Marcelo: Bom dia, boa tarde, boa noite. Este é mais um episódio de
Enzimas: breves reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua
organização.
Marcela: Olá, pessoal. Tudo bem? Sou a Marcela, líder do marketing aqui
na DTI. Hoje eu vim falar um pouquinho sobre uma frase que falamos as
vezes e que eu refleti um pouco em cima, e queria dividir com vocês. Dê
espaço aos seus times. Acho que essa frase tem total conexão com dois dos
nossos princípios, que são: um ambiente de adulto; e, partimos da
confiança. Agora vou explicar um pouquinho porque isso. Nosso modelo de
liderança aqui na DTI é de liderança transformacional, que parte do
pressuposto que estamos trabalhando com adultos, com pessoas que
querem fazer o melhor. A gente é People Positive. Então a liderança atua
muito mais em inspirar, motivar, discutir alguns caminhos possíveis e ter
uma conexão profunda com a equipe, para que juntos a gente descubra
como gerar mais valor. Que é o completo contrário de uma liderança mais
clássica, ou (transacional), que parte de comando e controle,
onde o líder micro gerencia a execução e define exatamente como as
pessoas têm que atuar; que trabalha na supervisão daquilo. Essa é uma
liderança que encaixota, coloca as pessoas dentro de uma caixinha e elas
só podem atuar daquele jeito. Isso acaba inibindo a criatividade e a
experimentação. Isso é antiágil e anti-inovação também. É completamente
diferente do que a gente acredita. Se as pessoas trabalham com diretrizes
muito fechadas, elas têm medo de errar. Então, elas não testam, não
experimentam. E eu, enquanto líder, me sinto muito privilegiada de poder
trabalhar com essa liderança transformacional, de não ter que ser aquela
pessoa que sabe tudo. Eu divido com a minha equipe e, juntos, vamos
chegar no melhor caminho. E eu conto com pessoas que têm perfis
cognitivos diferentes do meu, especialidades diferentes da minha e que vão
me ajudar inclusive a gerar mais valor. Fazendo um paralelo com a
maternidade, recentemente explodiu o (Montessori), em que a
gente começa a trabalhar com as crianças pequenininhas já deixando um
quarto aberto ao invés de ficar no berço para que ela possa explorar aquele
quarto, para que ela possa conhecer os limites. É a mesma lógica:
trabalharmos com espaço para as pessoas explorarem; para elas mesmas
conhecerem os limites; para que elas ativem a potencialidade delas e
saibam trabalhar os pontos fracos da melhor maneira. A gente cria crianças
para serem adultos autônomos. Então, dentro do nosso espaço de trabalho,
do meio corporativo, temos que confiar que são autônomos, capazes de
tomar boas decisões. E que a gente enquanto time (se suporte e se apoie).
Eu gosto muito de trabalhar assim e queria dividir com vocês.
Espero que tenha sido legal a reflexão. Até mais.