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os agilistas

ENZIMAS #198 – Retrospectiva: a importância e como aplicar esse rito no seu time

ENZIMAS #198 – Retrospectiva: a importância e como aplicar esse rito no seu time

os agilistas
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Szuster: Bom dia, boa tarde, boa noite. Este é mais um episódio de Enzimas – breves reflexões que te ajudam a catalisar o Agilismo em sua organização.

TAIANE: Olá pessoal, bem-vindo ao Enzimas. Eu sou a Taiane. Atuo aqui na dti digital como SM. Faço parte das squads que atuam em uma empresa do ramo de seguradora. E vim aqui falar para vocês sobre a retrospectiva.

A retrospectiva é um dos ritos utilizados no Scrum, que tem o objetivo de promover a melhoria contínua, e tem grande impacto no dia a dia de um time ágil. Normalmente, ela acontece logo após o fechamento de um sprint ou ciclo, e permite avaliar o que funcionou bem e quais foram os obstáculos encontrados pelo squad durante esse período. Por ser uma cerimônia que fecha um ciclo, todo o time deve participar; o Scrum Master – se houver -, o PO e a equipe de desenvolvimento.

E eu quero falar com vocês também sobre as vantagens da retro: ela aumenta a produtividade e o engajamento dos membros da equipe; melhora a qualidade dos produtos; identifica e reduz falhas durante o desenvolvimento; promove camadas de decisão mais assertivas e eficientes; mostra uma visão geral do projeto e da agilidade na entrega das sprints; e também proporciona clareza dos objetivos e a transparência dos processos. Na prática, ao fim de cada interação, ciclo ou sprint, a equipe deve olhar para si mesmo, com muita atenção para suas interações, práticas e processos, e fazer a si mesma algumas perguntas, como: “o que podemos mudar no modo que trabalhamos?”; “qual é o nosso maior problema?” Nesse momento, o time julga o que foi bom e o que não foi. Se essas perguntas forem respondidas de maneira aberta e direta, a equipe pode realizar o trabalho mais rapidamente, promovendo o aprimoramento contínuo. Logo, esse é o momento do time de intencionar e adaptar suas práticas, seus processos e melhorar também os principais problemas que estão impedindo o progresso do time. Então é importante lembrar: não odeie o jogador; odeie o jogo. E como realizamos uma boa cerimônia de retrospectiva, bom, ela pode conter algumas dinâmicas como o quebra gelo, métricas ágeis, o check-in, o team building, alguma dinâmica principal, dentre outros.

Não existe uma receita para a retro, nem sempre será necessário inserir todas essas dinâmicas. Isso vai de acordo com a visão do Scrum Master. O quebra-gelo é utilizado no início de reuniões para avaliar a apreensão do time e fazer com que todos se sintam à vontade através de alguma interação positiva, diminuindo, assim, a segurança que possa existir ali naquele momento. O ideal é entender o momento do time. Se estiverem no início do projeto, ou com novos membros, traga algo para eles se conhecerem ou falarem de si.

O check-in serve para reunir informações sobre como os membros da equipe estão se sentindo naquele momento, ou em relação ao contexto do projeto. Ou seja, é um momento muito importante, pois trará insumos e direcionamentos para o principal momento da retro de avaliar o último ciclo.

Outra dinâmica é trazer as métricas ágeis para o time, e atualizá-los como estamos. Assim saímos de um momento de achismos e mostramos fatos ao time. Um alerta ao utilizar métricas é não buscar culpados, mas sim utilizar como um guia para buscar soluções e entender como foram as sprints anteriores. O lead time, o cycle time, throughput, burndown, CFD, são algumas das métricas que podem ser utilizadas neste momento. O progresso do projeto pode ser importante também, porque mais do que entregar tarefas, temos sempre que visualizar se o que estamos fazendo contribui para que possamos cumprir os objetivos. É muito importante que todos do time tenham noção e acesso ao progresso do time; entender o que já foi realizado e o que está faltando, para gerar entendimento, empatia e aquela sensação de dono também.

O team building é um outro tipo de dinâmica realizada para ajudar na formação de times, com o intuito de aumentar o nível de confiança e proporcionar um ambiente mais seguro para que todos possam contribuir e evoluir como time. Um exemplo do team building é a atividade de comportamento geral, que promove uma conversa em equipe sobre os comportamentos que o time considera aceitáveis e inaceitáveis.

E por fim a gente tem a dinâmica principal que é muito importante, pois ela resume muito bem o objetivo daquele encontro. Podemos variar nosso repertório de dinâmicas para que o time possa olhar para diferentes ângulos dentro de um projeto, analisando seu processo, tecnologia, pessoas, passados, futuro, etc. Esse será o momento em que o time levanta efetivamente as ações de melhorias e também celebra as conquistas. Vou deixar aqui para vocês algumas sugestões de ferramentas para utilizar em uma retro: temos o boarding, o Miro, o Mural, e tem o próprio Azure que tem a aba de retrospectivas inserida nele.

Então, vale ressaltar que preparar uma retrospectiva não é apenas um escolher uma dinâmica e aplicá-la. É preciso entender o contexto do projeto e o momento do time. E além disso, planejar o timebox. E ter a certeza de que o objetivo daquela atividade está claro para todos os da equipe. Nem sempre teremos o tempo necessário para fazer todas as dinâmicas, mas entendemos que uma retrospectiva bem planejada e executada, pensando no time, trará melhores resultados e maiores resultados. Vale lembrar que não estamos, também, resolvendo todos os problemas de uma única vez. O Scrum nos garante uma melhoria gradual, assim podemos focar nas maiores dores do time. E mesmo se não conseguirmos na primeira tentativa, temos que entender que todo o time está engajado e que fizeram o melhor que podiam dentro da situação em que se encontravam.

O propósito é que em cada reunião o time planeje formas de aprimorar a qualidade do produto, identifique todas as melhorias que serão implementadas no próximo sprint ou ciclo. Então, é muito importante entender o contexto do time, o seu perfil, e o momento em que ele se encontra, para que assim possamos propor uma dinâmica que tenha um objetivo claro e satisfatório para todos os presentes no rito. Por fim, queria deixar aqui um recado para não esquecer da retro de acompanhar os planos de ação. Toda retro deve conter planos de ação como saída e devem ser acompanhados durante o próximo ciclo.

Bom, é isso. Use o passado para definir o futuro; use a retrospectiva.

Até mais, galera.

Szuster: Bom dia, boa tarde, boa noite. Este é mais um episódio de Enzimas – breves reflexões que te ajudam a catalisar o Agilismo em sua organização. TAIANE: Olá pessoal, bem-vindo ao Enzimas. Eu sou a Taiane. Atuo aqui na dti digital como SM. Faço parte das squads que atuam em uma empresa do ramo de seguradora. E vim aqui falar para vocês sobre a retrospectiva. A retrospectiva é um dos ritos utilizados no Scrum, que tem o objetivo de promover a melhoria contínua, e tem grande impacto no dia a dia de um time ágil. Normalmente, ela acontece logo após o fechamento de um sprint ou ciclo, e permite avaliar o que funcionou bem e quais foram os obstáculos encontrados pelo squad durante esse período. Por ser uma cerimônia que fecha um ciclo, todo o time deve participar; o Scrum Master – se houver -, o PO e a equipe de desenvolvimento. E eu quero falar com vocês também sobre as vantagens da retro: ela aumenta a produtividade e o engajamento dos membros da equipe; melhora a qualidade dos produtos; identifica e reduz falhas durante o desenvolvimento; promove camadas de decisão mais assertivas e eficientes; mostra uma visão geral do projeto e da agilidade na entrega das sprints; e também proporciona clareza dos objetivos e a transparência dos processos. Na prática, ao fim de cada interação, ciclo ou sprint, a equipe deve olhar para si mesmo, com muita atenção para suas interações, práticas e processos, e fazer a si mesma algumas perguntas, como: “o que podemos mudar no modo que trabalhamos?”; “qual é o nosso maior problema?” Nesse momento, o time julga o que foi bom e o que não foi. Se essas perguntas forem respondidas de maneira aberta e direta, a equipe pode realizar o trabalho mais rapidamente, promovendo o aprimoramento contínuo. Logo, esse é o momento do time de intencionar e adaptar suas práticas, seus processos e melhorar também os principais problemas que estão impedindo o progresso do time. Então é importante lembrar: não odeie o jogador; odeie o jogo. E como realizamos uma boa cerimônia de retrospectiva, bom, ela pode conter algumas dinâmicas como o quebra gelo, métricas ágeis, o check-in, o team building, alguma dinâmica principal, dentre outros. Não existe uma receita para a retro, nem sempre será necessário inserir todas essas dinâmicas. Isso vai de acordo com a visão do Scrum Master. O quebra-gelo é utilizado no início de reuniões para avaliar a apreensão do time e fazer com que todos se sintam à vontade através de alguma interação positiva, diminuindo, assim, a segurança que possa existir ali naquele momento. O ideal é entender o momento do time. Se estiverem no início do projeto, ou com novos membros, traga algo para eles se conhecerem ou falarem de si. O check-in serve para reunir informações sobre como os membros da equipe estão se sentindo naquele momento, ou em relação ao contexto do projeto. Ou seja, é um momento muito importante, pois trará insumos e direcionamentos para o principal momento da retro de avaliar o último ciclo. Outra dinâmica é trazer as métricas ágeis para o time, e atualizá-los como estamos. Assim saímos de um momento de achismos e mostramos fatos ao time. Um alerta ao utilizar métricas é não buscar culpados, mas sim utilizar como um guia para buscar soluções e entender como foram as sprints anteriores. O lead time, o cycle time, throughput, burndown, CFD, são algumas das métricas que podem ser utilizadas neste momento. O progresso do projeto pode ser importante também, porque mais do que entregar tarefas, temos sempre que visualizar se o que estamos fazendo contribui para que possamos cumprir os objetivos. É muito importante que todos do time tenham noção e acesso ao progresso do time; entender o que já foi realizado e o que está faltando, para gerar entendimento, empatia e aquela sensação de dono também. O team building é um outro tipo de dinâmica realizada para ajudar na formação de times, com o intuito de aumentar o nível de confiança e proporcionar um ambiente mais seguro para que todos possam contribuir e evoluir como time. Um exemplo do team building é a atividade de comportamento geral, que promove uma conversa em equipe sobre os comportamentos que o time considera aceitáveis e inaceitáveis. E por fim a gente tem a dinâmica principal que é muito importante, pois ela resume muito bem o objetivo daquele encontro. Podemos variar nosso repertório de dinâmicas para que o time possa olhar para diferentes ângulos dentro de um projeto, analisando seu processo, tecnologia, pessoas, passados, futuro, etc. Esse será o momento em que o time levanta efetivamente as ações de melhorias e também celebra as conquistas. Vou deixar aqui para vocês algumas sugestões de ferramentas para utilizar em uma retro: temos o boarding, o Miro, o Mural, e tem o próprio Azure que tem a aba de retrospectivas inserida nele. Então, vale ressaltar que preparar uma retrospectiva não é apenas um escolher uma dinâmica e aplicá-la. É preciso entender o contexto do projeto e o momento do time. E além disso, planejar o timebox. E ter a certeza de que o objetivo daquela atividade está claro para todos os da equipe. Nem sempre teremos o tempo necessário para fazer todas as dinâmicas, mas entendemos que uma retrospectiva bem planejada e executada, pensando no time, trará melhores resultados e maiores resultados. Vale lembrar que não estamos, também, resolvendo todos os problemas de uma única vez. O Scrum nos garante uma melhoria gradual, assim podemos focar nas maiores dores do time. E mesmo se não conseguirmos na primeira tentativa, temos que entender que todo o time está engajado e que fizeram o melhor que podiam dentro da situação em que se encontravam. O propósito é que em cada reunião o time planeje formas de aprimorar a qualidade do produto, identifique todas as melhorias que serão implementadas no próximo sprint ou ciclo. Então, é muito importante entender o contexto do time, o seu perfil, e o momento em que ele se encontra, para que assim possamos propor uma dinâmica que tenha um objetivo claro e satisfatório para todos os presentes no rito. Por fim, queria deixar aqui um recado para não esquecer da retro de acompanhar os planos de ação. Toda retro deve conter planos de ação como saída e devem ser acompanhados durante o próximo ciclo. Bom, é isso. Use o passado para definir o futuro; use a retrospectiva. Até mais, galera.

Descrição

Você sabe o que é um rito de Retrospectiva e para que serve? No Enzimas de hoje, convidamos a Scrum Master Taiane Quaresma para falar um pouco sobre as funções de uma Retrospectiva e como aplicá-la . Quer entender mais sobre este rito? Dá o play!

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