Karine: Quando eu entrei, eu queria que também tivesse, além do
onboarding, de tudo mais, algo descontraído, só para começar, porque eu
não conhecia ninguém, então, eu acho uma maneira muito legal,
descontraída de se conversar com alguém, porque lá todo mundo é igual,
você não tem essa barreira, talvez um medo de conversar com uma pessoa
de determinado cargo porque lá todo mundo está jogando o jogo, você é
igual a todo mundo no jogo.
M1: Bom dia, boa tarde, boa noite. Vamos começar mais um episódio dos
Agilistas. Estou aqui, como sempre, com o Vinição. Tudo bom, Vinição?
Vinicius: E aí, pessoal, tudo bem? (Bora lá) .
M1: Então, já vou apresentar as nossas convidadas. O tema de hoje é um
tema que a gente acredita ser muito relevante porque ele diz respeito a um
princípio que, para a gente, é essencial para que tudo possa acontecer na
empresa, que é basicamente as pessoas se conhecerem, as pessoas
confiarem umas nas outras, as pessoas se conectarem. E é interessante por
que? Como é que você faz para as pessoas se conhecerem e se conectarem?
Obviamente que existem diversas formas de fazer, inclusive, o próprio dia
a dia é uma forma de fazer isso, mas a gente sabe também que a pandemia
trouxe uma dificuldade adicional com o distanciamento das pessoas. E aí,
nesse novo mundo que a gente passa a ter agora, em que o remoto já é
uma realidade, é interessante porque uma empresa de uma cultura mais
tradicional, e a gente gosta sempre de compartilhar aqui aspectos da nossa
cultura, talvez um gestor com esse desafio de como aumentar a
conectividade, ele pensasse em ações diretas para fomentar a
conectividade, e até medir isso diretamente e falar: “pessoas, vocês têm
que conectar”. E a gente já disse aqui várias vezes que a gente acredita,
para esse tipo de coisa, em ações mais oblíquas, ações mais indiretas que
acabarão resultando em uma maior conectividade, em uma maior
confiança. Além de – como vocês vão ver – ser divertido também. Então,
hoje nós vamos falar sobre uma guilda nossa de gamers que atua dessa
forma oblíqua e indireta criando conexões, e, para contar um pouquinho
dessa experiência, a gente tem duas convidadas, vou pedir primeiro para a
Natália se apresentar. Tudo bem, Natália?
Natália: Tudo bem, boa noite. Como você diz, meu nome é Natália, eu estou
aqui finalizando o meu curso de Engenharia de Computação. Eu estudei até
com a Karine um tempo no campus lá de Timóteo. Eu pedi transferência
para Belo Horizonte, lá que eu conheci a DTI, inclusive, o pessoal lá
recomenda bastante. Eu entrei como estagiária no final do ano passado e
estou aí até hoje.
M1: Ótimo. E você, Karine, se apresente, por favor.
Karine: Boa noite, pessoal. Meu nome é Karine, eu sou formada em
Engenharia Elétrica, porém, estou cursando Engenharia de Computação,
igual a Natália falou, a gente estudou um tempo juntas, lá que a gente se
conheceu, e a Natália que me puxou aqui para a DTI. Eu não conhecia a DTI,
que eu sou de uma cidade do interior, e a Natália que me apresentou a
empresa e, inclusive, me indicou nela. Eu entrei na DTI no início do ano e
estou aí, já tem oito meses de empresa, estou curtindo demais.
M1: Você sabe que a Engenharia Elétrica, as melhores pessoas vêm da
Engenharia Elétrica, é o seu caso, o meu caso.
Karine: Sim.
M1: Tem umas engenharias aí, eu sempre falo, todas as engenharias, elas
são fragmentos da elétrica, sabe? Que soltaram, criaram outras
engenharias. Essa é uma das piadas que eu faço sempre, eu fazia muito com
o pessoal de Engenharia de Controle da Automação, brincando que a
Engenharia Elétrica que era melhor. Mas, então, qual de vocês pode
explicar, eu falei aqui que a gente tem uma ação oblíqua, ou seja, não é uma
ação que vai diretamente conseguir um resultado, não vai ter uma meta
direta, mas uma ação oblíqua que fomenta um ambiente melhor, que acaba
gerando conectividade. E aí, vocês podiam contar um pouquinho dessa
história, dessa guilda, o que é essa guilda de gamers? Podia até contar a
história, a história sempre é legal, como é que surgiu a ideia, como é que
essa história foi se desenrolando?
Karine: Beleza, eu posso contar um pouquinho? A guilda, ela surgiu de uma
necessidade minha porque eu jogo jogos desde os 11 anos, desde que eu
me lembro por gente, porque eu ganhei um computador que eu comecei a
jogar jogos. Na época, a gente jogava muito em lan house, tinha também
alguns jogos online, só que só dava para jogar de madrugada porque era
internet discada na época, então, não tinha como jogar durante o dia. E aí,
a maioria dos jogos que eu gostava muito de jogar, eles eram multiplayer,
que eram jogos com mais pessoas, e a gente tinha um objetivo em comum,
que era matar algum personagem ou se juntar para fazer alguma coisa
específica, e para a gente poder jogar em sintonia e fazer os objetivos
juntos, a gente precisava conversar e precisava estar em algum chat de voz,
algo do tipo. E aí, foi através disso que eu conheci pessoas do Brasil inteiro,
jogando, e que tem amigos de mais de oito anos que eu nunca vi
pessoalmente, somente através do jogo.
M1: E conversa frequentemente, você sente como amizade mesmo?
Karine: Exato, todos os dias. Eu até convidei para o meu casamento na
época, não puderam vir porque eram de bem longe, mas…
M1: Já dá para fazer um casamento no Metaverso, já ouviu do Metaverso?
Já dá para casar no Metaverso.
Karine: Sim, exato. E aí, essas pessoas, eu considero amigos próximos
mesmo, que eu vou levar para o resto da vida, a gente conversa até hoje,
nunca perdeu o contato. Quando eu entrei, eu vi o conceito de guilda na
DTI e achei muito interessante, que eram grupos de pessoas com interesses
em comum, e aí, eu vi: “por que não uma guilda de jogos?”. Já que a gente
é meio nerd, desenvolvedor, a maioria joga alguma coisa já, e pensei:
“vamos criar um grupo para conhecer pessoas que têm interesses em
comum comigo”. E foi aí que eu fui atrás, eu tinha um mês de DTI na época,
estagiária, pouco tempo, eu estava meio sem graça ali, mas eu pensei: “não
custa nada, eu vou tentar”. E fui atrás de pessoas para ver, fui atrás do meu
(TM) , fui atrás de algumas pessoas, e aí chamei a Natália para
embarcar nessa comigo, que ela já era comigo, já jogava comigo, já sabia o
que eu queria propor, e foi aí que ela abraçou a ideia também, junto com
outro amigo meu também, e aí a gente foi e fundou a guilda, meio que
“vamos ver se vai dar certo, se não der certo, a gente (tentou) “.
M1: Bacana, e o que você complementa aí, Natália? Qual é a história a partir
da sua perspectiva?
Natália: Então, como ela falou, logo no início, eu fiquei muito empolgada
com a ideia de ter uma guilda, (porque assim) , eu não vi nada na
empresa relacionado a jogo. Então, nós conversamos também com outras
pessoas como é que a gente abordaria a ideia de uma guilda de jogo na
empresa. A gente ficou muito com dúvida se seria possível, se não teria que
ser (muito) relacionado a partes técnicas. Conversamos com
diversas pessoas, aí a gente propôs que o foco fosse mais integração, tanto
que, hoje em dia, a gente tem diversos encontros, só que a gente sempre
foca muito nessa união de pessoas, nessa integração, às vezes, só um lugar
mesmo que você possa bater um papo com alguém, conhecer melhor,
mesmo que você não saiba nada sobre jogo. Tanto que eu jogo até com a
Karine, que ela me puxa para alguns jogos, eu vou junto, mas eu não sou
muito gamer, eu tenho jogos específicos, mas eu não sou muito do mundo
gamer. Então, é um momento muito bacana, de descontração, de conhecer
pessoas, (a gente tem) diversos casos de pessoas que se
conhecem na guilda e convivem realmente, sabe?
M1: Que interessante, participar dos eventos, mesmo não jogando, é legal,
digamos assim? Vira uma confraternização?
Natália: Sim. Tem até ocasiões, quando o pessoal pede, que a gente
transmite (tela) , geralmente, a Karine transmite algum jogo. E o
pessoal assiste, às vezes, fica comentando, dando risada, então, é bem legal
mesmo, um momento, realmente, de se conhecer, de descontrair. A gente
teve até casos de duas pessoas, que elas descobriram que eram aluno e
professor e nem sabiam que estavam na mesma empresa. Então, foi bem
legal, sabe? São coisas bem legais que a gente tem na guilda?
Vinicius: Hoje em dia, para a gente, é vital, em uma empresa de mais de mil
pessoas, a gente buscar mecanismos assim, de conectividade, que, na nossa
visão, a conectividade, ela é um proxy para a confiança, que é um proxy
para times de alta performance. E eu vejo muitos programas na DTI que são
feitos para integrações de forma, vamos falar assim, mais óbvia, tipo happy
hours, esse tipo de coisa que teve um (dificultador) muito grande
na pandemia, mas que, muitas vezes, não engloba todo mundo, tem
pessoas que simplesmente não querem, não é o tipo de conectividade que
eles querem fazer. E aí, eu vejo um espaço muito interessante quando, acho
que foi a Karine que procurou inicialmente para pedir um apoio para isso
aí, eu não sei se ela achou até estranho, porque, na largada, eu já me
coloquei totalmente à disposição porque, além de ser a diversão em si, eu
vejo, de fato, como uma ferramenta muito importante e, realmente, eu
acho que, o que acontece? Para algumas pessoas, se você cria, vamos
supor, a gente tem um milhão de coisas hoje na DTI para fomentar isso
porque isso é estratégico, de fato, então, é um (ferramental) que
a gente vai desenvolvendo de conectividade. Só que tem muita gente acha
estranho aquele negócio ali, tipo assim: “vamos colocar dois (esquadros)
para conversar”. A galera olha uma para a cara da outra: “e aí,
vamos falar de quê?”. Agora, quando você coloca um objetivo, alguma coisa
mais objetiva, mais concreta, as pessoas começam a falar um pouco sobre
aquilo ali de forma mais desinibida, principalmente alguns perfis, e acaba
que, eu gosto de falar que com o efeito colateral positivo, é a conexão.
Então, por isso que eu acho que é uma ferramenta bastante interessante, e
tem tudo a ver com o universo de várias personas que a gente tem na DTI,
que a gente brincou aqui de serem pessoas mais nerds, que gostam desse
tipo de coisa. É uma coisa que está meio que na natureza de várias pessoas
que estão na nossa área. Então, é uma ferramenta oblíqua muito
interessante. Eu queria complementar esse raciocínio aqui com uma
pergunta. Eu já estava com uma mentalidade assim, eu já encaro, eu
também já fui… ainda sou um pouco, mas hoje em dia, já é um pouco mais
difícil, mas é natural esse espaço de jogos para mim, eu brinquei aqui no
início, mas, de fato, eu joguei muitos anos, joguei Starcraft, não vou falar
que eu era bom, eu era razoável, Counterstrike também, eu era mais ou
menos ali, mas, como é que foi isso para algumas lideranças? Por mais que
nosso ambiente na DTI seja um ambiente típico, que esse tipo de coisa não
tem um tabu tão grande, mas eu imagino que algumas pessoas olharam
meio estranho. Como é que foi isso? Como é que vocês justificaram para as
lideranças para apoiarem vocês? Porque nossa estrutura é bastante
centralizada, então, ela requer um apoio ali na ponta de que determinada
coisa tem sentido de ser feita. Como é que foi o ceticismo em relação a isso?
Karine: Olha, primeiro, agradecer você por ter dado esse apoio para a gente
no início, que foi fundamental para exatamente isso aí que você está
falando, de quebrar um pouco essa visão, porque ter um líder que acredita
no que você está fazendo já faz com que as pessoas olhem de maneira
diferente para aquilo. Então, ajudou demais a gente no início, inclusive,
quando a gente foi conversar com algumas pessoas lá no inicinho da guilda
sobre as ideias, o que a gente queria fazer, algumas falaram assim: “talvez,
seja melhor você fazer só um grupo para ver se vai ter alguém que vai ter
interesse”. Mas, eu pensei: “mas, um grupo não vai atingir todo mundo,
porque pode ser que alguém que eu não vou chegar até essa pessoa para
poder chamar ela para vir jogar com a gente”. Então, eu precisava de
alguma plataforma, alguma coisa que atingisse a todos. E essas pessoas que
meio que falaram: “vai devagar” e tal, eu acredito que encaixam nesse
grupo que você estava falando, porém, essas pessoas mesmo já mudaram
muito a visão que eles têm depois de algumas coisas que a gente fez.
Inclusive, a liga que a gente fez a partir da sua ideia lá do início, quando a
gente teve uma conversa inicial, que você falou várias coisas que meio que
abriram nossa cabeça, porque a gente estava com uma visão, até então,
meio que limitada.
Vinicius: Na largada, eu dei umas ideias.
Karine: Deu, deu, sim. A gente estava com a visão muito limitada do que a
gente poderia fazer, até porque eu era nova de empresa, a Natália também
não tinha tanto tempo, a gente ficou assim: “vamos devagarzinho aqui,
devagarzinho”. Só que aí, quando o Vinição chegou, ele já falou assim: “não,
gente, vocês podem fazer isso, isso e isso, vocês têm meu apoio”. Meio que
deu um boom na nossa cabeça, e a gente começou a ter milhares de ideias:
“vamos fazer isso”, só que aí a gente queria abraçar o mundo, queria fazer
muita coisa, e a gente estava só com três administradores, a gente falou
assim: “vamos chamar mais gente para poder conseguir fazer tudo que a
gente está planejando”. E aí, a gente fez esse último campeonato, que a
gente já tinha feito dois, a gente fez um agora, o último, que foram três
modalidades de jogos diferentes, que a gente conseguiu atrair bastante
gente, foram mais de 150 pessoas, a gente teve mais 100 visualizações ao
vivo, na transmissão, e mil e 200 visualizações nos vídeos da Twitch. Então,
foi bastante gente, mais do que a gente esperava de visualização, então, eu
acredito que essas pessoas que tinham algumas dúvidas no início, hoje,
acho que mudou um pouco a cabeça delas.
Vinicius: É interessante isso que você falou dos números porque, hoje em
dia, todo dia (acho que a gente) conversa disso: “como você faz
para passar determinados símbolos, determinadas mensagens,
determinados princípios, determinadas coisas para as pessoas” e, em uma
estrutura do tamanho que a DTI está, ainda mais distribuída, isso é um
desafio enorme. Não adianta você ter a informação, o problema é como
que você faz a informação ser absorvida. E aí você imagina para quem é
meio cético, vamos supor, quem está ouvindo aqui, o gestor que é mais
cético, que coisas na empresa têm uma adesão desse tipo que você falou?
Pouquíssimas coisas. Dá até para contar nos dedos que coisas, é quase
como se fosse um espaço de… eu consigo transmitir outras ideias, fora tudo
que a gente falou da conectividade prévia.
Natália: Um ponto interessante também é que bem no início mesmo,
enquanto a gente estava reunindo pessoas, a gente percebeu que tinha
bastante gente realmente querendo essa ideia de jogo, mas todo mundo
ficava com essa mesma dúvida: “será que cabe no ambiente de empresa ter
uma guilda de jogo?”. Então, nos primeiros encontros, a gente já tinha
bastante pessoas animadas, gamers realmente animados para reunir e
jogar. Então, no início, a gente já teve esse feedback bem interessante.
M1: (Vou perguntar) para vocês o seguinte: como é que
começou, então? Como é que foi o (MVP) dessa guilda? Vocês
foram lá achando que talvez não tivesse jeito, aí o Vinição já veio com mais
250 ideias, que eu conheço a figura, aí vocês já começaram a pensar:
“nossa, o que nós vamos fazer?”. Como é que começou isso? Para a gente
depois pensar como é que evoluiu e tentar explicar um pouquinho melhor
como é que é a rotina, como é que o dia a dia dessa (guilda) .
Como é que começou, vocês têm essa lembrança? Deve ter sido marcante
esse começo, como é que fez para começar e sair da inércia?
Natália: Então, na verdade, não começou realmente na guilda. O que
acontece? Como a gente foi reunindo informações primeiro (da nossa
aliança) , a gente começou com um campeonato de Gartic na
aliança. Então, a gente teve esse campeonato para ver a adesão das
pessoas, a gente até teve uma premiação, eu não lembro agora qual que
era, mas a gente teve esse primeiro campeonato para ver quem realmente
estava interessado, os feedbacks, e depois a gente pegou esses resultados
para levar para a guilda o que seria interessante passar para lá.
M1: Então, começou como um experimento local?
Natália: Isso.
Vinicius: Só comentar que eu cheguei a tomar várias duras do pessoal da
(Round Lab) porque a Karine toda a hora me pedia as moedinhas
da Round para distribuir nos campeonatos. Comecei a ficar malvisto lá na
Round: “o que você tem aí, o pessoal da guilda de jogos tem algum (inint)
“.
M1: Eu estou por fora, os campeonatos, a premiação é moedinhas da
Round?
Karine: Isso. A gente pediu um patrocínio para o Vinição, que estava dando
um apoio, eu aproveitei. No início, a gente estava até meio que pensando
assim: “vamos guardar das moedas que a gente recebe mensal e vamos dar
de prêmio depois”. Só que aí, como o Vinição estava apoiando, pensei:
“vamos, vai que rola fazer algo maior”.
M1: Entendi, o Vinição deu as moedinhas para vocês distribuírem.
Karine: Sim. Aí foi a premiação mais como incentivo para o pessoal
participar. A partir disso aí, a gente começou. A ideia inicial era apenas
encontros, encontros semanais: “vamos escolher um jogo para jogar essa
semana”, algo bem leve mesmo, sabe? Sem muitas regras, nada desse tipo,
mais é só conversa. Tanto que, no início, a gente estava tendo as mesmas
pessoas sempre participando. As pessoas que foram no início, eu lembro,
era toda a semana as mesmas pessoas. Foi bem legal, a gente foi
construindo uma base, tanto que, a maioria dessas pessoas que foram no
início, a gente chamou para ajudar a gente como administradores depois,
que eram os mais fiéis, vamos dizer assim. E a partir daí a gente foi vendo
que, quando o pessoal entrava na DTI, principalmente os novatos, eles já
iam nos encontros da guilda, que a gente está tendo muito, inclusive, o
pessoal que entra e já vai no encontro e fala: “hoje é a minha primeira
semana na DTI”. Aí eu já achava superlegal porque, quando eu entrei, eu
queria que também tivesse além do onboarding, de tudo mais, algo assim,
descontraído, só para conversar, porque eu não conhecia ninguém, então,
eu acho uma maneira muito legal e descontraída de você conversar com
alguém, porque lá todo mundo é igual, você não tem essa barreira, talvez
um medo de conversar com uma pessoa de determinado cargo porque lá
todo mundo está jogando o jogo, você é igual a todo mundo no jogo.
Vinicius: É um peso menor, é mais leve, não é?
M1: É, todo mundo é gamer, quem está ali, e também tira essa identidade
até da tribo ou da aliança, porque, às vezes, o ser humano é muito
engraçado, às vezes, o cara fala: “não, aquele cara é de outra tribo, eu vou
lá conversar com ele”. Ali, é todo mundo jogando o jogo e pronto.
Interessante o que você falou do cara novo, e corrobora com o que o
Vinição disse aí, como é que é, um meio mais simples que tem que ser bem
explorado. Às vezes, você vai pedir para o cara que entrou fazer umas
atividades, ele vai achar forçado ou vai ficar constrangido, mas jogar um
jogo em um clima legal, ele vai lá e pronto, não é?
Vinicius: É, isso é bem interessante, até no que a gente já vem conversando,
a importância desse primeiro momento, ainda mais em um ambiente
remoto, eu fiquei pensando aqui até se a gente está aproveitando mal.
M1: É, eu vou te falar… quando você estava falando, eu pensei, cara, esse
onboarding aí, algumas vezes, tem que ter umas edições especiais de jogos
para quem entrou, sei lá. Fala, Vinição.
Vinicius: Não, é só perguntar, mais por curiosidade, não só para mim, para
os ouvintes, que a Natália falou, por exemplo, que ela talvez não seja o perfil
típico, talvez, alguns jogos ali, não sei se talvez do ecossistema mais
tradicional de jogos, mas que tipo de jogos que têm nesses campeonatos,
que vocês promovem nos encontros e tal? Imagino que tenha um certo
nível de diversidade para abranger vários públicos.
Karine: Sim. Então, a principal ideia da guilda era tentar englobar o máximo
de jogos diferentes, tanto que a gente adotou primeiro um sistema de
deixar meio que uma rotação de jogos, aí toda a semana a gente tinha um
jogo, e aí a gente tirava ele dessa rotação por duas semanas para que não
fosse repetido. Desde o início, a gente fez sempre por votação. A gente
deixava lá, abria a votação na segunda, o pessoal votava e aí decidia o jogo
pela maioria. Todos os jogos, na verdade, são de graça, são free, para todo
mundo poder participar, mas, lá no início, a gente tinha ideia de colocar
mais jogos de galera, jogos estilo Gartic, Gartic Phone, o Codenames, esses
jogos que eles chamam de party games, que são jogos de festa, que todo
mundo pode jogar, você não precisa ter um conhecimento prévio para
jogar. E aí que atingia o grupo que a Natália falou que se encaixa, que seriam
jogos mais leves e tudo mais. E aí, a gente começou a receber várias
sugestões das pessoas que já estavam participando da guilda ou que
queriam participar, que falaram que nunca entraram nos encontros porque
eram esses tipos de jogos e eles queriam jogos mais específicos, que aí
entra Valorant, League of Legends, o próprio CS, e aí a gente pensou:
“beleza, a gente não está pegando uma parte das pessoas que querem
esses jogos, então, vamos incluir esses jogos e tentar fazer um encontro
meio a meio”. Seria duas salas, e aí você vai para a que você se sentir mais
à vontade. E aí a gente fez por bastante tempo esses encontros com duas
modalidades, inclusive, os campeonatos que a gente fez, a gente fez
questão de colocar um jogo igual a gente teve de truco, que todo mundo
participa, a gente teve até um desafio de meio que fazer um truco online
que é meio diferente, porque o truco, você está lá no boteco, você dá um
grito, e não tinha muito como você fazer isso online.
Vinicius: É, o truco, não pode ficar mandando mensagem.
Karine: Então, exato. Aí a gente tinha esse desafio, mas aí a gente parte do
princípio da DTI, que é confiar em todo mundo. Então, essa foi uma das
coisas que a gente debateu muito entre os administradores, entre colocar
um jogo que a gente tem que confiar que a pessoa não vai roubar, não vai
tirar vantagem desse fator. Mas, a gente não teve problema nenhum,
Codenames também era um jogo que a gente colocou que o pessoal não
conhecia, não é um jogo famoso, e mesmo assim, a gente teve bastante
inscrição no campeonato, o pessoal jogou e gostou demais. E são jogos que
unem muito as pessoas porque você tem que trabalhar com o seu time para
poder tentar acertar e ganhar o prêmio. Inclusive, as pessoas que
participaram, a gente colocou uma opção que seria você entrar sem ter um
grupo feito, um grupo pronto. Por quê? Você acabou de entrar na DTI, você
não conhece ninguém, como que você vai montar um time? Às vezes, você
tem vergonha de chegar para o seu squad e falar: “pessoal, vamos participar
lá”, ou então o pessoal talvez não goste de jogo e tal, então, a gente acha
interessante colocar essa opção exatamente para isso, para pegar essas
pessoas que não conhecem ninguém, ou então que apenas não conhece
ninguém que goste de jogar, e aí a gente formou grupos com esse pessoal.
E o interessante foi que, nos dois campeonatos que a gente teve, os grupos
que ganharam foram os grupos montados aleatoriamente, e o pessoal
falou: “a gente continuou jogando depois que já tinha acabado o
campeonato”, até o próprio campeonato de CS, o pessoal continuou
jogando várias vezes, falaram que voltaram a jogar porque antes não
estavam jogando porque não tinha ninguém que conhecia que jogava.
Então, foi muito legal esse feedback.
M1: Montar os grupos aleatórios é uma boa até para você conhecer gente
nova mesmo, se não, acaba repetindo o mesmo grupinho. Isso que eu
queria ver de vocês duas. Vocês têm histórias de pessoas que vocês
conheceram, que vocês não conheciam mesmo e que, a partir daí, sei lá,
até se sente mais à vontade para pedir ajuda, entendeu? Deu um efeito
mesmo de melhorar essas conexões, essa confiança, ou isso é tudo papo?
Karine: Não, vou te dar um exemplo, aqui, perfeito, então. Quando
começou lá no inicinho, o Marcelo Rocha, eu não sei se você conhece, é um
arquiteto, hoje eu acho que é da (Origamid) , se não me engano,
ele era uma das pessoas que participaram lá no inicinho da guilda, e a gente
ficou conversando demais, o pessoal lá do início, a gente conversava fora
dos horários, a guilda também jogava jogos fora do encontro, então, a
gente ficou muito amigo. E a partir dessa amizade, conversando, conversa
fiada e bate papo, aí eu comentei com ele, nossa, eu estava com muito
interesse em me aprofundar mais na área no back-end, da arquitetura, que
eu acho muito interessante, tenho muita vontade de seguir, e ele falou: “eu
sou arquiteto, eu posso te ajudar com isso”, e aí surgiu a nossa mentoria.
Só que, como na época, eu era estagiária, eu falei assim: “deixa por baixo
dos panos, você vai me ensinando aqui”, a gente (começou) um
projetinho e tudo mais, e aí, depois, acabou virando uma mentoria mesmo
no programa de mentoria. Aí ele entrou no meu círculo de amizade, e a
gente jogando, e mês passado foi aniversário dele, aí eu e meu marido
fomos aí para BH para poder comemorar junto com ele e com os outros
administradores da guilda, então, a gente foi lá conhecer eles
pessoalmente.
Vinicius: Fantástico isso aí.
M1: Muito. E você, Natália, tem alguma história dessas?
Natália: Eu tenho. A guilda, a gente sempre está disposto a ter mais
sugestões, então, a gente não fica assim sempre fechado aos nossos
encontros. Tanto que teve uma época lá da nossa aliança do administrativo,
o Diego, ele sugeriu que a gente fizesse o Cartola. Então, o Cartola, ele
surgiu um tempo na guilda e ele era bem interessante, que ele abrangia
ainda um outro nicho de pessoas que não queriam jogar, não tinham
interesse nenhum de jogo, mas gostavam de futebol. Então, tinha muitas
pessoas que nem participavam da guilda, mas estavam lá no Cartola,
inclusive, do meu próprio squad. Então, às vezes, antes da (daily)
mesmo começar, a gente tinha um momento de descontração: “e aí, como
é que está? E o Cartola, lanterninha”. Então, tinha muito essas brincadeiras
para um momento da guilda que a gente nem estava em um encontro, mas
estava lá presente, como um momento para a gente descontrair.
M1: É interessante esse ponto que você colocou. Ele gera, naturalmente,
que a gente fica fomentando quebra-gelos para tentar criar esse clima de
as pessoas terem assunto. Aí você tem o assunto…
Natália: Sim, tem o assunto.
M1: …aquele assuntinho para conversar espontaneamente. E dessa forma
natural é muito melhor. É o que eu falei de ser oblíquo, porque é uma coisa
que a gente repete muito aqui, você não pode ter uma meta de confiança,
uma meta de conectividade, fica um negócio completamente artificial. Já
pensou, você tem que confiar em fulano? Não é assim. Você confia em
fulano no dia que você conhece essa pessoa, conversa com ela, e aí vai se
aproximando, e aí você fica à vontade para ligar, para pedir ajuda. Pessoal,
queria lembrar a todos que estão nos ouvindo que os episódios de Os
Agilistas também estão disponíveis no YouTube. Lá, você assiste esse e
outros episódios, além de ter acesso ao conteúdo de nosso podcast de
forma visual. Além de nos ouvir, agora você pode nos assistir. É só procurar
Os Agilistas, se inscrever e ativar as notificações para receber nosso
conteúdo em primeira mão. Então, tem que ser de uma forma mais natural,
não é?
Vinicius: (Vou colocar) um outro assunto aqui que tem relação,
mas aí com uma outra dimensão que é de ferramenta. Uma coisa que eu
acho bastante interessante, mas eu não sei se faz total sentido, vocês me
corrijam se for o caso, mas me parece que tem muita coisa que, na verdade,
esse universo de game, ele quase que antecipou, antecipa e antecipou
algumas coisas que foram aceleradas pela pandemia. Então, tem muito
conhecimento que, para mim, vem desse tipo de ambiente, e que é um
ambiente que, igual eu falei antes, tem muita e muita gente na minha
história de profissão, que eu sempre trabalhei nessa área, é que é como se
fosse coisas afins, são coisas que a galera que gosta de jogos tende a gostar
um pouco. Claro que não é uma coisa exata, mas é um ecossistema ali que
está muito próximo, da galera de TI com a galera de jogos. E aí, por exemplo,
o pessoal de jogos, desde a época que eu ia em lan house, aqueles negócios
e tal, já sabia, já tinha inventado coisas para trabalhar de forma conjunta,
colaborativa, remota, entendeu? Então, você vê que isso é tão verdade que
eu vejo…
M1: Discord, esses negócios aí que você está falando, não é?
Vinicius: É, até coisas, vamos supor, modelo de fone que é melhor, sabe?
Muitos dos melhores fones que você vai ver, não é só melhor, é porque ele
é bom para esse tipo de coisa, ele tem um bom balanço em termos, às
vezes, de durabilidade de bateria até, sei lá, você conseguir falar com outras
pessoas falando junto. É um ecossistema que prolifera coisas que têm muita
utilidade no jeito que a gente está trabalhando atualmente, desde, igual
você falou, o Discord, até uma série de coisas. É como se fosse um meio que
existiu antes, sabe? Que algumas coisas já foram testadas antes. Faz sentido
isso que eu estou colocando aqui? O que vocês colocariam sobre esse tipo
de coisa?
Karine: Eu acho que faz total sentido. Inclusive, você está comentando de
coisas que a gente usava antes, tinha o Team Speak também, (eu comentei)
de Discord lá, antigamente, era o Team Speak, que era mais leve
para os computadores. E o engraçado, você comentou, me fez lembrar de
um comentário da (Debs) , que é uma das nossas designers da
administração, da tribo, que ela comentou: “gente, quando eu cheguei na
DTI, que eu vi a guilda gamer, eu me senti abraçada. Por quê? Por causa do
linguajar”. Porque, querendo ou não, nesse universo de jogos, a gente tem
um linguajar, tem várias palavras que a gente fala que, às vezes, não faz
sentido você colocar em uma conversa, mas, no jogo, igual eu comentei de
guilda, guilda é algo que você vê em todo jogo, praticamente. Então, tem
um linguajar específico de jogos, e, às vezes, até a Natália sabe disso, que,
às vezes, a gente fala, (e o Lelo) ficava meio perdido: “gente, o
que é isso?”. E aí, a (Debs) falou: “gente, eu me senti abraçada
porque, só de poder conversar do jeito que eu já conversava antes, já foi
ótimo”. E ela acha demais.
M1: Isso é interessante, já chega em um ambiente que é familiar, a pessoa…
Karine: Exato, exato.
M1: …já chega em um ambiente, e aí fica mais à vontade. Então, a gente
está caminhando para o final. E vocês estão enxergando alguma coisa para
o futuro, diferente? Vocês estão com algum plano de alguma coisa
diferente? Como é que evolui a guilda, ou é mais continuar no ritmo que
está?
Karine: Olha, a gente está com um campeonato, vou fazer até uma
propagandazinha aí do campeonato de Valorant, que a gente já abriu as
inscrições, foi até hoje, e a gente está reunindo vários (KTs) , a
gente já teve alguns KTs da área de jogos mesmo, que ninguém nunca
pensou, eu acho, que seria um KT, mas a gente fez, e a gente está com umas
ideias para a área de desenvolvimento de jogos mesmo, tem algumas ideias
nessa área, e mais os campeonatos, que o pessoal tem curtido demais e
tem pedido cada vez mais.
Vinicius: Vamos trabalhar aí para o recrutamento. Conto com vocês, que eu
acho que é uma excelente ferramenta de comunidade que tem afinidade
com o tipo de profissional que a gente precisa. Acho que é interessante
também explorar um pouco isso.
M1: Eu estou vendo o canal também no YouTube, o pessoal reagindo aos
campeonatos. Eu não entendo nada disso, eu só vejo os meus meninos aqui
assistindo youtuber jogando Minecraft, etc., às vezes, vai acontecer isso
com os nossos campeonatos.
Natália: A gente já teve transmissão na Twitch, foi bem legal, o pessoal
respondia ao vivo e assistia e comentava, bem legal. A gente também tem,
às vezes, cross com a guilda de segurança, a guilda poliglota. Teve, inclusive,
um dos nossos últimos KTs, acho que foi o último, foi sobre segurança
mesmo. Aí, ele mostrava um jogo específico, Watch Dogs, ele foi passando
pontos do jogo explicando qual era a relação do jogo com segurança, foi
bem dinâmico, bem legal e dentro, um cross, realmente, da guilda gamer
com a guilda de segurança. Então, foi bem legal mesmo.
M1: Até eu estou ficando empolgado. Pena que eu não jogo nada, então,
eu não vou entender nada. Essa linguagem que vocês disseram aí, eu vou
chegar lá, vou ficar…
Natália: Aí que está, não precisa jogar, a gente sempre tem um canto para
quem não é gamer.
M1: Tem jeito de fazer jogos para fomentar acesso a conceitos? Tipo usar
(esse) de desenhos para poder falar dos princípios, coisas desse
tipo? E tem graça fazer isso? Ou o pessoal vai falar: “que (chatura)
“?
Vinicius: Eu sugeri isso como próximos passos porque eu acho que tem um
potencial muito grande aí para você assimilar o conhecimento, porque a
gente tem muita informação. É o desafio que eu falei lá no início, as
informações proliferam, na DTI, é muita informação sendo criada, mas não
significa que o nível de absorção é alto. Eu acho que, talvez com o game, eu
acho que não tem nada que eu acho que é mais poderoso para poder fazer
isso.
Natália: Sim. O pessoal direto chama a gente dentro da aliança, às vezes,
festa da aliança, halloween, (às vezes) , ritos mais internos que
envolvem jogos para a gente participar. E, às vezes, até de forma natural, a
gente acaba envolvendo alguma coisa. Tem até esse jogo específico, o
Codenames, que ele é um jogo que você tem que dar umas pistas para a
pessoa adivinhar palavras específicas, tanto que, em algum momento, o
pessoal deu uma dica que era de um squad específico, que ele trabalhava
com uma construtora, aí ele deu uma dica, o pessoal foi todo linkando em
relação à squad deles. Então, foi bem interessante. Então, com esse tipo de
abordagem, dá, sim, para colocar também princípios de forma bem natural.
Vinicius: Estou falando aqui, na verdade, eu estou lembrando aqui, várias
(RDNs) – várias reuniões de tribo, para o ouvinte não ficar
perdido – mas, o pessoal comenta muito, por exemplo, de usar o Kahoot,
que eu acho que surgiu um pouco, talvez, com a influência da… que ele faz
tipo uma trívia, uns quiz, alguma coisa do tipo, e eu já vejo o pessoal usando
bastante. Talvez, a gente tenha que (inint) para sofisticar isso
muito mais ainda.
Karine: A gente teve até um exemplo que a gente usou na nossa aliança, a
Natália comentou, meio que a guilda virou um símbolo de jogos. Tudo, hoje
em dia, que tem relacionado a jogos, o pessoal vem atrás da gente para
tentar ajudar de alguma forma. E aí, essa festa da aliança, a gente é até
vereadora lá na nossa aliança, a gente deu a ideia lá de fazer várias salinhas
dentro do Discord, que é bem simples de fazer isso e é uma ferramenta
maravilhosa, várias salinhas com jogos diferentes. E aí, o que aconteceu? A
gente dividiu algumas pessoas para meio que serem os facilitadores desses
jogos, e aí a pessoa decidia, ela entrava lá na festa da aliança e falava:
“agora, eu quero jogar um Gartic”. E aí, ele ia lá, entrava na salinha de
Gartic, jogava uma partida, depois que ele acabava, ele falava: “agora, eu
quero ir para um Codenames”, ou para alguma outra coisa. Então, a pessoa
tinha essa liberdade, e foi bem bacana porque foi algo solto, você tinha total
liberdade para fazer o que você quisesse e, ao mesmo tempo, você estava
ali conversando com pessoas novas. A gente mesmo conheceu várias
pessoas lá, dentro da nossa aliança mesmo, que a gente não conhecia.
Então, eu vejo que tem muito potencial isso. Até as pessoas que não jogam,
principalmente as que não jogam, a gente queria chamar elas para a guilda
porque também tem lugar para você lá. Não é porque é uma guilda gamer
que você precisa conhecer de jogos.
M1: Bacana demais, gente. Infelizmente, estamos chegando ao final, o
tempo passa rápido. Achei a conversa muito legal, e demonstra claramente
como é que a gente pode ter uma ação oblíqua e que tem um resultado
muito bom, porque ela, naturalmente, chama as pessoas, igual vocês
comentaram. É uma coisa que eu sempre brinco, e além de tudo, é
divertido, é muito divertido. Isso é importante. E essa diversão, ela cria uma
liga natural, talvez mais forte do que 500 mil ações que alguém pudesse
tentar. Karine, Natália, muito obrigado, espero que mais para frente vocês
voltem para contar as novas experiências que a gente tem.
Vinicius: Valeu, pessoal.
Natália: Pode deixar, obrigada pelo convite, gente.
Karine: Obrigada pelo convite.