Marcelo Szuster: Bom dia, boa tarde, boa noite, este é mais um episódio de
Enzimas, breves reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua
organização.
Enock: Meu nome é Enock, eu sou product manager aqui no DTI e hoje eu
vim falar aqui com vocês um pouquinho mais sobre o roadmap. Roadmap é
uma ferramenta muito utilizada para comunicação e disseminação de visão
de produto. É muito comum quando a gente está lidando com produtos
digitais a gente lidar com expectativas dos diversos stakeholders, e o
roadmap é uma ótima ferramenta para conseguir demonstrar progresso do
andamento desse produto e ajudar a controlar um pouco dessas
expectativas. Ele também é muito útil para ajudar a traçar uma visão
compartilhada com o time, então o roadmap traz uma visão estratégica do
negócio, de o que o negócio está buscando de fato, uma visão um pouco
mais operacional, então em ciclos curtos o que o time está buscando
enquanto resultado, e uma visão um pouco mais tática, que aí a gente já
pode trazer e traduzir como astarefasqueotimevaidesempenharpara
alcançar aquele resultado. De modo geral, um bom roadmap é composto
por essas três variáveis e essas três camadas. Na camada estratégica,
normalmente é muito comum a gente utilizar North Star Metric, que seria
a principal métrica, a métrica indicadora ou a métrica chave que sinaliza o
sucesso do negócio. Por exemplo, o Spotify utiliza como North Star Metric
a quantidade de minutos ouvidos. Isso significa que quantos mais minutos
as pessoas gastam no Spotify ouvindo música, mais interessante significa
que o produto deles está sendo, mais lucrativo, maior está sendo
engajamento. E para dar suporte para essa North Star Metric, é muito
comum as empresas inclusive atribuírem KPIs, que são o quê? Métricas de
performance, onde elas conseguem comparando, não só o resultado
principal que elas querem alcançar, mas como está sendo a performance
frente àquilo. Então por exemplo, se o meu objetivo é aumentar o número
de minutos que estão sendo ouvidos, eu posso estar conseguindo isso, mas
em contrapartida eu posso estar gastando muito para conseguir adquirir
um novo cliente. O KPI serve muito para balancear isso, então uma vez que
eu tenho um KPI, eu consigo acompanhar a performance da minha
estratégia frente a alcançar aquele objetivo que eu quero. Em um segundo
momento, em uma segunda camada, a gente tem uma camada mais
operacional. O que seria essa camada operacional? Uma camada que já está
muito direcionada ao time de produto, então é como o time de produto vai
tangibilizar essa estratégia. Então é muito comum nessa camada
operacional a gente lidar com OKRs; seriam o quê? Objetivos de curto
prazo, digamos assim, para um seguro de até três meses, com métricas e
resultados esperados ali que são mensuráveis dentro desse ciclo. E, em uma
camada mais tática, que já é total pensando em desenvolvimento e na
entrega dessa estratégia e da operação dessa estratégia, a gente tem o que
é mais comumente chamado de backlog. Então a gente tem itens que serão
desempenhados e têm uma prioridade para alcançar aquele objetivo.
Então, de um modo geral, da mesma forma que a gente utiliza o backlog
para trazer visibilidade para o time, a gente utiliza o roadmap para trazer
visibilidade compartilhada para todos os stakeholders e principais
envolvidos, sponsors do produto sobre como será o desenvolvimento
daquele produto.