: :
os agilistas

ENZIMAS #125 – Seja ineficiente!

ENZIMAS #125 – Seja ineficiente!

os agilistas
: :
M1: Bom dia, boa tarde, boa noite. Este é mais um episódio de Enzimas:
breves reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua organização.
M2: Pessoal, hoje eu gostaria de falar sobre algo que é bem paradoxal. O
tema é que a gente precisa ter um certo nível de ineficiência. Quando falo
de certo nível, não digo uma pequena dose. É uma dose bem razoável de
ineficiência quando você está lidando com o convencimento de pessoas,
com mudança cultural, mudança de comportamento, aplicação de novas
práticas. Por quê? Está na nossa natureza sermos, de certa forma, céticos.
E quando você precisa ser convencido, ou é necessário que seja convencido
que um determinado tipo de prática é melhor do que o que você já está
fazendo, está na nossa natureza sermos bastante céticos em relação a isso.
Então se alguém chega e te fala, por exemplo: “use essa metodologia”, ou:
“use essa prática”, principalmente quando está relacionado aos comos e
não aos porquês, a gente tende a ser bastante cético. Eu vejo vários
exemplos aqui na (DTI). As vezes quando vejo um time, uma
pessoa que quer definir uma nova prática; ou até (as nossas) estruturas, os (chapters)] entendem que uma nova prática de
operações, por exemplo, uma forma de testar software, ou uma forma de
organizar o backlog, eles estão extremamente convencidos daquilo e das
suas vantagens. O problema é que não adianta querer ser eficiente em um
cenário desse. O que eu quero dizer com “ser eficiente”? Você chegar e
meio que impor, ser até meio professoral: “faça isso. Assim vai dar certo”,
e pronto. A gente é muito cético. Está na nossa natureza. É claro que se for
falar uma coisa que você já acredita, a adoção é fácil. Mas em muitos
cenários a adoção é extremamente complexa, o que implica que você
precisa quase que vivenciar o processo de convencimento com alguns
exemplos práticos, com algumas dinâmicas, e fazendo a pessoa percorrer o
caminho de entender por que aquilo ali é melhor do que outra coisa. Por
exemplo, aqui na DTI temos o que chamamos de (Operation Canvas), que é um Canvas de operações com as melhores práticas que
um time deveria seguir. Muitas vezes, mesmo se o líder já tem uma
convicção muito forte de que determinado tipo de Canvas é importante e
ele tem quase certeza de que o resultado final, se for construído junto com
o time, será um Canvas com… vamos supor: quatro seções – tem muito
mais do que isso, mas vamos supor que tenha quatro seções e que o
preenchimento deveria ser com A, B, C e D. É importante que ele viva o
processo de construção junto com o time, é importante que ele vá
perguntando. Por exemplo, na parte de acompanhamento de progresso,
em que ele está convencido que deveria ser utilizado um (burndown), é muito mais efetivo se você vive o processo de construir com o
time e deixar o time definir como ele vai cumprir aquela intenção ali de
acompanhamento de convergência, que poderia ser um burnup, um gráfico
(inint), alguma coisa assim. Que o time chegue à conclusão,
baseado em algumas influências que a liderança faz. Essa forma é muito
mais efetiva. Se você faz uma sessão ali com o time, se você faz algumas
influências ali para o time e o time diz: “aqui realmente é melhor utilizar um
burndown”, esse processo como um todo é bastante ineficiente. Porque
você olha de fora e fala: “não é possível que vou ter que discutir isso aqui.
Eu tenho certeza de que deveria ser utilizado um burndown. Para que vou
ficar fazendo todo esse processo de convencimento?”. O ponto é: é muito
mais efetivo no final das contas. É muito mais efetivo, por exemplo, você
explicar os porquês das coisas para as pessoas, as intenções por trás. Nesse
caso, por exemplo: é difícil de alguém discordar que precisa ter alguma
ferramenta para o acompanhamento do progresso do time. É difícil alguém
discordar, por exemplo, que precisa haver testes para uma solução. Agora,
como aquilo ali será executado precisa ser definido pelo time, mesmo que
a liderança meio que já saiba qual é a melhor prática. Claro que tem
exceções para o que estou falando. Se você está em um cenário de crise,
pode acabar fazendo intervenções mais fortes. Mas, normalmente é mais
efetivo se você for por um caminho que é muito mais ineficiente. E aí está
o paradoxo. É isso por hoje. Valeu, pessoal.
M1: Bom dia, boa tarde, boa noite. Este é mais um episódio de Enzimas:
breves reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua organização.
M2: Pessoal, hoje eu gostaria de falar sobre algo que é bem paradoxal. O
tema é que a gente precisa ter um certo nível de ineficiência. Quando falo
de certo nível, não digo uma pequena dose. É uma dose bem razoável de
ineficiência quando você está lidando com o convencimento de pessoas,
com mudança cultural, mudança de comportamento, aplicação de novas
práticas. Por quê? Está na nossa natureza sermos, de certa forma, céticos.
E quando você precisa ser convencido, ou é necessário que seja convencido
que um determinado tipo de prática é melhor do que o que você já está
fazendo, está na nossa natureza sermos bastante céticos em relação a isso.
Então se alguém chega e te fala, por exemplo: “use essa metodologia”, ou:
“use essa prática”, principalmente quando está relacionado aos comos e
não aos porquês, a gente tende a ser bastante cético. Eu vejo vários
exemplos aqui na (DTI). As vezes quando vejo um time, uma
pessoa que quer definir uma nova prática; ou até (as nossas) estruturas, os (chapters)] entendem que uma nova prática de
operações, por exemplo, uma forma de testar software, ou uma forma de
organizar o backlog, eles estão extremamente convencidos daquilo e das
suas vantagens. O problema é que não adianta querer ser eficiente em um
cenário desse. O que eu quero dizer com “ser eficiente”? Você chegar e
meio que impor, ser até meio professoral: “faça isso. Assim vai dar certo”,
e pronto. A gente é muito cético. Está na nossa natureza. É claro que se for
falar uma coisa que você já acredita, a adoção é fácil. Mas em muitos
cenários a adoção é extremamente complexa, o que implica que você
precisa quase que vivenciar o processo de convencimento com alguns
exemplos práticos, com algumas dinâmicas, e fazendo a pessoa percorrer o
caminho de entender por que aquilo ali é melhor do que outra coisa. Por
exemplo, aqui na DTI temos o que chamamos de (Operation Canvas), que é um Canvas de operações com as melhores práticas que
um time deveria seguir. Muitas vezes, mesmo se o líder já tem uma
convicção muito forte de que determinado tipo de Canvas é importante e
ele tem quase certeza de que o resultado final, se for construído junto com
o time, será um Canvas com… vamos supor: quatro seções – tem muito
mais do que isso, mas vamos supor que tenha quatro seções e que o
preenchimento deveria ser com A, B, C e D. É importante que ele viva o
processo de construção junto com o time, é importante que ele vá
perguntando. Por exemplo, na parte de acompanhamento de progresso,
em que ele está convencido que deveria ser utilizado um (burndown), é muito mais efetivo se você vive o processo de construir com o
time e deixar o time definir como ele vai cumprir aquela intenção ali de
acompanhamento de convergência, que poderia ser um burnup, um gráfico
(inint), alguma coisa assim. Que o time chegue à conclusão,
baseado em algumas influências que a liderança faz. Essa forma é muito
mais efetiva. Se você faz uma sessão ali com o time, se você faz algumas
influências ali para o time e o time diz: “aqui realmente é melhor utilizar um
burndown”, esse processo como um todo é bastante ineficiente. Porque
você olha de fora e fala: “não é possível que vou ter que discutir isso aqui.
Eu tenho certeza de que deveria ser utilizado um burndown. Para que vou
ficar fazendo todo esse processo de convencimento?”. O ponto é: é muito
mais efetivo no final das contas. É muito mais efetivo, por exemplo, você
explicar os porquês das coisas para as pessoas, as intenções por trás. Nesse
caso, por exemplo: é difícil de alguém discordar que precisa ter alguma
ferramenta para o acompanhamento do progresso do time. É difícil alguém
discordar, por exemplo, que precisa haver testes para uma solução. Agora,
como aquilo ali será executado precisa ser definido pelo time, mesmo que
a liderança meio que já saiba qual é a melhor prática. Claro que tem
exceções para o que estou falando. Se você está em um cenário de crise,
pode acabar fazendo intervenções mais fortes. Mas, normalmente é mais
efetivo se você for por um caminho que é muito mais ineficiente. E aí está
o paradoxo. É isso por hoje. Valeu, pessoal.

Descrição

Fazer certo as coisas ou fazer as coisas certas? Nesse episódio conversamos sobre a necessidade de ser ineficiente em alguns momentos para que que as mudanças a adaptações aconteçam de forma eficaz. Para saber mais acompanhe o Enzimas de hoje! Disponível também no Youtube Insta: @osagilistas YT: youtube.com/osagilistas