M1: Bom dia, boa tarde e boa noite. Esse é mais um episódio de Enzimas.
Breves reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua organização.
Renan Teixeira: Meu nome é Renan Teixeira. Eu sou designer de produto
aqui na DTI Digital e hoje eu estou aqui no Enzimas para poder falar um
pouco sobre transição de carreira. Eu vou falar rapidinho aqui do meu
background. Eu sou designer de produto hoje, mas eu sou formado em
ciência da computação. Eu fiz essa migração, essa mudança de carreira no
final do meu curso, quando eu comecei a conhecer um pouco mais sobre a
parte de design, que tinha como conciliar a parte de design com a parte de
computação. Desde então eu comecei a estudar um pouco mais sobre, me
inteirar um pouco mais da área, que é uma área que desde criança eu tenho
muito interesse. Eu sempre tive um pouco mais dessa veia criativa, só que
acabava que desde quando eu era criança eu não conseguia encontrar uma
oportunidade de conseguir conciliar esse gosto com a minha carreira. Como
desde pequeno eu sempre também tive muita familiaridade com
tecnologia, eu fiz curso técnico no ensino médio de informática, eu fiz o
meu curso superior na parte de computação, eu sempre tive esse desejo de
aliar o conhecimento criativo da parte de design com a parte de tecnologia.
No final do meu curso, quando eu comecei a fazer uma iniciação científica,
eu conheci a área de interação humano-computador, que é essa parte que
promove um pouco mais as interações do usuário com o sistema, que
estuda e aprofunda mais nessa parte. E que é mais voltada para esse estudo
da interação do ser humano com o que a gente desenvolve. Desde quando
eu finalizei o meu curso, eu estudei um pouco mais sobre essa área,
participei de muitos eventos, conheci várias pessoas da área, para poder
conseguir ter essa oportunidade de atuar na área de design de produto. E
cá estou eu até hoje trabalhando nessa parte, nessa carreira. E aqui eu
gostaria de aproveitar esse tempinho para poder dividir com vocês aqui
essa experiência, que provavelmente você deve estar passando por essa
transição de carreira também. Eu queria passar algumas dicas, algumas
coisas que funcionaram para mim e que me motivaram a continuar
perseguindo essa mudança que está refletindo em um resultado ótimo para
mim até hoje. O primeiro ponto que eu queria compartilhar com vocês é
que nós temos que aprender muito com os nossos erros. Na vida, desde
quando a gente é mais novo, tem uma idade muito tenra, a gente já tem
que fazer uma escolha muito difícil. Aqui um exemplo é essa escolha do que
a gente vai dedicar a nossa carreira, o que a gente vai trabalhar para o resto
da nossa vida, vamos falar assim. Só que como a gente é muito novo, a
gente ainda está se encontrando, se conhecendo muito, não só no
mercado, mas também na vida, a gente pode fazer muita escolha que seja
errada. E isso pode ser visto de uma maneira pejorativa pelas pessoas. Só
que isso nem sempre é tão ruim porque com os erros é que a gente
consegue se identificar, a gente consegue se encontrar, consegue se
conhecer melhor. Prefira a tentativa ao erro do que a inércia em qualquer
caso, principalmente nessa parte aqui da transição. A segunda parte, a
segunda dica que eu passo para vocês é a questão de praticar o
autoconhecimento, que também está bem alinhado com o que eu acabei
de falar. Entenda as suas forças, entenda as suas fraquezas, defina as suas
limitações, se arrisque, descanse, se dar esse tempo de conseguir respirar.
Se precisar também, procure alguma ajuda profissional, medite, faça
terapia. Enfim, se encontre para você conseguir fazer uma decisão mais
assertiva com o que você realmente quer, com quem você realmente
deseja. Isso é importante sempre de estar sendo praticado, pessoal. Uma
outra dica também que eu dou é unir o útil ao agradável. Porque às vezes
quando a gente vai fazer essa escolha de carreira, fazer essa transição, a
gente foca mais no que vai dar um retorno financeiro melhor para a gente
do que focar no que a gente realmente gosta. Ou vice-versa, você pode ter
feito essa escolha antes. Focar em algo que dá mais dinheiro antes para
depois focar no que você realmente gosta. A minha dica é: foque no que
você gosta porque é aquilo ali que vai te motivar a levantar todo o dia para
poder encarar os desafios do trabalho. Dinheiro é bom, gente, mas ser feliz
é melhor ainda. E falando sobre isso também, tem uma frase que eu gosto
muito de mencionar quando eu falo dessa parte de unir o útil ao agradável,
que é o seguinte. A verdadeira motivação vem da realização, do
desenvolvimento pessoal, da satisfação do trabalho e no reconhecimento.
Outro ponto é sobre como lidar com essa parte da síndrome do impostor.
Ao invés de a gente se cobrar pelo sucesso dos outros, a gente vê, por
exemplo: “Ah, tem um amigo meu que está trabalhando em uma empresa
muito grande, que é uma empresa muito legal e eu estou aqui nesse
emprego que não me agrada tanto, que eu não vejo tanta perspectiva de
crescimento”. Usa o crescimento do seu amigo como forma de inspiração
para você também crescer. Entendeu? Se inspire no sucesso das pessoas e
almeje também o seu sucesso a partir do delas. E não fique chateado ou
chateada por você não ter conseguido o seu objetivo logo de cara. Cada
coisa no seu tempo. Outro ponto que eu queria falar também é sobre você
buscar conhecimento sempre. Invista nos seus estudos, participe de
eventos, palestras, cursos, faça conexões de pessoas da área que você está
querendo fazer essa mudança e se inteire sobre tudo. Quando você está no
início dessa transição, quanto maior for o seu repertório, mais
oportunidades vão surgir para você. E quanto mais coisas você aprende,
mais seguro você fica. Só que quando a gente fala dessa questão de
segurança, a gente pode ficar pensando assim: “eu estou esperando o
momento certo para poder aceitar a oportunidade de que a empresa X me
passou”. O momento certo é quando a oportunidade surge. Não tenha
medo de se arriscar. Quando tiver a oportunidade, persiga ela e invista nela.
E por último, mas não menos importante, é falar sobre as preferências que
o mercado tem hoje. Então o mercado hoje busca por pessoas que são
criativas, são receptivas, a questão de feedback, opiniões e críticas. Pessoas
que promovam um ambiente colaborativo no trabalho, que é aquele
ambiente amigável, que todas as pessoas conseguem se relacionar bem. E
pessoas que não sejam adversas as mudanças. Seja um profissional
maleável para poder você conseguir se encaixar no contexto que você
deseja. Beleza, pessoal? Essas são algumas das dicas que eu queria passar
para vocês. Obrigado a todo mundo que acompanhou aqui até agora e a
gente se fala. Até a próxima.