoal é como você pode gerar conflitos muito mais construtivos ou seja nós tivemos um debate de ideias nós chegamos no que é comum em vez de ir para situações mais destrutivas, existem umas pesquisas interessantes que falam que mais de 95% das empresas os colaboradores acham que os gestores deveriam ser mais simpáticos, mas só 50% é, porque que isso acontece? Muitas vezes por conta do processo de comunicação, então justamente essa questão do controle, você também gerir relacionamento através de como a pessoa se comunica, como você se comunica de novo, é sempre essa questão de você olhar você o outro e o nós, então eu acho que é um pouquinho por aí.
M1: Isso é curioso porque aqui no podcast a gente falar demais sobre o líder servidor, o líder jardineiro, e é curioso porque muitas vezes o líder controla porque ele não sabe o que ele deveria fazer se ele parar de controlar, aí ”Se eu não controlar o que sobra, o que eu vou fazer ali?” e a gente fala que ele tem que ser um habilitador do ambiente e eu diria que uma das dimensões que ele pode trabalhar bastante é justamente habilitar o time a ter inteligência emocional, habilitar as pessoas a ter inteligência emocional por que como consequência ele vai conseguir mais resultados, é o que a gente comentou anteriormente, mas é isso Aline muito obrigado, gostei demais da conversa, infelizmente passa rapidinho, chegamos aqui ao final para mim fica muito claro que na medida em que a metáfora de máquina para uma coisa mais orgânica muda você tem que entender cada vez mais que é gente mesmo e gente tem que se conhecer, tem que controlar as emoções, tem que conhecer o outro, tem que saber se relacionar, então acho que esse assunto é vital e a tendência é que fique cada vez mais vital, obrigado viu Aline, grande abraço.
M2: Obrigado Aline.
F1: Eu que agradeço e se eu puder fazer o convite aqui a gente está com curso de inteligência emocional aí no mês de maio, as inscrições até o dia 10 de maio, então a gente convida a todos aí que tem interesse de desenvolver e aprender mais ferramentas de inteligência emocional e vocês também seguirem a escola (inint) nas redes sociais, a gente está super a disposição aqui para gente trocar não só sobre inteligência emocional, mas sobre educação, super obrigada.
M1: Isso aí, falou Vinição.
M2: Falou, obrigado pessoal, muito bacana viu.
M1: Bom dia, boa tarde, boa noite vamos começar mais um episódio dos agilistas, hoje nós vamos falar de um tema que não é tão novo, mas tem se tornado cada vez mais relevante que é inteligência emocional, vocês vão ver daqui a pouquinho que nós temos assim números impressionantes, nós vamos conversar com Aline da (inint) e ela vai se apresentar daqui a pouquinho, mas para que os nossos ouvintes tenham ideia nesse período da pandemia o curso de inteligência emocional ministrado pela (inint) teve mais de um milhão de alunos, como todo mundo fala que a pandemia acelerou tudo, isso pode significar que talvez finalmente as pessoas tenham percebido a importância de investir nessa área de inteligência emocional, de começar a entender o que é isso, então é sobre isso que nós vamos falar hoje, aqui da parte da DTI estamos aqui mais uma vez com o Vinição, oi Vinição, beleza?
M2: Tudo bem pessoal? Vamos lá.
M1: Vinícius, mais uma vez, eu não estou cansado de você não, é só porque é mais uma vez mesmo.
M2: Eu acho que é porque você não está aguentando mais não.
M1: E como eu disse estamos aqui com Aline, Aline por favor se apresente para os nossos ouvintes.
F1: Fala pessoal é um prazer estar aqui, queria agradecer pelo convite vai ser também muito incrível esse bate-papo sobre um tema tão importante nesse contexto que a gente está vivendo, a inteligência emocional, deixa eu falar um pouquinho sobre mim, eu sou Aline Gomes é muito mais do que falar o que a gente faz é falar o que a gente é, eu falo que eu sou inquieta, tagarela, que adoro me conectar com as pessoas, sou psicóloga de formação fiz pós-graduação em administração, trabalhei como executiva de recursos humanos por mais de 15 anos em grandes empresas de bens de consumo, varejo, dentre elas Ambev (inint) entre outras empresas, hoje eu sou (inint) de produto da (inint) também toco a área de (inint) tenho mais de 100 colaboradores para falar de um tema super relevante para gente que é a inteligência emocional, a (inint) é uma escola de negócios da nova economia, ela tem quase cinco anos de vida e a gente já acelerou aí mais de 1 milhão de alunos em diversas habilidades, sejam habilidades de (inint) gestão e negócios de liderança, entre outros cursos, além de todos os programas que nós temos personalizados para mais de 300 empresas pelo Brasil e falar aí de um curso muito interessante para gente que olhando para essa pandemia a gente entendeu que cuidar das emoções, ainda estamos vivendo isso, é fundamental e como que a (inint) poderia apoiar esse ecossistema sociedade liberando esse curso de forma gratuita, então isso impactou aí mais de 1 milhão de alunos a primeira vez que nós liberamos, estamos na terceira vez da liberação aí com mais de 300 mil inscritos, 72 países, mais de 1.800 cidades, levando aí um conteúdo exclusivamente para esse momento que a gente está vivendo e a gente está aqui para contar um pouquinho não só sobre o curso, mas também falar desse tema.
M1: Então, mas até antes de entrar no tema fala um pouquinho sobre a (inint) qual a diferença da (inint) você disse que era escola de negócios, qual que é a missão o propósito, fala um pouquinho mais para dar um bom contexto para quem está ouvindo.
F1: A (inint) nasceu aí dessa insatisfação da forma como a gente faz educação, se você se perguntar o último curso que você fez efetivamente você buscou muito mais, você recebeu muito mais conhecimento ou aprendizado? Então a (inint) nasceu com esse propósito de educação com trazer três pilares bem importantes que é conteúdo, metodologia e professores, então a (inint) ela se posiciona como escola de negócios da nova economia trazendo conteúdos extremamente relevantes, atuais e inovadores como a liderança, metodologias ágeis, inovação de que maneira você pode estartar o seu negócio e crescer com ele, marketing digital como as nossas (inint) que é oratória, então ninguém nos ensinou, se a gente for ver hoje no mercado de trabalho mais de 87% dos desligamentos das empresas são devido a questões comportamentais e não técnicas e ninguém nunca ensinou a gente na escola a como lidar com as emoções, como você apresenta suas ideias negocia um projeto (inint) ou você se vende em uma entrevista, vende o seu negócio, isso a gente aprendeu muito na prática, como ser mais produtivo, então (inint) ela veio trazendo conteúdos muito inovadores com uma metodologia extremamente mão na massa e faz com que as pessoas já saiam fazendo, então lá a gente fala que ninguém precisa tomar café para assistir as nossas aulas, com professores que são expert de mercados que são personas assim como nós que estamos no nosso dia a dia vivendo aquilo que insira, então muitos dos nossos professores são mais de 300 professores no começo da (inint) nem sequer tinham dado aula na vida porque eles conhecem muito na prática, mas são professores que tem muito para agregar em troca, em case, por isso que ela já acelerou aí mais de 1 milhão de alunos justamente por esse tripé de conteúdo, metodologia e professores, com cursos desde liderança, marketing digital, entre outros cursos como inteligência emocional, oratória, cursos voltados tanto para negócios, para você inovar, quanto também habilidades como essas (inint) que eu comentei de inteligência emocional, oratória entre outros.
M1: Bem bacana, ou seja ênfase que você normalmente não aprende no ponto de vista técnico, é uma ênfase bem prática, pragmática mesmo, para você poder realmente obter conhecimento de quem pratica para poder colocar em ação onde você está, agora me diz então assim inteligência emocional, eu lembro de já ter lido livro de inteligência emocional há muitos anos atrás, o meu ”Há muitos anos atrás.” hoje é 10, 20 anos atrás, eu lembro de coisas antigas, você podia falar um pouquinho sobre esse conceito como que surgiu, um pouquinho da história desse conceito de inteligência emocional e por que é que em 2021 ele continua tão relevante, ou está até mais relevante como você está falando.
F1: Um dos grandes mestres que falam sobre inteligência emocional é o Daniel (inint) que tem uma série de livros extremamente interessantes em relação ao tema, durante muito tempo na história das civilizações se falou muito do QI, do quanto a gente é inteligente para fazer as coisas, do quanto você sabe, só que conforme esse mundo que nós estamos vivendo muito mais exponencial acelerado, que muda constantemente, nunca se falou tanto de habilidades emocionais, soco emocionais que é como você lida com você mesmo, como você lida com os outros, se você pegar mercado de trabalho você falar sobre empatia, falar sobre como você está se sentindo, de autoconhecimento, há 20 anos atrás era muito uma questão de competência, poderia até colocar em xeque as suas habilidades, então muito mais o QI, as habilidades técnicas eram muito mais relevantes, durante toda essa questão que nós chamamos de Nova economia, exponecialidade começou-se a falar nos últimos 10 anos sobre como você gerencia as suas emoções, assim como todo esse boom de questão de autoconhecimento, então a inteligência emocional nós vamos trabalhar o coeficiente emocional, o QE, então as habilidades soco emocionais, inteligência emocional é a forma que nós falamos de quatro pilares da inteligência emocional, dois que estão vinculados à parte interna que tem a ver como eu lido com o meu autoconhecimento ou seja valorizo minha história, eu sei os meus potenciais, aquilo que eu faço bem, então aquilo que todos nós temos alguma coisa que faz bem seja se comunicar, seja gerenciar projetos, tem pessoas que adoram cozinhar, pessoas que sabem vender suas ideias, então toda essa parte de como você se alto conhece ela é fundamental, o segundo pilar também interno da inteligência emocional tem a ver como eu gerencio as minhas emoções, então inteligência emocional não é só para aquela pessoa que é super estourada, que precisa ter um pouco mais de equilíbrio, mas também para aquela pessoa que precisa se posicionar em alguns momentos até deixa de colocar suas ideias, entra em um momento de passividade, então você trazer esse equilíbrio deixando a sua autenticidade aflorar que é o seu ponto forte, então nós estamos falando de questões internas e questões externas que tem haver nunca se falou tanto e também essa base da inovação que é a colaboração e a empatia, então muito mais que se colocar no lugar do outro é com que olhar que você se coloca no lugar do outro e a gente está falando sobre julgamento, sobre observação, então nós estamos falando agora sobre inteligência emocional sobre aspectos externos como eu lido não só comigo, mas com os outros e por fim nós estamos falando da gestão de relacionamentos, hoje nós temos ideias diferentes e nós podemos contribuir nos relacionamentos através de conflitos construtivos, então se eu pudesse resumir em quatro coisas inteligência emocional é: quanto você se auto conhece, como você gerencia suas emoções, a forma que você empate consigo e com outro e também a forma como que você se comunica e lida com seus relacionamentos, então é tudo isso que a gente trabalha na inteligência emocional.
M1: Só um comentário, achei curioso o seguinte, a gente fala aqui muito no podcast que as empresas elas sempre se apoiavam em uma metáfora mais mecanicista e parece que em uma metáfora mais mecanicista é muito mais natural pensar só em competência técnica e praticamente não abrir espaço nenhum para emoção, porque assim se a empresa é uma máquina já está bem estabelecido o papel de cada um e a caixinha onde ele atua e o que ele tem que fazer, é quase desprezível esse tipo de competência que está muito nesse modelo, eu achei curioso porque quando você fala desse modelo de entender mais que são pessoas se relacionando e que a pessoa tem que se conhecer e conhecer os outros, ou seja é partir de um modelo muito mais humanista mesmo, entende eu quando você fala disso, o próprio gestor tem que ter uma visão diferente, porque senão ele não abre espaço para isso e aí talvez a pandemia tenha acelerado mais uma vez isso, o pessoal tenha visto que vai precisar ter essa visão, você concorda?
F1: Com certeza porque hoje a gente fala muito de que existem pesquisas que falam que quase 60% da sua performance profissional é atribuída a inteligência emocional e quando a gente fala que o engajamento do líder mais de 70% da performance daquele time é atribuída a qualidade desse líder, então a pandemia ela trouxe uma coisa que com a inteligência emocional, com todo esse contexto que a gente está vivendo mais que já existia nos ambientes corporativos ou startups que é a questão do controle, uma das coisas que os gestores mais tiveram que aprender para ter essa visão humanista é poder lidar e é humanamente impossível você ter controle de tudo, nós estamos em um mundo em que nós falamos da infoxicação, passa muita coisa, são muitos projetos e o líder olhando para um contexto seja em negócios essenciais ou home Office, ele não tem controle de tudo, ele já não tinha, ele tinha uma falsa sensação de controle, então o líder vai ter que aprender a gerenciar a si mesmo para como ele lida com essa questão do controle e principalmente uma das coisas mais importantes nessa questão humanista que você falou é a geração de confiança, então hoje já existem uma série de estudos seja para o Galo entre outras empresas que falam que quando você gera a confiança nos seus colaboradores, trabalha de forma mais colaborativa você inova mais, você tem pessoas muito mais centradas no cliente e os resultados eles são muito maiores, a produtividade, lucratividade, rentabilidade, então toda essa visão que foi mudando de você ter extremamente racionalidade, foco somente resultados ela veio por terra em momento como a gente está vivendo na pandemia porque você não tem controle das coisas e isso só gera mais ansiedade e para o gestor ele acaba piorando seu exercício da liderança quando você não confia na sua equipe.
M2: Aline uma curiosidade me surgiu aqui, apesar que você tem uma busca tão grande por isso que aumentou na pandemia, como você disse um dos pontos de foco seria o autoconhecimento o pessoal busca muito preocupado com ele mesmo em relação a ”Se eu me conhecer melhor, eu vou ficar mais calmo, eu vou atuar melhor.” ou a busca é mais direta, focado já no trabalho, pensando em um time tipo assim ”Eu preciso melhorar, mas já pensando que eu preciso da melhora para melhorar um time.” a busca é mais individual ou mais em prol de um time?
F1: Existem as duas coisas, então eu existo um gestor que vai buscar uma formação e uma especialização de liderança, ou empresa que contrata a (inint) com o projeto de liderança, pensando que a gente precisa gerar mais resultados, engajar muitos mais os colaboradores, mas não sabe como fazer isso e uma das bases o (inint) fala muito disso do base do (inint) de liderança antes de gerenciar times e negócios eu preciso aprender a fazer com que o líder se auto conheça, então muito a parte de as organizações do próprio líder buscar um programa que vai trabalhar também o estilo de liderança dele, para ele saber o meu estilo é completamente diferente do seu e como eu engajo você se você é tão diferente de mim e também nesses programas de liderança a gente fala muito sobre gestão de resultados, sobre engajamento, com ferramentas não só para o líder se auto conhecer, mas fomentar a troca de ideias e essas diferenças de perfil, porque eu acho que o papel do líder é muito mais de direcionar esses talentos em prol de um objetivo, de um propósito, então existe tanto o líder que vai buscar essa capacitação e também olhando para todos os nossos alunos da inteligência emocional, nós tivemos com essa liberação do curso gratuito dois tipos de perfis tanto de pessoas com questões profissionais que precisam ter muito mais gestão das suas emoções para conseguir reverter o negócio que estava quebrando, com essa questão do pandemia, ou ele não está conseguindo liderar justamente porque ele não consegue ter empatia, ele não consegue gerenciar a sua própria emoção, ele precisa cuidar, nunca se falou tanto de saúde emocional, segurança psicológica hoje como papel do líder, então o líder ir buscar e também tivemos alunos e temos alunos nesse momento de inteligência emocional buscando por uma questão pessoal, para lidar com tudo que estava vivendo na pandemia, em relação a luto, em relação a própria questão de ansiedade, se a gente for falar a organização Mundial da Saúde fala que existem várias pesquisas falando que o Brasil é um dos países que mais tem pessoas ansiosas e a depressão crescendo cada vez mais, quase 10% da população acaba desenvolvendo a ansiedade, então olhando com tudo que a gente está vivendo as pessoas estão buscando por esses dois contextos, tanto pela questão pessoal de como eu lido com tudo isso e também por uma questão profissional, olhando para a questão profissional a gente vê muito esse líder que fala ”Eu preciso começar comigo porque eu não estou conseguindo gerar resultados com meu time.” e também empresas que não conseguem inovar, não conseguem gerar mais resultados porque o líder ele não se conhece e acaba indo para uma questão de muito mais agressividade achando que ele está sendo assertivo.
M1: Eu queria só pegar esse gancho aí, a pessoa não se conhece, muita gente pensa assim ”Como assim não me conheço? É claro que eu me conheço.” você pode aprofundar um pouquinho nisso? O que significa esse é o famoso conhece a ti mesmo lá do Sócrates, você tem que se conhecer, o que é esse conhecer a si mesmo e como isso acontece de forma prática, eu lembro que tinha algum autor não lembro quem que falava assim ”Se você quer se conhecer bem pergunte aos outros, porque os outros te conhecem melhor do que você, você supõe como você é, os outros tem contato com você.” mas assim como é que se desdobra essa dimensão aí de se conhecer.
F1: Existem uma série de exercícios práticos que você pode fazer, primeiro é você listar todas as coisas que você faz bem, seja na parte pessoal, profissional, então eu me comunico bem, me relaciono bem com as pessoas, tenho facilidade de fazer amizades, ou cozinho, bem pessoas que estão buscando de repente abrir um negócio não sabem como, então você listar todas aquelas habilidades comportamentais que você tem facilidade de fazer, outras coisas é um exercício que é muito simples, mas que é interessante também é você pedir feedback para outras pessoas, então pergunta para você o que eu faço bem, seja para familiares, colegas de trabalho, gestores ou pessoas de projetos e quanto mais se repete aquele comportamento, se várias pessoas estão falando ”Olha a forma como você lida com as pessoas é ótima.” então se aquilo se repete quer dizer que aquilo tem a ver com seu estilo, se você também fizer uma linha do tempo e você for ver os grandes projetos, suas grandes conquistas, naturalmente vai aparecer aquelas atividades onde você para se superar teve que colocar ali em prática então isso tem muito a ver, quando a gente fala do exercício da liderança nas empresas com seu estilo de liderança, tem pessoas que vão ser mais pragmáticas, tem pessoas que vão ser muito mais estratégicas, tem pessoas que vão ser muito mais de relacionamento, então a partir do momento que você conhece o seu estilo de liderança, você pode fazer adaptações em relação a adaptar o seu estilo, seu processo de comunicação ao outro, um dos grandes erros que os líderes cometem é ”Eu tenho 10 colaboradores, vou tratar os 10 igual, do jeito que eu quero.” então eu encaixoto ali o meu jeito de ser e isso eu não vai gerar troca, se eu estiver no meu time, por isso que todo time precisa se auto conhecer, já pensou se eu estivesse no meu time de quase 100 pessoas, 100 Alines que coisa mais chata, não tem com quem trocar, ninguém te questiona, ninguém te traz uma ideia diferente, então uma das coisas que a gente mais precisa trabalhar, isso tem a ver com inteligência emocional é a vulnerabilidade do líder, das pessoas porque se a 10, 15 anos atrás falar dos seus erros como aprendizado era tido como um problema de competência, você não era bom suficiente, a partir do momento que você tem uma visão mais humanista, uma liderança mais humanizada, você trabalha muito mais o erro como aprendizado e as ideias vão florescer muito mais e você tem um time muito mais colaborativo, então no ambiente de projetos, no momento que nós estamos vivendo de pandemia, onde você precisa se reinventar, você poder testar rápido, você poder errar, e se mostra para o seu time que você não pode errar, você tem que ser perfeito, você nem se auto conhece, você não tem controle de tudo, então se você não desenvolve o autoconhecimento a sua inteligência emocional ela vai desequilibrar e isso pode em questões muito mais potencializadas ir para uma questão de saúde mental um pouco mais gravadas, então esse é o cuidado de você também levar tudo na base do controle ”Não dá para errar, tudo tem que ser certo, o projeto tem que sair tudo certo.” porque isso pode tanto sangrar uma operação ou quebrar o negócio.
M2: Aline queria trazer uma questão aqui, um ponto que é um pouquinho mais polêmico, (inint) a conversa, tem um livro eu acho você já leu que se chama (inint) que traz algumas reflexões sobre a cultura americana, mas eu acho que vale muito para cá, segundo o autor do livro a gente está seguindo para uma sociedade que cada vez trabalha de forma mais… segundo ele assim, o jeito que a gente evoluiu para trabalhar com emoções foi meio que exercitando as emoções entre a gente, entre seres humanos, mas se a gente vai para uma linha que a gente acaba protegendo demais as pessoas, eu por exemplo tenho duas filhas, então você acaba tendo aquele impulso de querer controlar demais o ambiente, um ambiente extremamente controlado, você acaba isolando as pessoas de como lidar com as emoções e se você pega outro fator que o próprio autor coloca também que é a questão do mundo digital, eu vejo isso na DTI e às vezes algumas pessoas não querem nem abrir a câmera durante a pandemia, tudo bem é claro que você pode ter um momento que você não quer abrir a câmera, mas no fundo algumas pessoas sentem um pouco tipo assim ”Vai gerar um estresse de ter que relacionar com outra pessoa.” inclusive esse autor coloca lá que em relação a realidade americana as pessoas têm feito atividades que demonstram (inint) de autonomia cada vez mais tarde por exemplo dirigir, por exemplo fazer sexo, porque cada vez é mais tenso se relacionar com outras pessoas e eu entendo pelo que você colocou que a inteligência emocional na verdade é você ter esse autoconhecimento da sua relação que você tem com as suas emoções, o que você acha disso? Porque parece que a gente está indo em um caminho oposto enquanto sociedade.
F1: Tem uma série de pontos, eu acho que a melhor forma é você desenvolver o que nós chamamos de antifragilidade porque diante de contextos que nós estamos vivendo de muita pressão, dessa questão digital que deixa as pessoas que tem vários estudos que falam dessa individualização das pessoas estarem se fechando ali com as ferramentas, tendo dificuldades na verdade, eu não sei se as pessoas estão se fechando, eu acho que estão buscando outros formatos de se conectar, existem até livros que falam das 5 linguagens do amor que tem pessoas que são muito mais prestativas, pessoas que fazem atos de serviço, tem pessoas que são mais de toque, então existem estudos bem antigos falando de inteligências múltiplas, então acho que as pessoas vão se conectando e se adaptando, mas eu acho que um modelo interessante é a gente sair de um modelo muito mais reativo aquele modelo que é muito mais confortável e a gente cresce pela zona de medo e a gente cresce, mas é muito aquela questão da dor, a gente fala conforme todo esse contexto que a gente está vivendo é para gente desenvolver muito mais um modelo anti frágil, tem até um livro que fala que você tem que criar um ambiente de curiosidade, como você transforma de repente esse medo da conexão em uma questão de aprender a aprender, então você passa da zona de curiosidade, você vai tateando o aprendizado, você vai aprendendo conforme o momento no teu tempo e também no tempo do outro, mas você acaba se superando, então muito mais do que ser resiliente que é você esticar a corda soltar e ela voltar, é como você também cresce e se supera em um momento extremamente difícil, então olhando para empatia a gente fala tanto que eu posso ser empático como pedir empatia que é o que a gente fala da fórmula da assertividade, a gente tem muita dificuldade de falar e entender as necessidades das pessoas, porque a gente olha só o comportamento que é manifestado, eu estou com minha câmera fechada isso é o que eu manifesto, mas muito na psicologia a gente fala muito também do que está latente, que é o que está por trás e na inteligência emocional a gente fala muito de você entender as necessidades por trás do comportamento, para a gente poder controlar você precisa conhecer, então por isso que a gente fala de autoconhecimento, como que eu vou controlar se eu não sei nomear o que eu estou sentindo, eu estou sentindo nervoso, ansiedade, medo, desespero, estou me sentindo injustiçado, mas ao mesmo tempo se eu me relaciono com você e você fecha a câmera por exemplo será que é um pedido de ajuda? Será que você está com problema na câmera mesmo, então tem uma série de outros fatores que às vezes a gente fala que uma parte dos problemas de comunicação e relacionamento tem a ver com as interpretações que nós fazemos, às vezes não é o que é de fato que a gente fala que é o juízo real, mas sim juízo de valor a partir do momento que eu vejo você com a câmera fechada eu já parto que eu sou diferente de você, então aí tem muita essa questão da interpretação do julgamento.
M1: Isso que você está dizendo já é aquela segunda dimensão da inteligência emocional, isso que você descreve, esse entendimento do outro, aliás porque agora fiquei confuso, existe o autoconhecimento e depois como você controla as próprias emoções e depois conhecer o outro e como você controla o relacionamento com outro, você estava falando agora seria de como controlar o relacionamento com outro, você parar de pular para conclusão e não conseguir enfatizar com o outro lado coisa do tipo.
F1: Tem a ver sim, a inteligência emocional tem uma esfera tua e do outro, não é porque eu acho que a forma que eu vivo e o contexto que eu vivo é o certo que é o certo mesmo, às vezes são coisas que eu crio por isso que a gente fala que o autoconhecimento é tão importante para você não se sabotar de você às vezes quer pôr uma ideia no mundo e não coloca, nesse que eu estou falando agora tem a ver de como eu me relacionava com o outro porque às vezes eu também saboto a minha relação com o outro, porque se eu já vejo por exemplo, se eu converso contigo e você hoje não está em um bom dia e você é mais fechado comigo, é mais rude comigo e às vezes é só uma questão do momento, às vezes a sua necessidade de ficar calado e não tem nada a ver comigo, então muitas vezes quando a gente fala aí de relacionamento não só comigo, mas com outro, a gente está falando de como eu interpreto situações, então de mim para você, então eu já levo para o pessoal.
M1: É o ser humano é muito egocêntrico, como você diz, você acha que o outro fez uma coisa por causa de você, ele está fazendo simplesmente por causa dele muitas vezes.
F1: Com certeza por isso que a gente precisa equilibrar todos esses pontos e aí até nesses cursos que a gente liberou a gente vai trabalhando todos esses módulos com ferramentas justamente para pessoa saber mapear aonde que ela precisa melhorar, uma questão muito mais interna, outra questão externa de que maneira ela pode também ter sucesso desenvolvendo boas metas, então a gente vai desenvolvendo uma série de práticas, por isso que o curso atingiu mais de 1 milhão de alunos, vários países, justamente aquele tripé que eu comentei de um conteúdo extremamente atualizado, com metodologia muito mão na massa e com professores que são psicólogos, executivos que estão vivendo na prática essa questão da inteligência emocional.
M1: E a segunda dimensão que é pessoal essa de controlar as próprias emoções, o nome que você deu o controle das emoções, é isso?
F1: Gestão das emoções.
M1: O que significa isso na prática, ou seja, de um lado eu já me conheço, mas eu posso me conhecer e não conseguir me controlar bem em certas situações e isso me prejudica, o que você pode falar sobre esse controle de emoções, qual que é o caminho assim para você controlar as suas emoções, o Viníção precisa disso um pouco, não é?
M2: Eu estava até refletindo quando você estava falando, me lembra muito, eu não sei se tem alguma relação do que você falou aí é da (inint)?
F1: Sim.
M1: Se existe alguma relação com o estoicismo que os princípios parecem muito assim se eu entendi bem, apesar de estar falando de emoções é como se você tentasse ter uma visão mais externa, mais reflexiva sobre a sua situação emocional e tivesse um comportamento mais racional em relação a isso, eu fiquei pensando aqui não sei se tem relação, ser inteligente emocionalmente é exatamente isso, não é que você vai deixar de sentir ou vai ser uma pedra de gelo, mas é que você vai levar uma certa racionalidade, você vai começar a parar para pensar antes de você tomar decisões impulsivas, então a gestão de emoções tem haver por exemplo, eu moro aqui em São Paulo, vou pegar uma situação aqui de trânsito que a gente está todo mundo aí em home office, mas situação muito comum em São Paulo que é o trânsito, então você me dá uma fechada no trânsito ou você é rude comigo, então essa situação que acontece a pessoa foi rude com você, ela fechou o teu carro, o cérebro da gente ele é feito para nos proteger e ele faz o que a gente chama de sequestro emocional, então ele avalia aquela situação e nós temos duas partes cerebrais uma que é uma parte mais primitiva que nós chamamos de amígdalas que é aquela que vai te proteger, quando ela olha o fechamento de trânsito, a pessoa que foi rude com você no trânsito ela tem duas atitudes, ou ela luta, ou ela foge, então por exemplo eu posso ter uma atitude na prática de sair do meu carro e começar a gritar com você e xingar você e partir para uma briga com você, ou eu posso ter uma sensação de fuga, eu posso ficar calado, eu devia falar alguma coisa, mas eu não faço, eu começo a chorar, então essa questão da amígdala que é a primeira parte do cérebro que recebe o contexto de tudo que está acontecendo aqui agora nesse momento, ele pode ter essas duas situações de luta ou fuga, um outro exemplo por exemplo é eu estar aqui gravando com vocês e vamos supor que eu esqueço o que eu tinha que falar, então as vezes o meu cérebro faz o sequestro emocional, em vez de eu falar aquilo que eu me preparei, o meu cérebro sequestra as minhas emoções, então fazer gestão das emoções é aprender a fazer ferramentas, ter técnica, eu respirar fundo antes de falar com você, se eu não sei, vamos supor que você me faz uma pergunta e eu não sei responder, vou fazer uma nova pergunta para clarificar aquilo antes de eu responder, então dar tempo para o cérebro daquela parte mais reativa de antes de me dar um esquecimento eu me tranquilizar e a mesma coisa do trânsito, então às vezes a pessoa está em um mau dia dela porque eu vou brigar também, então são ferramentas a partir do momento e aí tem vários exercícios tem pessoas que gostam de meditar, tem pessoas que vão para processos terapêuticos, tem pessoas que gostam de correr, então como que você exercita essa questão do que nós falamos de você parar, saber mapear o contexto para você poder agir, então você pode muito mais em vez de você reagir é como você age de forma mais inteligente e entra um pouco da racionalidade, porque a gente tem uma parte cerebral que é o neocortex que ele vai interpretar essas coisas, mas ele demora um pouco porque a tua amigdala é tão mais rápida que quando viu você já brigou, já se estressou, você já começou a chorar e aí depois sabe aquela coisa quando você fala assim ”Não deveria ter falado aquilo.”
M1: A ressaca moral.
F1: É, então se conhecer como eu dei um exemplo preciso nomear o que eu estou sentindo, antes eu estou muito nervosa, como eu estou hoje, então saber como se fosse um diário das emoções mesmo de você saber mapear é uma ferramenta para você fazer a gestão das suas emoções, por isso que o autoconhecimento te ajuda porque você sabe os seus propósitos, você sabe o que você faz bem, você sabe o que é esperado de você, então isso ajuda você a contribuir mais, então por exemplo antes de eu tomar uma fechada brigar com você, porque eu não respiro, tomo um gole d’água,, conto até 10, tem uma série de ferramentas que ajudam você a fazer esse gerenciamento de emoções e também o contrário, não é só explodir às vezes se colocar, então se eu estou em uma entrevista ou uma reunião e eu preciso colocar minhas ideias e eu me calo, então também é uma forma de como eu posso vencer isso e colocar as minhas ideias também.
M2: É bem interessante que você colocou aí, no sentido assim eu fiz essa comparação aqui com o estoicismo e você explicando aí para mim ficar bastante claro que você falou no início que você psicóloga, não sei se você já chegou a estudar a parte de terapia cognitiva comportamental, mas me parece não sou nenhum especialista, só entusiasta, mas me parece muito a linha da a parte cognitiva comportamental, porque me pareceu realmente muito parecida, você chegou até a alguns exercícios comportamentais para exercitar um pouco dessa parte da inteligência emocional mais vinculado ao comportamento?
F1: Nós temos uma série de ferramentas para você mapear o que nós chamamos de circundação, mapear suas crenças, a forma como você pensa, a forma como você age, então sim a gente tem uma série de ferramentas práticas que nós chamamos de ferramentas de bolso e uma das coisas que a gente mais trabalha também é essa questão que nós chamamos que é ativação reticular, que é o que você foca agora, no momento que a gente está vivendo de tanta informação, fake News, o que passa na tua retina que você está colocando foco, então que você foca cresce, então se eu fico o dia inteiro vendo monte de notícias que me põe para baixo, leio sobre todos os negócios que quebraram, todas as coisas… o que eu estou traindo mais? O que eu estou colocando de foco? Então não que seja alienação, a gente está falando do que você está ativando na sua retina, se todas as vezes eu acho que as pessoas estão sempre me atacando, conversando comigo ou o contexto não está me ajudando, então assim o que você está focando na sua retina, é como se fosse assim a analogia que eu faço é um quadro que tem duas pessoas olhando o quadro e cada um está olhando sobre uma perspectiva um que está vendo a parte horrível desse quadro que é um quadro antigo velho e outra pessoa que está fazendo ”Olha essa obra de arte, olha que legal.” então inteligência emocional tem muito com que você coloca de foco também, então valorizar os seus potenciais você se autoconhecer todos os dias e o mais interessante da inteligência emocional é você saber que está tudo bem não estar bem e está tudo bem você ser vulnerável isso é libertador, então isso faz com que você pare de querer ter controle e viva o que nós falamos que e o agora a inteligência emocional ela fica às vezes em desequilíbrio porque ou você está pensando muito no futuro e gera tremenda ansiedade de não saber, ou você olha para o seu passado e fala ”Eu só fiz merda, deveria ter feito diferente.” então é como eu redesenho isso.
M1: Beleza então, a pessoa tem inteligência emocional do ponto de vista individual (inint) consegue se comportar, se conhecer etc, mas isso não é suficiente ainda porque ela tem que conviver com outras pessoas, eu vivo brincando porque tinha uma piadinha falando com aqueles caras mais técnicos, como você falou em isolamento social o cara falou assim ”Mas eu sempre fiz isso, qual a diferença agora de fazer o isolamento social?” mas assim brincadeiras à parte é curioso por que a gente fez um episódio aí recentemente eu e o Vinição estamos bem viciado aí em uns livros que se chama sociophysics que mostra a necessidade de haver um fluxo de ideias, de haver colaboração etc, para poder realmente ter equipes produtivas, então eu gosto de falar isso porque existe o lado humano de que eu acho que a pessoa tem que ser feliz e conseguir conviver com outro, mas existe o lado pragmático de fato de uma empresa imersa em um ambiente de inovação só vai conseguir inovar se tiver times que consigam trocar ideias, consigam conversar, consigam colaborar e consigam se complementar e eu entendo que essas outras duas dimensões tem a ver com isso, então só falar mais um pouquinho delas, a primeira é entender o outro ou seja igual a gente não entende a gente, a gente também não conhece o outro que é empatia.
F1: Sim a empatia todo mundo fala que é se colocar no lugar do outro, mas é com que olhar, se eu me coloco no lugar do outro com o meu olhar você não está olhando sob a expectativa do outro isso não significa em um time de colaboração que você está em um projeto ”Então vou ser empático eu tenho que sempre dar razão para o outro, então eu sou a vítima, eu posso errar.” isso não tem nada a ver, a gente está falando que empatia é você ter um mínimo de escuta ativa, você escuta o que o outro fala, você sabe fazer o ganha-ganha minha ideia está aqui, a sua está aqui, nós vamos, nós vamos, (inint) terceiro caminho, então equipes diversas que bom que existe a diversidade para a gente poder ter equipes que colaboram mais, que contribuem com novas ideias, então a empatia tem a ver com o que nós falamos sobre juízo real e juízo de valor, então quando você está discutindo uma ideia a gente tem mania de rotular as pessoas, então aquela pessoa é teimosa, aquela pessoa é rude e às vezes é aquilo que nós falamos empatia é você mapear a necessidade por trás o comportamento do outro, às vezes o outro é mais rude porque ele quer ser ouvido, porque você corta ele, ele tem necessidade de ser aceito, porque ele é novo na empresa, então ele fala mais alto e aí as pessoas não escutam ele, então a empatia tem a ver tanto você ser empático ou seja você ouvir as pessoas, você também fazer perguntas e também pedir empatia, de pedir para as pessoas também ”Olha pode me ouvir, eu vi quando você conversou comigo você teve um julgamento em relação a mim.” e as pessoas fazem aquilo que a gente fala que é o obstáculo da empatia, sabe quando você está mal e eu falo para você assim: não fica assim não viu Vinícius, porque eu já passei por uma dor de estômago que era exatamente assim, então em vez de eu te escutar tudo que você quer só ouvir, eu fico disputando para dizer que meu problema é maior que o seu, então isso é zero empatia às vezes você vai falar de um projeto e a pessoa quer conversar contigo de um projeto, a pessoa fala de um BO pior que ele tem na empresa e isso não colabora, então quando a gente fala de empatia a gente está falando muito de como a gente interpreta como que a gente julga as pessoas que é o juízo real e o juízo de valor que é colocar rótulos, a pessoa não ouvir, e isso tem muito a ver com a comunicação não violenta que tem uma série de livros que falam sobre isso, a própria (inint) tem uma série de livros.
M1: Aline só uma curiosidade por que que nós somos assim? Porque a nossa tendência é ser assim, é uma pena isso? Porque que a gente não tem tendência a ter empatia, tem que fazer uma força enorme para ter empatia, uma força enorme para ter uma escuta ativa?
F1: É uma série de questões tem a questão do próprio ego da gente poder se reafirmar ou contexto as vezes, que eu mesmo falo inteligência emocional é uma das habilidades que eu mais tive que desenvolver na vida pessoal e profissional, então às vezes eu achava que eu tinha que gritar mais alto para ser ouvida, então assim às vezes o contexto que eu estava eu tinha que falar mais alto que senão ninguém me ouvia, me dava razão, então tem vários contextos é muito individual, tem a questão do ego que a gente quer se reafirmar, quem não quer ser amado, mas tem também uma série de jogos corporativos que a sua ideia tem que ser melhor, então tem uma série de questões por isso que a gente fala que essa questão de controle caiu por terra dos gestores que acham que tem que fazer a liderança e sub comando e controle, não por confiança, porque é isso que vai garantir resultados e a gente tem uma série de cases, de empresas que são muito mais inovadoras, construindo ambientes colaborativos diversos e muito mais empáticos.
M1: Então para gente ir fechando também a última dimensão aí agora é a forma que eu me conheço e controlo minhas emoções eu conheço os outros e controlo as minhas emoções com os outros nos relacionamentos, o que você tem a dizer sobre essa dimensão?
F1: Isso tem haver muito com o processo de comunicação então é a forma como eu me comunico, a gente acha que a gente é assertivo, mas muitas vezes a gente é agressivo na forma da gente se comunicar e uma coisa muito interessante que a gente fala também no curso tem a ver com não só o feedback que é a forma que eu dou de retorno para vocês em uma situação, mas como eu posso prevenir um possível conflito que eu tenho que é o que nós chamamos de (inint) que eu posso dar um feedback para você de uma situação que eu não gostei ou que não foi adequada, mas eu posso prevenir alguma situação futura de um comportamento e em um exercício por exemplo de liderança quando a gente fala de gestão de relações, por exemplo no ambiente corporativo, a partir do momento que eu dou um feedback colocando o gestor no centro a empresa no centro mais você afasta as pessoas e geram conflitos, a partir do momento que eu coloco o colaborador no centro o que nós falamos de (inint) a partir do momento que você coloca a pessoa no centro e fala que se ela não melhorar aquele comportamento, aquele processo de comunicação, o próprio desenvolvimento dela não vai ser legal você colabora muito mais e conecta muito mais com as pessoas, então o que a gente fala no ambiente corporativo pessoal é como você pode gerar conflitos muito mais construtivos ou seja nós tivemos um debate de ideias nós chegamos no que é comum em vez de ir para situações mais destrutivas, existem umas pesquisas interessantes que falam que mais de 95% das empresas os colaboradores acham que os gestores deveriam ser mais simpáticos, mas só 50% é, porque que isso acontece? Muitas vezes por conta do processo de comunicação, então justamente essa questão do controle, você também gerir relacionamento através de como a pessoa se comunica, como você se comunica de novo, é sempre essa questão de você olhar você o outro e o nós, então eu acho que é um pouquinho por aí.
M1: Isso é curioso porque aqui no podcast a gente falar demais sobre o líder servidor, o líder jardineiro, e é curioso porque muitas vezes o líder controla porque ele não sabe o que ele deveria fazer se ele parar de controlar, aí ”Se eu não controlar o que sobra, o que eu vou fazer ali?” e a gente fala que ele tem que ser um habilitador do ambiente e eu diria que uma das dimensões que ele pode trabalhar bastante é justamente habilitar o time a ter inteligência emocional, habilitar as pessoas a ter inteligência emocional por que como consequência ele vai conseguir mais resultados, é o que a gente comentou anteriormente, mas é isso Aline muito obrigado, gostei demais da conversa, infelizmente passa rapidinho, chegamos aqui ao final para mim fica muito claro que na medida em que a metáfora de máquina para uma coisa mais orgânica muda você tem que entender cada vez mais que é gente mesmo e gente tem que se conhecer, tem que controlar as emoções, tem que conhecer o outro, tem que saber se relacionar, então acho que esse assunto é vital e a tendência é que fique cada vez mais vital, obrigado viu Aline, grande abraço.
M2: Obrigado Aline.
F1: Eu que agradeço e se eu puder fazer o convite aqui a gente está com curso de inteligência emocional aí no mês de maio, as inscrições até o dia 10 de maio, então a gente convida a todos aí que tem interesse de desenvolver e aprender mais ferramentas de inteligência emocional e vocês também seguirem a escola (inint) nas redes sociais, a gente está super a disposição aqui para gente trocar não só sobre inteligência emocional, mas sobre educação, super obrigada.
M1: Isso aí, falou Vinição.
M2: Falou, obrigado pessoal, muito bacana viu.
M1: Bom dia, boa tarde, boa noite vamos começar mais um episódio dos agilistas, hoje nós vamos falar de um tema que não é tão novo, mas tem se tornado cada vez mais relevante que é inteligência emocional, vocês vão ver daqui a pouquinho que nós temos assim números impressionantes, nós vamos conversar com Aline da (inint) e ela vai se apresentar daqui a pouquinho, mas para que os nossos ouvintes tenham ideia nesse período da pandemia o curso de inteligência emocional ministrado pela (inint) teve mais de um milhão de alunos, como todo mundo fala que a pandemia acelerou tudo, isso pode significar que talvez finalmente as pessoas tenham percebido a importância de investir nessa área de inteligência emocional, de começar a entender o que é isso, então é sobre isso que nós vamos falar hoje, aqui da parte da DTI estamos aqui mais uma vez com o Vinição, oi Vinição, beleza?
M2: Tudo bem pessoal? Vamos lá.
M1: Vinícius, mais uma vez, eu não estou cansado de você não, é só porque é mais uma vez mesmo.
M2: Eu acho que é porque você não está aguentando mais não.
M1: E como eu disse estamos aqui com Aline, Aline por favor se apresente para os nossos ouvintes.
F1: Fala pessoal é um prazer estar aqui, queria agradecer pelo convite vai ser também muito incrível esse bate-papo sobre um tema tão importante nesse contexto que a gente está vivendo, a inteligência emocional, deixa eu falar um pouquinho sobre mim, eu sou Aline Gomes é muito mais do que falar o que a gente faz é falar o que a gente é, eu falo que eu sou inquieta, tagarela, que adoro me conectar com as pessoas, sou psicóloga de formação fiz pós-graduação em administração, trabalhei como executiva de recursos humanos por mais de 15 anos em grandes empresas de bens de consumo, varejo, dentre elas Ambev (inint) entre outras empresas, hoje eu sou (inint) de produto da (inint) também toco a área de (inint) tenho mais de 100 colaboradores para falar de um tema super relevante para gente que é a inteligência emocional, a (inint) é uma escola de negócios da nova economia, ela tem quase cinco anos de vida e a gente já acelerou aí mais de 1 milhão de alunos em diversas habilidades, sejam habilidades de (inint) gestão e negócios de liderança, entre outros cursos, além de todos os programas que nós temos personalizados para mais de 300 empresas pelo Brasil e falar aí de um curso muito interessante para gente que olhando para essa pandemia a gente entendeu que cuidar das emoções, ainda estamos vivendo isso, é fundamental e como que a (inint) poderia apoiar esse ecossistema sociedade liberando esse curso de forma gratuita, então isso impactou aí mais de 1 milhão de alunos a primeira vez que nós liberamos, estamos na terceira vez da liberação aí com mais de 300 mil inscritos, 72 países, mais de 1.800 cidades, levando aí um conteúdo exclusivamente para esse momento que a gente está vivendo e a gente está aqui para contar um pouquinho não só sobre o curso, mas também falar desse tema.
M1: Então, mas até antes de entrar no tema fala um pouquinho sobre a (inint) qual a diferença da (inint) você disse que era escola de negócios, qual que é a missão o propósito, fala um pouquinho mais para dar um bom contexto para quem está ouvindo.
F1: A (inint) nasceu aí dessa insatisfação da forma como a gente faz educação, se você se perguntar o último curso que você fez efetivamente você buscou muito mais, você recebeu muito mais conhecimento ou aprendizado? Então a (inint) nasceu com esse propósito de educação com trazer três pilares bem importantes que é conteúdo, metodologia e professores, então a (inint) ela se posiciona como escola de negócios da nova economia trazendo conteúdos extremamente relevantes, atuais e inovadores como a liderança, metodologias ágeis, inovação de que maneira você pode estartar o seu negócio e crescer com ele, marketing digital como as nossas (inint) que é oratória, então ninguém nos ensinou, se a gente for ver hoje no mercado de trabalho mais de 87% dos desligamentos das empresas são devido a questões comportamentais e não técnicas e ninguém nunca ensinou a gente na escola a como lidar com as emoções, como você apresenta suas ideias negocia um projeto (inint) ou você se vende em uma entrevista, vende o seu negócio, isso a gente aprendeu muito na prática, como ser mais produtivo, então (inint) ela veio trazendo conteúdos muito inovadores com uma metodologia extremamente mão na massa e faz com que as pessoas já saiam fazendo, então lá a gente fala que ninguém precisa tomar café para assistir as nossas aulas, com professores que são expert de mercados que são personas assim como nós que estamos no nosso dia a dia vivendo aquilo que insira, então muitos dos nossos professores são mais de 300 professores no começo da (inint) nem sequer tinham dado aula na vida porque eles conhecem muito na prática, mas são professores que tem muito para agregar em troca, em case, por isso que ela já acelerou aí mais de 1 milhão de alunos justamente por esse tripé de conteúdo, metodologia e professores, com cursos desde liderança, marketing digital, entre outros cursos como inteligência emocional, oratória, cursos voltados tanto para negócios, para você inovar, quanto também habilidades como essas (inint) que eu comentei de inteligência emocional, oratória entre outros.
M1: Bem bacana, ou seja ênfase que você normalmente não aprende no ponto de vista técnico, é uma ênfase bem prática, pragmática mesmo, para você poder realmente obter conhecimento de quem pratica para poder colocar em ação onde você está, agora me diz então assim inteligência emocional, eu lembro de já ter lido livro de inteligência emocional há muitos anos atrás, o meu ”Há muitos anos atrás.” hoje é 10, 20 anos atrás, eu lembro de coisas antigas, você podia falar um pouquinho sobre esse conceito como que surgiu, um pouquinho da história desse conceito de inteligência emocional e por que é que em 2021 ele continua tão relevante, ou está até mais relevante como você está falando.
F1: Um dos grandes mestres que falam sobre inteligência emocional é o Daniel (inint) que tem uma série de livros extremamente interessantes em relação ao tema, durante muito tempo na história das civilizações se falou muito do QI, do quanto a gente é inteligente para fazer as coisas, do quanto você sabe, só que conforme esse mundo que nós estamos vivendo muito mais exponencial acelerado, que muda constantemente, nunca se falou tanto de habilidades emocionais, soco emocionais que é como você lida com você mesmo, como você lida com os outros, se você pegar mercado de trabalho você falar sobre empatia, falar sobre como você está se sentindo, de autoconhecimento, há 20 anos atrás era muito uma questão de competência, poderia até colocar em xeque as suas habilidades, então muito mais o QI, as habilidades técnicas eram muito mais relevantes, durante toda essa questão que nós chamamos de Nova economia, exponecialidade começou-se a falar nos últimos 10 anos sobre como você gerencia as suas emoções, assim como todo esse boom de questão de autoconhecimento, então a inteligência emocional nós vamos trabalhar o coeficiente emocional, o QE, então as habilidades soco emocionais, inteligência emocional é a forma que nós falamos de quatro pilares da inteligência emocional, dois que estão vinculados à parte interna que tem a ver como eu lido com o meu autoconhecimento ou seja valorizo minha história, eu sei os meus potenciais, aquilo que eu faço bem, então aquilo que todos nós temos alguma coisa que faz bem seja se comunicar, seja gerenciar projetos, tem pessoas que adoram cozinhar, pessoas que sabem vender suas ideias, então toda essa parte de como você se alto conhece ela é fundamental, o segundo pilar também interno da inteligência emocional tem a ver como eu gerencio as minhas emoções, então inteligência emocional não é só para aquela pessoa que é super estourada, que precisa ter um pouco mais de equilíbrio, mas também para aquela pessoa que precisa se posicionar em alguns momentos até deixa de colocar suas ideias, entra em um momento de passividade, então você trazer esse equilíbrio deixando a sua autenticidade aflorar que é o seu ponto forte, então nós estamos falando de questões internas e questões externas que tem haver nunca se falou tanto e também essa base da inovação que é a colaboração e a empatia, então muito mais que se colocar no lugar do outro é com que olhar que você se coloca no lugar do outro e a gente está falando sobre julgamento, sobre observação, então nós estamos falando agora sobre inteligência emocional sobre aspectos externos como eu lido não só comigo, mas com os outros e por fim nós estamos falando da gestão de relacionamentos, hoje nós temos ideias diferentes e nós podemos contribuir nos relacionamentos através de conflitos construtivos, então se eu pudesse resumir em quatro coisas inteligência emocional é: quanto você se auto conhece, como você gerencia suas emoções, a forma que você empate consigo e com outro e também a forma como que você se comunica e lida com seus relacionamentos, então é tudo isso que a gente trabalha na inteligência emocional.
M1: Só um comentário, achei curioso o seguinte, a gente fala aqui muito no podcast que as empresas elas sempre se apoiavam em uma metáfora mais mecanicista e parece que em uma metáfora mais mecanicista é muito mais natural pensar só em competência técnica e praticamente não abrir espaço nenhum para emoção, porque assim se a empresa é uma máquina já está bem estabelecido o papel de cada um e a caixinha onde ele atua e o que ele tem que fazer, é quase desprezível esse tipo de competência que está muito nesse modelo, eu achei curioso porque quando você fala desse modelo de entender mais que são pessoas se relacionando e que a pessoa tem que se conhecer e conhecer os outros, ou seja é partir de um modelo muito mais humanista mesmo, entende eu quando você fala disso, o próprio gestor tem que ter uma visão diferente, porque senão ele não abre espaço para isso e aí talvez a pandemia tenha acelerado mais uma vez isso, o pessoal tenha visto que vai precisar ter essa visão, você concorda?
F1: Com certeza porque hoje a gente fala muito de que existem pesquisas que falam que quase 60% da sua performance profissional é atribuída a inteligência emocional e quando a gente fala que o engajamento do líder mais de 70% da performance daquele time é atribuída a qualidade desse líder, então a pandemia ela trouxe uma coisa que com a inteligência emocional, com todo esse contexto que a gente está vivendo mais que já existia nos ambientes corporativos ou startups que é a questão do controle, uma das coisas que os gestores mais tiveram que aprender para ter essa visão humanista é poder lidar e é humanamente impossível você ter controle de tudo, nós estamos em um mundo em que nós falamos da infoxicação, passa muita coisa, são muitos projetos e o líder olhando para um contexto seja em negócios essenciais ou home Office, ele não tem controle de tudo, ele já não tinha, ele tinha uma falsa sensação de controle, então o líder vai ter que aprender a gerenciar a si mesmo para como ele lida com essa questão do controle e principalmente uma das coisas mais importantes nessa questão humanista que você falou é a geração de confiança, então hoje já existem uma série de estudos seja para o Galo entre outras empresas que falam que quando você gera a confiança nos seus colaboradores, trabalha de forma mais colaborativa você inova mais, você tem pessoas muito mais centradas no cliente e os resultados eles são muito maiores, a produtividade, lucratividade, rentabilidade, então toda essa visão que foi mudando de você ter extremamente racionalidade, foco somente resultados ela veio por terra em momento como a gente está vivendo na pandemia porque você não tem controle das coisas e isso só gera mais ansiedade e para o gestor ele acaba piorando seu exercício da liderança quando você não confia na sua equipe.
M2: Aline uma curiosidade me surgiu aqui, apesar que você tem uma busca tão grande por isso que aumentou na pandemia, como você disse um dos pontos de foco seria o autoconhecimento o pessoal busca muito preocupado com ele mesmo em relação a ”Se eu me conhecer melhor, eu vou ficar mais calmo, eu vou atuar melhor.” ou a busca é mais direta, focado já no trabalho, pensando em um time tipo assim ”Eu preciso melhorar, mas já pensando que eu preciso da melhora para melhorar um time.” a busca é mais individual ou mais em prol de um time?
F1: Existem as duas coisas, então eu existo um gestor que vai buscar uma formação e uma especialização de liderança, ou empresa que contrata a (inint) com o projeto de liderança, pensando que a gente precisa gerar mais resultados, engajar muitos mais os colaboradores, mas não sabe como fazer isso e uma das bases o (inint) fala muito disso do base do (inint) de liderança antes de gerenciar times e negócios eu preciso aprender a fazer com que o líder se auto conheça, então muito a parte de as organizações do próprio líder buscar um programa que vai trabalhar também o estilo de liderança dele, para ele saber o meu estilo é completamente diferente do seu e como eu engajo você se você é tão diferente de mim e também nesses programas de liderança a gente fala muito sobre gestão de resultados, sobre engajamento, com ferramentas não só para o líder se auto conhecer, mas fomentar a troca de ideias e essas diferenças de perfil, porque eu acho que o papel do líder é muito mais de direcionar esses talentos em prol de um objetivo, de um propósito, então existe tanto o líder que vai buscar essa capacitação e também olhando para todos os nossos alunos da inteligência emocional, nós tivemos com essa liberação do curso gratuito dois tipos de perfis tanto de pessoas com questões profissionais que precisam ter muito mais gestão das suas emoções para conseguir reverter o negócio que estava quebrando, com essa questão do pandemia, ou ele não está conseguindo liderar justamente porque ele não consegue ter empatia, ele não consegue gerenciar a sua própria emoção, ele precisa cuidar, nunca se falou tanto de saúde emocional, segurança psicológica hoje como papel do líder, então o líder ir buscar e também tivemos alunos e temos alunos nesse momento de inteligência emocional buscando por uma questão pessoal, para lidar com tudo que estava vivendo na pandemia, em relação a luto, em relação a própria questão de ansiedade, se a gente for falar a organização Mundial da Saúde fala que existem várias pesquisas falando que o Brasil é um dos países que mais tem pessoas ansiosas e a depressão crescendo cada vez mais, quase 10% da população acaba desenvolvendo a ansiedade, então olhando com tudo que a gente está vivendo as pessoas estão buscando por esses dois contextos, tanto pela questão pessoal de como eu lido com tudo isso e também por uma questão profissional, olhando para a questão profissional a gente vê muito esse líder que fala ”Eu preciso começar comigo porque eu não estou conseguindo gerar resultados com meu time.” e também empresas que não conseguem inovar, não conseguem gerar mais resultados porque o líder ele não se conhece e acaba indo para uma questão de muito mais agressividade achando que ele está sendo assertivo.
M1: Eu queria só pegar esse gancho aí, a pessoa não se conhece, muita gente pensa assim ”Como assim não me conheço? É claro que eu me conheço.” você pode aprofundar um pouquinho nisso? O que significa esse é o famoso conhece a ti mesmo lá do Sócrates, você tem que se conhecer, o que é esse conhecer a si mesmo e como isso acontece de forma prática, eu lembro que tinha algum autor não lembro quem que falava assim ”Se você quer se conhecer bem pergunte aos outros, porque os outros te conhecem melhor do que você, você supõe como você é, os outros tem contato com você.” mas assim como é que se desdobra essa dimensão aí de se conhecer.
F1: Existem uma série de exercícios práticos que você pode fazer, primeiro é você listar todas as coisas que você faz bem, seja na parte pessoal, profissional, então eu me comunico bem, me relaciono bem com as pessoas, tenho facilidade de fazer amizades, ou cozinho, bem pessoas que estão buscando de repente abrir um negócio não sabem como, então você listar todas aquelas habilidades comportamentais que você tem facilidade de fazer, outras coisas é um exercício que é muito simples, mas que é interessante também é você pedir feedback para outras pessoas, então pergunta para você o que eu faço bem, seja para familiares, colegas de trabalho, gestores ou pessoas de projetos e quanto mais se repete aquele comportamento, se várias pessoas estão falando ”Olha a forma como você lida com as pessoas é ótima.” então se aquilo se repete quer dizer que aquilo tem a ver com seu estilo, se você também fizer uma linha do tempo e você for ver os grandes projetos, suas grandes conquistas, naturalmente vai aparecer aquelas atividades onde você para se superar teve que colocar ali em prática então isso tem muito a ver, quando a gente fala do exercício da liderança nas empresas com seu estilo de liderança, tem pessoas que vão ser mais pragmáticas, tem pessoas que vão ser muito mais estratégicas, tem pessoas que vão ser muito mais de relacionamento, então a partir do momento que você conhece o seu estilo de liderança, você pode fazer adaptações em relação a adaptar o seu estilo, seu processo de comunicação ao outro, um dos grandes erros que os líderes cometem é ”Eu tenho 10 colaboradores, vou tratar os 10 igual, do jeito que eu quero.” então eu encaixoto ali o meu jeito de ser e isso eu não vai gerar troca, se eu estiver no meu time, por isso que todo time precisa se auto conhecer, já pensou se eu estivesse no meu time de quase 100 pessoas, 100 Alines que coisa mais chata, não tem com quem trocar, ninguém te questiona, ninguém te traz uma ideia diferente, então uma das coisas que a gente mais precisa trabalhar, isso tem a ver com inteligência emocional é a vulnerabilidade do líder, das pessoas porque se a 10, 15 anos atrás falar dos seus erros como aprendizado era tido como um problema de competência, você não era bom suficiente, a partir do momento que você tem uma visão mais humanista, uma liderança mais humanizada, você trabalha muito mais o erro como aprendizado e as ideias vão florescer muito mais e você tem um time muito mais colaborativo, então no ambiente de projetos, no momento que nós estamos vivendo de pandemia, onde você precisa se reinventar, você poder testar rápido, você poder errar, e se mostra para o seu time que você não pode errar, você tem que ser perfeito, você nem se auto conhece, você não tem controle de tudo, então se você não desenvolve o autoconhecimento a sua inteligência emocional ela vai desequilibrar e isso pode em questões muito mais potencializadas ir para uma questão de saúde mental um pouco mais gravadas, então esse é o cuidado de você também levar tudo na base do controle ”Não dá para errar, tudo tem que ser certo, o projeto tem que sair tudo certo.” porque isso pode tanto sangrar uma operação ou quebrar o negócio.
M2: Aline queria trazer uma questão aqui, um ponto que é um pouquinho mais polêmico, (inint) a conversa, tem um livro eu acho você já leu que se chama (inint) que traz algumas reflexões sobre a cultura americana, mas eu acho que vale muito para cá, segundo o autor do livro a gente está seguindo para uma sociedade que cada vez trabalha de forma mais… segundo ele assim, o jeito que a gente evoluiu para trabalhar com emoções foi meio que exercitando as emoções entre a gente, entre seres humanos, mas se a gente vai para uma linha que a gente acaba protegendo demais as pessoas, eu por exemplo tenho duas filhas, então você acaba tendo aquele impulso de querer controlar demais o ambiente, um ambiente extremamente controlado, você acaba isolando as pessoas de como lidar com as emoções e se você pega outro fator que o próprio autor coloca também que é a questão do mundo digital, eu vejo isso na DTI e às vezes algumas pessoas não querem nem abrir a câmera durante a pandemia, tudo bem é claro que você pode ter um momento que você não quer abrir a câmera, mas no fundo algumas pessoas sentem um pouco tipo assim ”Vai gerar um estresse de ter que relacionar com outra pessoa.” inclusive esse autor coloca lá que em relação a realidade americana as pessoas têm feito atividades que demonstram (inint) de autonomia cada vez mais tarde por exemplo dirigir, por exemplo fazer sexo, porque cada vez é mais tenso se relacionar com outras pessoas e eu entendo pelo que você colocou que a inteligência emocional na verdade é você ter esse autoconhecimento da sua relação que você tem com as suas emoções, o que você acha disso? Porque parece que a gente está indo em um caminho oposto enquanto sociedade.
F1: Tem uma série de pontos, eu acho que a melhor forma é você desenvolver o que nós chamamos de antifragilidade porque diante de contextos que nós estamos vivendo de muita pressão, dessa questão digital que deixa as pessoas que tem vários estudos que falam dessa individualização das pessoas estarem se fechando ali com as ferramentas, tendo dificuldades na verdade, eu não sei se as pessoas estão se fechando, eu acho que estão buscando outros formatos de se conectar, existem até livros que falam das 5 linguagens do amor que tem pessoas que são muito mais prestativas, pessoas que fazem atos de serviço, tem pessoas que são mais de toque, então existem estudos bem antigos falando de inteligências múltiplas, então acho que as pessoas vão se conectando e se adaptando, mas eu acho que um modelo interessante é a gente sair de um modelo muito mais reativo aquele modelo que é muito mais confortável e a gente cresce pela zona de medo e a gente cresce, mas é muito aquela questão da dor, a gente fala conforme todo esse contexto que a gente está vivendo é para gente desenvolver muito mais um modelo anti frágil, tem até um livro que fala que você tem que criar um ambiente de curiosidade, como você transforma de repente esse medo da conexão em uma questão de aprender a aprender, então você passa da zona de curiosidade, você vai tateando o aprendizado, você vai aprendendo conforme o momento no teu tempo e também no tempo do outro, mas você acaba se superando, então muito mais do que ser resiliente que é você esticar a corda soltar e ela voltar, é como você também cresce e se supera em um momento extremamente difícil, então olhando para empatia a gente fala tanto que eu posso ser empático como pedir empatia que é o que a gente fala da fórmula da assertividade, a gente tem muita dificuldade de falar e entender as necessidades das pessoas, porque a gente olha só o comportamento que é manifestado, eu estou com minha câmera fechada isso é o que eu manifesto, mas muito na psicologia a gente fala muito também do que está latente, que é o que está por trás e na inteligência emocional a gente fala muito de você entender as necessidades por trás do comportamento, para a gente poder controlar você precisa conhecer, então por isso que a gente fala de autoconhecimento, como que eu vou controlar se eu não sei nomear o que eu estou sentindo, eu estou sentindo nervoso, ansiedade, medo, desespero, estou me sentindo injustiçado, mas ao mesmo tempo se eu me relaciono com você e você fecha a câmera por exemplo será que é um pedido de ajuda? Será que você está com problema na câmera mesmo, então tem uma série de outros fatores que às vezes a gente fala que uma parte dos problemas de comunicação e relacionamento tem a ver com as interpretações que nós fazemos, às vezes não é o que é de fato que a gente fala que é o juízo real, mas sim juízo de valor a partir do momento que eu vejo você com a câmera fechada eu já parto que eu sou diferente de você, então aí tem muita essa questão da interpretação do julgamento.
M1: Isso que você está dizendo já é aquela segunda dimensão da inteligência emocional, isso que você descreve, esse entendimento do outro, aliás porque agora fiquei confuso, existe o autoconhecimento e depois como você controla as próprias emoções e depois conhecer o outro e como você controla o relacionamento com outro, você estava falando agora seria de como controlar o relacionamento com outro, você parar de pular para conclusão e não conseguir enfatizar com o outro lado coisa do tipo.
F1: Tem a ver sim, a inteligência emocional tem uma esfera tua e do outro, não é porque eu acho que a forma que eu vivo e o contexto que eu vivo é o certo que é o certo mesmo, às vezes são coisas que eu crio por isso que a gente fala que o autoconhecimento é tão importante para você não se sabotar de você às vezes quer pôr uma ideia no mundo e não coloca, nesse que eu estou falando agora tem a ver de como eu me relacionava com o outro porque às vezes eu também saboto a minha relação com o outro, porque se eu já vejo por exemplo, se eu converso contigo e você hoje não está em um bom dia e você é mais fechado comigo, é mais rude comigo e às vezes é só uma questão do momento, às vezes a sua necessidade de ficar calado e não tem nada a ver comigo, então muitas vezes quando a gente fala aí de relacionamento não só comigo, mas com outro, a gente está falando de como eu interpreto situações, então de mim para você, então eu já levo para o pessoal.
M1: É o ser humano é muito egocêntrico, como você diz, você acha que o outro fez uma coisa por causa de você, ele está fazendo simplesmente por causa dele muitas vezes.
F1: Com certeza por isso que a gente precisa equilibrar todos esses pontos e aí até nesses cursos que a gente liberou a gente vai trabalhando todos esses módulos com ferramentas justamente para pessoa saber mapear aonde que ela precisa melhorar, uma questão muito mais interna, outra questão externa de que maneira ela pode também ter sucesso desenvolvendo boas metas, então a gente vai desenvolvendo uma série de práticas, por isso que o curso atingiu mais de 1 milhão de alunos, vários países, justamente aquele tripé que eu comentei de um conteúdo extremamente atualizado, com metodologia muito mão na massa e com professores que são psicólogos, executivos que estão vivendo na prática essa questão da inteligência emocional.
M1: E a segunda dimensão que é pessoal essa de controlar as próprias emoções, o nome que você deu o controle das emoções, é isso?
F1: Gestão das emoções.
M1: O que significa isso na prática, ou seja, de um lado eu já me conheço, mas eu posso me conhecer e não conseguir me controlar bem em certas situações e isso me prejudica, o que você pode falar sobre esse controle de emoções, qual que é o caminho assim para você controlar as suas emoções, o Viníção precisa disso um pouco, não é?
M2: Eu estava até refletindo quando você estava falando, me lembra muito, eu não sei se tem alguma relação do que você falou aí é da (inint)?
F1: Sim.
M1: Se existe alguma relação com o estoicismo que os princípios parecem muito assim se eu entendi bem, apesar de estar falando de emoções é como se você tentasse ter uma visão mais externa, mais reflexiva sobre a sua situação emocional e tivesse um comportamento mais racional em relação a isso, eu fiquei pensando aqui não sei se tem relação, ser inteligente emocionalmente é exatamente isso, não é que você vai deixar de sentir ou vai ser uma pedra de gelo, mas é que você vai levar uma certa racionalidade, você vai começar a parar para pensar antes de você tomar decisões impulsivas, então a gestão de emoções tem haver por exemplo, eu moro aqui em São Paulo, vou pegar uma situação aqui de trânsito que a gente está todo mundo aí em home office, mas situação muito comum em São Paulo que é o trânsito, então você me dá uma fechada no trânsito ou você é rude comigo, então essa situação que acontece a pessoa foi rude com você, ela fechou o teu carro, o cérebro da gente ele é feito para nos proteger e ele faz o que a gente chama de sequestro emocional, então ele avalia aquela situação e nós temos duas partes cerebrais uma que é uma parte mais primitiva que nós chamamos de amígdalas que é aquela que vai te proteger, quando ela olha o fechamento de trânsito, a pessoa que foi rude com você no trânsito ela tem duas atitudes, ou ela luta, ou ela foge, então por exemplo eu posso ter uma atitude na prática de sair do meu carro e começar a gritar com você e xingar você e partir para uma briga com você, ou eu posso ter uma sensação de fuga, eu posso ficar calado, eu devia falar alguma coisa, mas eu não faço, eu começo a chorar, então essa questão da amígdala que é a primeira parte do cérebro que recebe o contexto de tudo que está acontecendo aqui agora nesse momento, ele pode ter essas duas situações de luta ou fuga, um outro exemplo por exemplo é eu estar aqui gravando com vocês e vamos supor que eu esqueço o que eu tinha que falar, então as vezes o meu cérebro faz o sequestro emocional, em vez de eu falar aquilo que eu me preparei, o meu cérebro sequestra as minhas emoções, então fazer gestão das emoções é aprender a fazer ferramentas, ter técnica, eu respirar fundo antes de falar com você, se eu não sei, vamos supor que você me faz uma pergunta e eu não sei responder, vou fazer uma nova pergunta para clarificar aquilo antes de eu responder, então dar tempo para o cérebro daquela parte mais reativa de antes de me dar um esquecimento eu me tranquilizar e a mesma coisa do trânsito, então às vezes a pessoa está em um mau dia dela porque eu vou brigar também, então são ferramentas a partir do momento e aí tem vários exercícios tem pessoas que gostam de meditar, tem pessoas que vão para processos terapêuticos, tem pessoas que gostam de correr, então como que você exercita essa questão do que nós falamos de você parar, saber mapear o contexto para você poder agir, então você pode muito mais em vez de você reagir é como você age de forma mais inteligente e entra um pouco da racionalidade, porque a gente tem uma parte cerebral que é o neocortex que ele vai interpretar essas coisas, mas ele demora um pouco porque a tua amigdala é tão mais rápida que quando viu você já brigou, já se estressou, você já começou a chorar e aí depois sabe aquela coisa quando você fala assim ”Não deveria ter falado aquilo.”
M1: A ressaca moral.
F1: É, então se conhecer como eu dei um exemplo preciso nomear o que eu estou sentindo, antes eu estou muito nervosa, como eu estou hoje, então saber como se fosse um diário das emoções mesmo de você saber mapear é uma ferramenta para você fazer a gestão das suas emoções, por isso que o autoconhecimento te ajuda porque você sabe os seus propósitos, você sabe o que você faz bem, você sabe o que é esperado de você, então isso ajuda você a contribuir mais, então por exemplo antes de eu tomar uma fechada brigar com você, porque eu não respiro, tomo um gole d’água,, conto até 10, tem uma série de ferramentas que ajudam você a fazer esse gerenciamento de emoções e também o contrário, não é só explodir às vezes se colocar, então se eu estou em uma entrevista ou uma reunião e eu preciso colocar minhas ideias e eu me calo, então também é uma forma de como eu posso vencer isso e colocar as minhas ideias também.
M2: É bem interessante que você colocou aí, no sentido assim eu fiz essa comparação aqui com o estoicismo e você explicando aí para mim ficar bastante claro que você falou no início que você psicóloga, não sei se você já chegou a estudar a parte de terapia cognitiva comportamental, mas me parece não sou nenhum especialista, só entusiasta, mas me parece muito a linha da a parte cognitiva comportamental, porque me pareceu realmente muito parecida, você chegou até a alguns exercícios comportamentais para exercitar um pouco dessa parte da inteligência emocional mais vinculado ao comportamento?
F1: Nós temos uma série de ferramentas para você mapear o que nós chamamos de circundação, mapear suas crenças, a forma como você pensa, a forma como você age, então sim a gente tem uma série de ferramentas práticas que nós chamamos de ferramentas de bolso e uma das coisas que a gente mais trabalha também é essa questão que nós chamamos que é ativação reticular, que é o que você foca agora, no momento que a gente está vivendo de tanta informação, fake News, o que passa na tua retina que você está colocando foco, então que você foca cresce, então se eu fico o dia inteiro vendo monte de notícias que me põe para baixo, leio sobre todos os negócios que quebraram, todas as coisas… o que eu estou traindo mais? O que eu estou colocando de foco? Então não que seja alienação, a gente está falando do que você está ativando na sua retina, se todas as vezes eu acho que as pessoas estão sempre me atacando, conversando comigo ou o contexto não está me ajudando, então assim o que você está focando na sua retina, é como se fosse assim a analogia que eu faço é um quadro que tem duas pessoas olhando o quadro e cada um está olhando sobre uma perspectiva um que está vendo a parte horrível desse quadro que é um quadro antigo velho e outra pessoa que está fazendo ”Olha essa obra de arte, olha que legal.” então inteligência emocional tem muito com que você coloca de foco também, então valorizar os seus potenciais você se autoconhecer todos os dias e o mais interessante da inteligência emocional é você saber que está tudo bem não estar bem e está tudo bem você ser vulnerável isso é libertador, então isso faz com que você pare de querer ter controle e viva o que nós falamos que e o agora a inteligência emocional ela fica às vezes em desequilíbrio porque ou você está pensando muito no futuro e gera tremenda ansiedade de não saber, ou você olha para o seu passado e fala ”Eu só fiz merda, deveria ter feito diferente.” então é como eu redesenho isso.
M1: Beleza então, a pessoa tem inteligência emocional do ponto de vista individual (inint) consegue se comportar, se conhecer etc, mas isso não é suficiente ainda porque ela tem que conviver com outras pessoas, eu vivo brincando porque tinha uma piadinha falando com aqueles caras mais técnicos, como você falou em isolamento social o cara falou assim ”Mas eu sempre fiz isso, qual a diferença agora de fazer o isolamento social?” mas assim brincadeiras à parte é curioso por que a gente fez um episódio aí recentemente eu e o Vinição estamos bem viciado aí em uns livros que se chama sociophysics que mostra a necessidade de haver um fluxo de ideias, de haver colaboração etc, para poder realmente ter equipes produtivas, então eu gosto de falar isso porque existe o lado humano de que eu acho que a pessoa tem que ser feliz e conseguir conviver com outro, mas existe o lado pragmático de fato de uma empresa imersa em um ambiente de inovação só vai conseguir inovar se tiver times que consigam trocar ideias, consigam conversar, consigam colaborar e consigam se complementar e eu entendo que essas outras duas dimensões tem a ver com isso, então só falar mais um pouquinho delas, a primeira é entender o outro ou seja igual a gente não entende a gente, a gente também não conhece o outro que é empatia.
F1: Sim a empatia todo mundo fala que é se colocar no lugar do outro, mas é com que olhar, se eu me coloco no lugar do outro com o meu olhar você não está olhando sob a expectativa do outro isso não significa em um time de colaboração que você está em um projeto ”Então vou ser empático eu tenho que sempre dar razão para o outro, então eu sou a vítima, eu posso errar.” isso não tem nada a ver, a gente está falando que empatia é você ter um mínimo de escuta ativa, você escuta o que o outro fala, você sabe fazer o ganha-ganha minha ideia está aqui, a sua está aqui, nós vamos, nós vamos, (inint) terceiro caminho, então equipes diversas que bom que existe a diversidade para a gente poder ter equipes que colaboram mais, que contribuem com novas ideias, então a empatia tem a ver com o que nós falamos sobre juízo real e juízo de valor, então quando você está discutindo uma ideia a gente tem mania de rotular as pessoas, então aquela pessoa é teimosa, aquela pessoa é rude e às vezes é aquilo que nós falamos empatia é você mapear a necessidade por trás o comportamento do outro, às vezes o outro é mais rude porque ele quer ser ouvido, porque você corta ele, ele tem necessidade de ser aceito, porque ele é novo na empresa, então ele fala mais alto e aí as pessoas não escutam ele, então a empatia tem a ver tanto você ser empático ou seja você ouvir as pessoas, você também fazer perguntas e também pedir empatia, de pedir para as pessoas também ”Olha pode me ouvir, eu vi quando você conversou comigo você teve um julgamento em relação a mim.” e as pessoas fazem aquilo que a gente fala que é o obstáculo da empatia, sabe quando você está mal e eu falo para você assim: não fica assim não viu Vinícius, porque eu já passei por uma dor de estômago que era exatamente assim, então em vez de eu te escutar tudo que você quer só ouvir, eu fico disputando para dizer que meu problema é maior que o seu, então isso é zero empatia às vezes você vai falar de um projeto e a pessoa quer conversar contigo de um projeto, a pessoa fala de um BO pior que ele tem na empresa e isso não colabora, então quando a gente fala de empatia a gente está falando muito de como a gente interpreta como que a gente julga as pessoas que é o juízo real e o juízo de valor que é colocar rótulos, a pessoa não ouvir, e isso tem muito a ver com a comunicação não violenta que tem uma série de livros que falam sobre isso, a própria (inint) tem uma série de livros.
M1: Aline só uma curiosidade por que que nós somos assim? Porque a nossa tendência é ser assim, é uma pena isso? Porque que a gente não tem tendência a ter empatia, tem que fazer uma força enorme para ter empatia, uma força enorme para ter uma escuta ativa?
F1: É uma série de questões tem a questão do próprio ego da gente poder se reafirmar ou contexto as vezes, que eu mesmo falo inteligência emocional é uma das habilidades que eu mais tive que desenvolver na vida pessoal e profissional, então às vezes eu achava que eu tinha que gritar mais alto para ser ouvida, então assim às vezes o contexto que eu estava eu tinha que falar mais alto que senão ninguém me ouvia, me dava razão, então tem vários contextos é muito individual, tem a questão do ego que a gente quer se reafirmar, quem não quer ser amado, mas tem também uma série de jogos corporativos que a sua ideia tem que ser melhor, então tem uma série de questões por isso que a gente fala que essa questão de controle caiu por terra dos gestores que acham que tem que fazer a liderança e sub comando e controle, não por confiança, porque é isso que vai garantir resultados e a gente tem uma série de cases, de empresas que são muito mais inovadoras, construindo ambientes colaborativos diversos e muito mais empáticos.
M1: Então para gente ir fechando também a última dimensão aí agora é a forma que eu me conheço e controlo minhas emoções eu conheço os outros e controlo as minhas emoções com os outros nos relacionamentos, o que você tem a dizer sobre essa dimensão?
F1: Isso tem haver muito com o processo de comunicação então é a forma como eu me comunico, a gente acha que a gente é assertivo, mas muitas vezes a gente é agressivo na forma da gente se comunicar e uma coisa muito interessante que a gente fala também no curso tem a ver com não só o feedback que é a forma que eu dou de retorno para vocês em uma situação, mas como eu posso prevenir um possível conflito que eu tenho que é o que nós chamamos de (inint) que eu posso dar um feedback para você de uma situação que eu não gostei ou que não foi adequada, mas eu posso prevenir alguma situação futura de um comportamento e em um exercício por exemplo de liderança quando a gente fala de gestão de relações, por exemplo no ambiente corporativo, a partir do momento que eu dou um feedback colocando o gestor no centro a empresa no centro mais você afasta as pessoas e geram conflitos, a partir do momento que eu coloco o colaborador no centro o que nós falamos de (inint) a partir do momento que você coloca a pessoa no centro e fala que se ela não melhorar aquele comportamento, aquele processo de comunicação, o próprio desenvolvimento dela não vai ser legal você colabora muito mais e conecta muito mais com as pessoas, então o que a gente fala no ambiente corporativo pessoal é como você pode gerar conflitos muito mais construtivos ou seja nós tivemos um debate de ideias nós chegamos no que é comum em vez de ir para situações mais destrutivas, existem umas pesquisas interessantes que falam que mais de 95% das empresas os colaboradores acham que os gestores deveriam ser mais simpáticos, mas só 50% é, porque que isso acontece? Muitas vezes por conta do processo de comunicação, então justamente essa questão do controle, você também gerir relacionamento através de como a pessoa se comunica, como você se comunica de novo, é sempre essa questão de você olhar você o outro e o nós, então eu acho que é um pouquinho por aí.
M1: Isso é curioso porque aqui no podcast a gente falar demais sobre o líder servidor, o líder jardineiro, e é curioso porque muitas vezes o líder controla porque ele não sabe o que ele deveria fazer se ele parar de controlar, aí ”Se eu não controlar o que sobra, o que eu vou fazer ali?” e a gente fala que ele tem que ser um habilitador do ambiente e eu diria que uma das dimensões que ele pode trabalhar bastante é justamente habilitar o time a ter inteligência emocional, habilitar as pessoas a ter inteligência emocional por que como consequência ele vai conseguir mais resultados, é o que a gente comentou anteriormente, mas é isso Aline muito obrigado, gostei demais da conversa, infelizmente passa rapidinho, chegamos aqui ao final para mim fica muito claro que na medida em que a metáfora de máquina para uma coisa mais orgânica muda você tem que entender cada vez mais que é gente mesmo e gente tem que se conhecer, tem que controlar as emoções, tem que conhecer o outro, tem que saber se relacionar, então acho que esse assunto é vital e a tendência é que fique cada vez mais vital, obrigado viu Aline, grande abraço.
M2: Obrigado Aline.
F1: Eu que agradeço e se eu puder fazer o convite aqui a gente está com curso de inteligência emocional aí no mês de maio, as inscrições até o dia 10 de maio, então a gente convida a todos aí que tem interesse de desenvolver e aprender mais ferramentas de inteligência emocional e vocês também seguirem a escola (inint) nas redes sociais, a gente está super a disposição aqui para gente trocar não só sobre inteligência emocional, mas sobre educação, super obrigada.
M1: Isso aí, falou Vinição.
M2: Falou, obrigado pessoal, muito bacana viu.