: :
os agilistas

T01 EP02 – Prêmio Agilistas: Atuando com squads de verdade no Hermes Pardini

T01 EP02 – Prêmio Agilistas: Atuando com squads de verdade no Hermes Pardini

os agilistas
: :
Luís: Bom dia, boa tarde, boa noite. Pessoal, estou ficando mal-acostumado
com essa saudação, já estou fazendo o papel do (Chuster)  e do
Vinícius aqui no Agilistas. Estamos começando o segundo episódio da nossa
série de quatro episódios sobre o Prêmio Agilistas, e todos esses episódios
serão gravados com os vencedores de cada uma das categorias. Hoje estou
aqui com um time massa também, que vai trazer um novo desafio e um
novo case para vocês, e vou abrir espaço para eles se apresentarem. Então,
bom dia, boa tarde, boa noite, pessoal. Como vocês estão?
Melissa: Bom dia, boa tarde e boa noite. É um prazer estar aqui. Eu sou
Melissa, sou PO da Tribo Kaluma. Eu atuo em dois squads, trabalhando com
o Hermes Pardini. É um prazer e estou muito feliz em participar desse
episódio.
Rodrigo: E aí, pessoal? Bom dia, boa tarde, boa noite. Luís, vou falar para o
(Chuster)  abrir o olho, que você está muito chique. Meu nome é
Rodrigo (Alicente) , eu sou técnico em energia da Tribo Kaluma.
Fiquei muito feliz da gente ter ganhado o prêmio, salientando que a gente
é bicampeão – mais um prêmio para nós, junto com o cliente Hermes
Pardini.
Matheus: Bom dia, boa tarde, boa noite, pessoal. Eu sou o Matheus
(Becacini) , estou aqui como DL do squad Sangue Bom, que é o
responsável pela agenda domiciliar.
Luís: Legal, pessoal. O squad, a agenda domiciliar do cliente Hermes Pardini,
foi o vencedor da categoria Squad de Verdade, e eu queria que vocês
contassem para mim um pouco do contexto do cliente, um pouco do
projeto. Sabemos que a parceria entre Hermes Pardini e DTI já vem de
alguns bons anos, com grandes resultados, e esses últimos anos para vocês
foram desafiadores – a gente tem enfrentado uma crise sanitária global, e
eu queria que vocês contassem para a gente como foi o desafio e como isso
se desenrolou ao longo desse último ano.
Rodrigo: Ok, vou iniciar aqui com o início da nossa parceria com o Hermes
Pardini, um dos maiores laboratórios, principalmente no segmento B2B. A
gente começou a parceria em maio de 2019, e estamos crescendo
exponencialmente. O squad da agenda domiciliar foi criado um ano depois,
em maio de 2020 – devido à pandemia, isso agilizou o processo, e aí a gente
conseguiu crescer bem devido à pandemia também e o exame de Covid.
Isso mudou o comportamento dos clientes e dos pacientes. Vou passar a
palavra para a Melissa referente às dores e às dificuldades que a gente teve
no início do nosso projeto.
Melissa: Exatamente. E como o Rodrigo falou, o projeto surgiu com o
desafio da gente gerar valor para o cliente, substituindo um sistema legado,
com problemas e limitações, para uma ferramenta que viabilizasse esse
negócio do domicílio. E aí quando a gente fala muito do prêmio, do Squad
de Verdade, eu vejo muito como um exercício diário – acho que isso, a gente
fala muito com o time, de exercitar diariamente a geração de valor para o
cliente. Então, como a gente fez essa construção e como a gente ainda está
nessa construção? Exercitando diariamente esse valor para o cliente. Eu
acho que sem a parceria, sem o envolvimento do time para dentro do
negócio, e sem trazer o cliente para os nossos experimentos e para o
resultado que a gente gera, e mostrar para ele os dados que a gente está
avaliando do caminho a seguir, é muito mais difícil sem essa proximidade.
Eu acho que essa proximidade é o que mantém muito essa geração de valor
para o cliente, onde a gente, como time, amadurece bastante. Então, a
gente teve diversos desafios, que acho que a gente vai conversar sobre; mas
tivemos também grandes resultados, onde a gente conseguiu, através da
redução do nosso tempo de atendimento, aumentar os agendamentos, o
que proporcionou aumento de receita. Então, eu acho que isso é gerar
valor: é a gente olhar para o negócio e estar todo o time, todas aspessoas
envolvidas – e o cliente também – olhando para o mesmo objetivo. É muito
importante essa proximidade, porque, a partir de pequenas entregas, você
consegue chegar num valor, no objetivo final, e se todo mundo não estiver
na mesma página e aberto a essa provocação, e aberto a instigar esse olhar
crítico, a gente não consegue chegar nesse resultado.
Luís: Legal demais, Melissa. Você me falou sobre estar na mesma página.
Nesse começo, vocês precisaram realizar um discovery? Como vocês
descobriram o ponto de partida? Vocês queriam sair de um sistema legado
para uma solução mais inovadora, mas que tipo de detalhe tinha que ter
nessa solução, como ela ia gerar valor na ponta, o que o negócio queria?
Como foi essa fusão de expectativas, esse alinhamento de expectativas?
Melissa: Então, Luís, a gente começa com o processo de ideação, para a
gente entender as dores do cliente, onde nasceu o MVP do projeto; e a
partir dessa ideação e a partir de colocar esse projeto rodando, a gente
continuou com o trabalho de discovery contínuo, que é essa proximidade
com o cliente, estar entendendo, do lado do usuário, como ele está
utilizando o nosso sistema e como a gente pode, a cada entrega, junto com
ele, priorizar o que realmente faz sentido naquele momento, até a gente
chegar na construção desse produto, que hoje a gente brinca muito, fala
muito com o cliente também, que a gente deixou de ser um sistema de
agenda domiciliar para ser um sistema de gestão de domicílio. Então, hoje,
o nosso produto – de projeto, passou para produto – é um produto que
participa muito da estratégia, participa muito da expansão do domicílio.
Então, hoje, a gente tem cerca de 240 mil clientes que já tiveram
agendamento, a gente tem cerca de mais de um milhão e 340 mil exames
que foram feitos. A gente está em mais de quatro praças, atendendo em
144 lojas e também no aeroporto. Isso porque, a partir das nossas entregas
definidas com o cliente, a gente conseguiu reduzir o tempo de
atendimento, a gente conseguiu reduzir o tempo de aprendizado do
sistema para que ele pudesse ser expandido na forma como ele está hoje.
Rodrigo: Uma coisa que também caracteriza o Squad de Verdade: não tem
como a gente trazer valor sem conhecer o negócio. Então, foi uma
característica muito importante da imersão do time e do conhecimento do
negócio para propor boas soluções e trazer também a equipe do Pardini
junto com a gente para comprar asnossasproposições, asnossas
validações de hipótese, da gente ir a campo e realmente conseguir tudo isso
que a gente chegou até esse momento. Então, o conhecimento do negócio
ajudou muito nisso.
Melissa: Exatamente, essa aproximação que o cliente permite é essencial
para a gente chegar nesse resultado.
Luís: Acho que quando o cliente dá essa abertura para que a gente chegue
ali com as metodologias, para que a gente mostre a nossa forma de
trabalho, isso fica muito mais fácil. Pessoal, ficou uma dúvida aqui, eu até
queria pedir ao Matheus para contar para a gente: tecnicamente falando, a
gente entende que… vocês me falaram de resultados muito expressivos, de
um valor que foi efetivamente entregue para o negócio. E como foi a
construção técnica dessa solução? Eu digo mais a nível de mobilização do
time. Vocês tiveram que ter essa troca constante com o cliente também?
Porque isso é um desafio dos grandes.
Matheus: Então, eu estava até pensando antes, falei:”o que tornou a gente
o Squad de Verdade?”, eu falei: “vou fazer o exercício de voltar lá no
começo”. Eu não tive o prazer de estar na equipe desde a ideação do
produto, mas quando eu cheguei, a gente já tinha uma base bem elaborada,
focada ali. Precisamos de um sistema moderno, onde a gente reduza o
tempo de atendimento. A ideia inicial era essa. Chegamos, fomos
evoluindo, e conforme cada entrega ia gerando um valor – e com números
muito animadores, a gente teve uma redução, a Melissa até citou, da curva
de aprendizado, coisa de uns 85% na redução, criação de algumas ações
que eles tinham que fazer no dia a dia, coisa de 99% na redução, coisa
assustadora, de cinco dias para dez minutos – o pessoal foi notando isso e
focando cada vez mais, falando: “espera aí, tem um algo a mais aqui”. E aí
que teve um momento que a gente virou a chavinha, a gente falou: “a gente
tem um produto aqui que pode crescer infinitamente”. E foi o momento
que todo o time teve o estalo junto e falou: “é, vamos focar que, agora,
nesse produto, precisamos atentar aos mínimos detalhes. É até engraçado:
muitas vezes, a gente tem ideias mirabolantes que a gente vai discutindo, e
o time discute também, a gente chega numa coisa totalmente diferente que
atende ainda melhor aquela dor que a gente tinha no começo. Toda essa
base construiu uma coisa que eu julgo essencial para a gente ter alcançado
esse objetivo inicial, que é: o cliente confia muito na gente. Então,
dependendo se eles chegam com a ideia, a gente fala: “muito bacana, mas
vamos virar, vamos olhar para o outro lado”, ele ter essa confiança. E outra
coisa que eu acho que seria o essencial é: time de negócios confia muito no
time de desenvolvimento, e o time de desenvolvimento confia muito no
time de negócios também, então está todo mundo trabalhando meio que
sincronizado, essa hegemonia que é incrível – eu acredito que foi o que fez
tanto a parte de negócio, quanto a parte técnica, e principalmente os
anseios do cliente ficarem todos juntos, a gente fez essa mistura e chegou
no grande produto que a gente tem hoje, já posso até encher a boca para
dizer isso. Então, acredito que tudo foi funcionando graças a essa sincronia
do time e daquela visão nos mínimos detalhes, ou seja, o usuário final, o
cliente vai receber o melhor do melhor. Então, é muito engraçado isso daí.
Luís: Matheus, eu vi entusiasmo na sua fala quando você disse que
percebeu que o produto tinha um potencial muito grande, e acho que para
nós da tecnologia, para quem trabalha com o produto, isso é o anseio de
muitas pessoas: conseguir fazer com que o produto gere valor a ponto de
ser escalável e ser algo muito maior do que ele foi idealizado no começo, e
vocês passaram por esse processo.
Rodrigo: E é legal: a gente passou por várias apresentações para a alta
direção, os demodês, e a gente apresentando esses números traz um
orgulho, a gente vendo o time apresentar – e não só a Melissa, não só o
(Becacini) , todo o time apresentando isso. Então, o
envolvimento ajuda muito o time técnico – não vinham pedidos, soluções
prontas. Tem questionamentos e isso que o (Becacini)  falou: a
evolução de que veio uma solução, e sempre a gente conseguindo
transformar em coisas melhores. Isso que eu acho que traz também um
engajamento maior e uma entrega com mais qualidade e satisfação de
todos.
Luís: Com certeza, isso parte da sinergia também, como o Matheus falou,
do negócio e da TI. A gente quebra esses silos, essas separações em que o
time de negócios apenas manda requisitos para o time de
desenvolvimento, e a gente começa a trabalhar como um squad de
verdade, como um time que pensa em soluções em conjunto. Acho que isso
é fantástico também.
Melissa: Exatamente. E tem, como o (Becacini)  falou, que gera
um amadurecimento do time, e as provocações que acontecem, os anseios,
os desejos – seja do negócio ou do time – ficam muito abertos a gente
discutir olhando para uma solução ideal para o negócio, e não levando
muito para uma questão de crítica do trabalho do time. Então, acho que
isso também é muito legal você ver esse amadurecimento de todos nós,
inclusive meu, dessa maturidade de estar discutindo várias vezes – a gente
brincou sobre isso, não é, (Becacini)  – de estar discutindo
decisões de negócio envolvendo o cliente para tomar decisões do que seria
um corte ideal para aquele desenvolvimento. Acho que isso é fantástico
também.
Luís: Sim. Melissa, você falou sobre essa sinergia do time. Eu imagino
também que seja um ambiente de pressão devido ao contexto, ao produto,
à situação. Vocês têm alguma história para me contar em relação a isso
também? Alguma dificuldade que o time passou, algo que foi desafiador,
algum tempo específico para alguma entrega, alguma coisa nesse sentido?
Rodrigo: Sempre no início dos projetos, a pressão acaba sendo maior
porque o cliente não está acostumado ao nosso modelo de trabalho. Por
isso que o corte do MVP no início é muito importante para trazer uma
tranquilidade na condução do projeto. O início do projeto, a gente tinha um
desafio muito grande, que existia um sistema legado que a própria TI não
dava manutenção nesse sistema: tinha poucas pessoas que tinham
conhecimento. Então, era uma base de dados com uma tecnologia bem
ultrapassada, e trabalhar em paralelo a isso, a gente teve que fazer
integrações referentes a isso, foi um desafio de realmente ter um corte do
MVP que trouxesse valor de uma forma mais rápida, mas que pudesse
conviver com o sistema legado, que ainda fazia parte. A gente até brincou
que a gente ia fazer um almoço quando a gente conseguisse fazer o velório
desse sistema – e demorou muito, mas a gente conseguiu trazer um valor
rápido, mas por isso, de realmente exercitar entregas menores que já
conseguissem demonstrar o valor. Isso, acho que depois ajudou a gente a
ter uma tranquilidade maior de trabalho. Teve vários outros desafios
durante esse período, que o pessoal pode falar.
Melissa: Teve. Acho que um desafio, a gente teve uma mudança grande no
sistema, no decorrer do ano, estrutural mesmo em termos técnicos,
(Becacini) , mas que, ao mesmo tempo, ia gerar muito valor para
o cliente. E o cliente ponderava para a gente: “eu entendo dessa
reestruturação, mas é o momento – até objetivando valor para o negócio –
de aumento de receita”, e foi muito interessante, porque a gente levou isso
para o time, a gente discutiu os riscos, discutiu os problemas, e tomou a
decisão que o melhor caminho – não teria um outro – era a gente quebrar
em etapas essas entregas, e aí a gente trouxe o cliente para próximo – ele
já é muito próximo, e trouxe ele para essa discussão, para falar: “para a
gente entregar esse valor sem riscos para o produto e para a operação –
que, hoje, já é grande – a gente vai ter que fazer cortes e decidir o que vai
entrar”. Em determinados momentos, principalmente no início das
entregas, não vai ser o resultado que você está esperando ali. Só que eu
acho que isso foi fantástico, porque o cliente comprou a ideia, a gente teve
várias reuniões de alinhamento sobre isso, mas hoje, a gente vê que foi o
melhor caminho, e eu acho que esse relacionamento ajudou muito isso
também, (Becacini) .
Matheus: Com certeza. Um exemplo que eu ia lembrar era exatamente esse
que você colocou, porque o comprometimento não parte só da gente de
DTI, do squad; a equipe que utiliza o produto hoje também tem um grande
apreço pelo sistema. Então, muitas vezes, eles já chegam para a gente:
“precisamos disso para funcionar dessa forma, que vai ser lindo, vai ser
ideal para a gente”. E naquele momento, como a Melissa colocou, era uma
mudança gigantesca, era colocar um sistema novo, se a gente fosse pensar
assim, e a gente falou: “calma, vamos devagar…” – até porque a gente
precisava ter certeza daquilo para fazer uma mudança daquele tamanho –
“… e vamos conversar”. Conversamos com o cliente, foram feitas todas as
reuniões de alinhamento, a Melissa sempre fazendo esse intermédio muito
bem – eu consegui também me envolver bastante. Vamos chamar de
negociação, mais uma troca de experiências para a gente chegar no modelo
ideal. E durante o processo de implementação, a gente foi aprendendo com
o que a gente estava fazendo e modificando aquilo ali, tanto que a gente
chegou num resultado – a gente olhando para trás – muito simples, que
atendeu até mais do que a gente esperava antes. Então, era um negócio
voltando ali: um time sincronizado, todo mundo confiando em todo mundo.
Não teve um momento de desconfiança, do tipo: “a equipe não quer fazer”,
“tudo bem ser grande, mas a gente precisa”. Não, eles confiavam:
“realmente, vamos escutar o que eles têm”, e a gente da mesma forma:
“vamos pegar o máximo de ideia do pessoal, que eles estão convivendo com
o sistema todo dia, então eles vão saber muitas vezes até melhor do que a
gente o que seria um pequeno parafuso que a gente mexesse que poderia
melhorar gigantescamente a experiência deles no dia a dia”.
Luís: E quando a gente envolve o usuário na construção da solução, a gente
abre os olhos para detalhes que são mínimos. Às vezes, a gente analisa a
parte de negócio do cliente e a parte de usuário, o que ele traz, de fato, no
dia a dia. Então, isso já é fundamental, como vocês trouxeram.
Melissa: Exatamente. E é uma coisa que o (Becacini)  falou, que
eu já ouvi muito o (Chuster)  falar sobre isso: os guardiões do
produto. Acho que o Sangue Bom, hoje, é esse guardião mesmo – e não sou
eu no meu papel de PO, o (Becacini)  no papel dele de DL; a gente
dá essa abertura para todo o time ser guardião e eles defenderem o
produto. Então, uma pessoa que hoje entra no time, ela está inserida ali, a
gente faz a apresentação do que é o produto, e ela pode, deve e faz
questionamentos e provocações, que é o objetivo nosso mesmo. Então,
acho que isso é interessante também, porque gera esse movimento junto
com o cliente e junto com o time.
Luís: Então, Melissa, vocês já têm essas informações, então ficou fácil para
vocês montar o pitch, entrar nessa seleção? Como é que foi?
Rodrigo: A gente precisa ter uma provocação. A gente já tinha, em uma
reunião de RDN, sido provocado para realmente trabalhar como squad de
verdade, e aí quando surgiu o prêmio – e ano passado, a gente também
tinha ganhado o prêmio – chamei os meninos:”chegou a hora de realmente
a gente apresentar todo esse resultado que a gente apresentou todo para
o cliente”. Então, fico realmente orgulhoso do time, da entrega, de
realmente trazer esse prêmio – mais um prêmio para o Pardini, mais um
prêmio para a Kaluma, para a Aliança Camaleão.
Melissa: Exatamente. Acho que quando a gente teve esse gatilho, quando
o Rodrigo comentou dessa reunião, o que a gente fez, (Becacini) ?
A gente levou isso para o time, a gente já fazia muitas atividades que
geravam valor, e acho que a gente teve só que pensar e criticar, falar:”o
que é o squad de verdade? Realmente a gente gera valor, e o que mais a
gente pode alimentar essa plantinha?”, porque eu acho que é um exercício
diário você plantar uma sementinha para crescer. Acho que a gente já tinha
plantado, foi só a gente colocar adubo para crescer e gerar esse pitch e
todos esses dados, todas essas informações. É legal, Luís, porque uma coisa
que eu lembrei aqui: nesse desafio que a gente teve dessa quebra, a gente
já estava nessa construção, nesse amadurecimento, e foi interessante
porque, a cada entrega nossa, o próprio time já media e já mensurava as
nossas entregas, não é, (Becacini) ? Então, a gente entregou e
falou: “a gente já mediu e está assim e assado”. Então, a gente tem que
ajustar ou não se a gente está no caminho certo. Então, o time já tinha essa
vontade de estar olhando entrega, vamos medir e vamos ajustar o que foi
necessário. Então, a gente exercitou isso muito também nesse desafio que
a gente teve nesse decorrer do ano.
Luís: Eu acho incrível esse nível de maturidade, de trabalhar com as
métricas de produto, de conseguir analisar elas e já, de cara, a gente
mensurou, a gente validou e a gente precisa de um novo discovery, precisa
focar nessa parte, ouvir o usuário. E quando a gente se dá por conta, está
todo mundo envolvido e imerso naquilo, e realmente o resultado começa a
aparecer. E como foi apresentar essa história em três minutos? Aqui, a
gente falou em 30 minutos, a gente trouxe vários detalhes e nuances, mas
como foi trazer isso em três minutos? Porque o pitch final da avaliação era
assim, era rapidão.
Melissa: Foi um desafio, mas foi um aprendizado e foi muito interessante,
porque eu acho que, no pitch, você faz – até na montagem dele – uma
retrospectiva de todo o trabalho. Então, foi uma construção do time todo,
a gente fez essa montagem, fez essa apresentação para o próprio time, mas
foi fantástico. Acho que a gente exercitar mesmo essa apresentação em tão
pouco tempo, a gente consegue enxergar realmente o que tem que ser dito
ali e o que realmente a gente entregou. Então, acho que é muito bom.
Luís: Acho que isso é reflexo de uma missão bem definida, um objetivo
claro, os resultados na mão, tudo isso condensado, acho que fica fácil. É só
chutar para o gol depois.
Melissa: É.
Rodrigo: Acho que tem uma frase na parede aqui que eu acho que norteia
muito o time: o sucesso deve ser medido por resultados de negócio, e não
por escopo. Acho que esse time tem muito claro e consegue realmente,
através das métricas, medir realmente as features que estão entregando,
se realmente estão trazendo resultado, testando realmente essas hipóteses
o mínimo possível, e isso trazendo um resultado positivo ou fazendo as
adequações para realmente atender e chegar naquele objetivo.
Luís: Um produto não tem fim também, a gente tem que ter essa
mentalidade: ele vai crescendo, vai se desenvolvendo, e às vezes a gente
precisa ir votar, mudar a ideia, mas ele não tem fim, e essa visão de produto
é que faz o valor ser gerado no fim das contas.
Melissa: O produto não tem fim, e esse exercício do time também não tem
fim, porque a gente sempre tem que estar ali alimentando, alguém tem que
estar puxando, alguém tem que estar provocando, alguém tem que estar
sendo o guardião para que ascoisastambémnãofiquemmornas. Temque
ter essa provocação mesmo para que gere movimento.
Luís: Pessoal, estamos caminhando para o fim do nosso segundo episódio.
Adorei o papo com vocês, rendeu bastante aqui, a gente conseguiu falar de
muitos detalhes que acabaram não aparecendo no pitch, e gostaria de abrir
espaço para vocês também. Agradeço a participação e a disponibilidade,
queria deixar um espaço para vocês passarem uma mensagem final para a
gente encerrar o nosso episódio.
Melissa: Eu quero agradecer todo o time – é um trabalho nosso – e agradecer
também a abertura do cliente, que sem essa abertura dele, a gente não
consegue fazer o nosso trabalho. E eu acho que é mais isso. Agradecer.
Estou muito feliz mesmo – em nome do time, a gente está muito feliz pelo
nosso prêmio, e ainda cada vez mais motivado, cada vez mais olhar para o
negócio, gerar valor, criar experimentos, mensurar o que a gente entrega,
porque é um trabalho sem fim. O produto não tem fim, assim como o
sangue nos olhos não pode ter fim também.
Luís: O sangue bom, não é?
Melissa: Sangue bom.
Matheus: Justamente isso. A gente é muito apegado, a gente gosta muito
dos processos, mas está sempre aberto a grandes mudanças. A gente nunca
foge do desafio. Sempre ali direcionado, vendo o objetivo no final do túnel,
mas nada impede da gente pegar a primeira curva à direita. Então, o mundo
é muito dinâmico, a gente também abraçou esse formato dinâmico de
trabalhar. Nada impede da nossa meta hoje ser uma, e amanhã ser outra,
mas que, no final, a gente vai estar muito orientado ao usuário final, ao
cliente, à geração de valor, que é sobre o que a gente falou bastante aqui
hoje. E, claro, não poderia deixar de agradecer principalmente todo mundo
do time que esteve sempre presente, que está sempre presente em todas
as discussões no dia a dia, que faz muito essa parte da criação desse
produto, desse squad de verdade que a gente tem hoje.
Rodrigo: Da minha parte, também só agradecimento e gratidão por todo o
trabalho, e realmente agradecer todo o time, toda a tribo, e ao Hermes
Pardini por essa oportunidade, que com certeza gerou valor, e a gente
afetou muitas pessoas nesse momento tão difícil, a gente trouxe um jeito
melhor de acolher essas pessoas nesse momento de pandemia. Então,
muito obrigado por todo esse trabalho para o time todo.
Luís: Pessoal, parabéns pelo prêmio, pelo bicampeonato, que venha o tri,
que venham novos desafios, novos produtos e muito mais sucesso pela
frente. A gente fica por aqui, e nos vemos – ou nos ouvimos, nos escutamos
– no próximo episódio da nossa série do Prêmio Agilistas. Valeu, até mais.
Luís: Bom dia, boa tarde, boa noite. Pessoal, estou ficando mal-acostumado
com essa saudação, já estou fazendo o papel do (Chuster)  e do
Vinícius aqui no Agilistas. Estamos começando o segundo episódio da nossa
série de quatro episódios sobre o Prêmio Agilistas, e todos esses episódios
serão gravados com os vencedores de cada uma das categorias. Hoje estou
aqui com um time massa também, que vai trazer um novo desafio e um
novo case para vocês, e vou abrir espaço para eles se apresentarem. Então,
bom dia, boa tarde, boa noite, pessoal. Como vocês estão?
Melissa: Bom dia, boa tarde e boa noite. É um prazer estar aqui. Eu sou
Melissa, sou PO da Tribo Kaluma. Eu atuo em dois squads, trabalhando com
o Hermes Pardini. É um prazer e estou muito feliz em participar desse
episódio.
Rodrigo: E aí, pessoal? Bom dia, boa tarde, boa noite. Luís, vou falar para o
(Chuster)  abrir o olho, que você está muito chique. Meu nome é
Rodrigo (Alicente) , eu sou técnico em energia da Tribo Kaluma.
Fiquei muito feliz da gente ter ganhado o prêmio, salientando que a gente
é bicampeão – mais um prêmio para nós, junto com o cliente Hermes
Pardini.
Matheus: Bom dia, boa tarde, boa noite, pessoal. Eu sou o Matheus
(Becacini) , estou aqui como DL do squad Sangue Bom, que é o
responsável pela agenda domiciliar.
Luís: Legal, pessoal. O squad, a agenda domiciliar do cliente Hermes Pardini,
foi o vencedor da categoria Squad de Verdade, e eu queria que vocês
contassem para mim um pouco do contexto do cliente, um pouco do
projeto. Sabemos que a parceria entre Hermes Pardini e DTI já vem de
alguns bons anos, com grandes resultados, e esses últimos anos para vocês
foram desafiadores – a gente tem enfrentado uma crise sanitária global, e
eu queria que vocês contassem para a gente como foi o desafio e como isso
se desenrolou ao longo desse último ano.
Rodrigo: Ok, vou iniciar aqui com o início da nossa parceria com o Hermes
Pardini, um dos maiores laboratórios, principalmente no segmento B2B. A
gente começou a parceria em maio de 2019, e estamos crescendo
exponencialmente. O squad da agenda domiciliar foi criado um ano depois,
em maio de 2020 – devido à pandemia, isso agilizou o processo, e aí a gente
conseguiu crescer bem devido à pandemia também e o exame de Covid.
Isso mudou o comportamento dos clientes e dos pacientes. Vou passar a
palavra para a Melissa referente às dores e às dificuldades que a gente teve
no início do nosso projeto.
Melissa: Exatamente. E como o Rodrigo falou, o projeto surgiu com o
desafio da gente gerar valor para o cliente, substituindo um sistema legado,
com problemas e limitações, para uma ferramenta que viabilizasse esse
negócio do domicílio. E aí quando a gente fala muito do prêmio, do Squad
de Verdade, eu vejo muito como um exercício diário – acho que isso, a gente
fala muito com o time, de exercitar diariamente a geração de valor para o
cliente. Então, como a gente fez essa construção e como a gente ainda está
nessa construção? Exercitando diariamente esse valor para o cliente. Eu
acho que sem a parceria, sem o envolvimento do time para dentro do
negócio, e sem trazer o cliente para os nossos experimentos e para o
resultado que a gente gera, e mostrar para ele os dados que a gente está
avaliando do caminho a seguir, é muito mais difícil sem essa proximidade.
Eu acho que essa proximidade é o que mantém muito essa geração de valor
para o cliente, onde a gente, como time, amadurece bastante. Então, a
gente teve diversos desafios, que acho que a gente vai conversar sobre; mas
tivemos também grandes resultados, onde a gente conseguiu, através da
redução do nosso tempo de atendimento, aumentar os agendamentos, o
que proporcionou aumento de receita. Então, eu acho que isso é gerar
valor: é a gente olhar para o negócio e estar todo o time, todas aspessoas
envolvidas – e o cliente também – olhando para o mesmo objetivo. É muito
importante essa proximidade, porque, a partir de pequenas entregas, você
consegue chegar num valor, no objetivo final, e se todo mundo não estiver
na mesma página e aberto a essa provocação, e aberto a instigar esse olhar
crítico, a gente não consegue chegar nesse resultado.
Luís: Legal demais, Melissa. Você me falou sobre estar na mesma página.
Nesse começo, vocês precisaram realizar um discovery? Como vocês
descobriram o ponto de partida? Vocês queriam sair de um sistema legado
para uma solução mais inovadora, mas que tipo de detalhe tinha que ter
nessa solução, como ela ia gerar valor na ponta, o que o negócio queria?
Como foi essa fusão de expectativas, esse alinhamento de expectativas?
Melissa: Então, Luís, a gente começa com o processo de ideação, para a
gente entender as dores do cliente, onde nasceu o MVP do projeto; e a
partir dessa ideação e a partir de colocar esse projeto rodando, a gente
continuou com o trabalho de discovery contínuo, que é essa proximidade
com o cliente, estar entendendo, do lado do usuário, como ele está
utilizando o nosso sistema e como a gente pode, a cada entrega, junto com
ele, priorizar o que realmente faz sentido naquele momento, até a gente
chegar na construção desse produto, que hoje a gente brinca muito, fala
muito com o cliente também, que a gente deixou de ser um sistema de
agenda domiciliar para ser um sistema de gestão de domicílio. Então, hoje,
o nosso produto – de projeto, passou para produto – é um produto que
participa muito da estratégia, participa muito da expansão do domicílio.
Então, hoje, a gente tem cerca de 240 mil clientes que já tiveram
agendamento, a gente tem cerca de mais de um milhão e 340 mil exames
que foram feitos. A gente está em mais de quatro praças, atendendo em
144 lojas e também no aeroporto. Isso porque, a partir das nossas entregas
definidas com o cliente, a gente conseguiu reduzir o tempo de
atendimento, a gente conseguiu reduzir o tempo de aprendizado do
sistema para que ele pudesse ser expandido na forma como ele está hoje.
Rodrigo: Uma coisa que também caracteriza o Squad de Verdade: não tem
como a gente trazer valor sem conhecer o negócio. Então, foi uma
característica muito importante da imersão do time e do conhecimento do
negócio para propor boas soluções e trazer também a equipe do Pardini
junto com a gente para comprar asnossasproposições, asnossas
validações de hipótese, da gente ir a campo e realmente conseguir tudo isso
que a gente chegou até esse momento. Então, o conhecimento do negócio
ajudou muito nisso.
Melissa: Exatamente, essa aproximação que o cliente permite é essencial
para a gente chegar nesse resultado.
Luís: Acho que quando o cliente dá essa abertura para que a gente chegue
ali com as metodologias, para que a gente mostre a nossa forma de
trabalho, isso fica muito mais fácil. Pessoal, ficou uma dúvida aqui, eu até
queria pedir ao Matheus para contar para a gente: tecnicamente falando, a
gente entende que… vocês me falaram de resultados muito expressivos, de
um valor que foi efetivamente entregue para o negócio. E como foi a
construção técnica dessa solução? Eu digo mais a nível de mobilização do
time. Vocês tiveram que ter essa troca constante com o cliente também?
Porque isso é um desafio dos grandes.
Matheus: Então, eu estava até pensando antes, falei:”o que tornou a gente
o Squad de Verdade?”, eu falei: “vou fazer o exercício de voltar lá no
começo”. Eu não tive o prazer de estar na equipe desde a ideação do
produto, mas quando eu cheguei, a gente já tinha uma base bem elaborada,
focada ali. Precisamos de um sistema moderno, onde a gente reduza o
tempo de atendimento. A ideia inicial era essa. Chegamos, fomos
evoluindo, e conforme cada entrega ia gerando um valor – e com números
muito animadores, a gente teve uma redução, a Melissa até citou, da curva
de aprendizado, coisa de uns 85% na redução, criação de algumas ações
que eles tinham que fazer no dia a dia, coisa de 99% na redução, coisa
assustadora, de cinco dias para dez minutos – o pessoal foi notando isso e
focando cada vez mais, falando: “espera aí, tem um algo a mais aqui”. E aí
que teve um momento que a gente virou a chavinha, a gente falou: “a gente
tem um produto aqui que pode crescer infinitamente”. E foi o momento
que todo o time teve o estalo junto e falou: “é, vamos focar que, agora,
nesse produto, precisamos atentar aos mínimos detalhes. É até engraçado:
muitas vezes, a gente tem ideias mirabolantes que a gente vai discutindo, e
o time discute também, a gente chega numa coisa totalmente diferente que
atende ainda melhor aquela dor que a gente tinha no começo. Toda essa
base construiu uma coisa que eu julgo essencial para a gente ter alcançado
esse objetivo inicial, que é: o cliente confia muito na gente. Então,
dependendo se eles chegam com a ideia, a gente fala: “muito bacana, mas
vamos virar, vamos olhar para o outro lado”, ele ter essa confiança. E outra
coisa que eu acho que seria o essencial é: time de negócios confia muito no
time de desenvolvimento, e o time de desenvolvimento confia muito no
time de negócios também, então está todo mundo trabalhando meio que
sincronizado, essa hegemonia que é incrível – eu acredito que foi o que fez
tanto a parte de negócio, quanto a parte técnica, e principalmente os
anseios do cliente ficarem todos juntos, a gente fez essa mistura e chegou
no grande produto que a gente tem hoje, já posso até encher a boca para
dizer isso. Então, acredito que tudo foi funcionando graças a essa sincronia
do time e daquela visão nos mínimos detalhes, ou seja, o usuário final, o
cliente vai receber o melhor do melhor. Então, é muito engraçado isso daí.
Luís: Matheus, eu vi entusiasmo na sua fala quando você disse que
percebeu que o produto tinha um potencial muito grande, e acho que para
nós da tecnologia, para quem trabalha com o produto, isso é o anseio de
muitas pessoas: conseguir fazer com que o produto gere valor a ponto de
ser escalável e ser algo muito maior do que ele foi idealizado no começo, e
vocês passaram por esse processo.
Rodrigo: E é legal: a gente passou por várias apresentações para a alta
direção, os demodês, e a gente apresentando esses números traz um
orgulho, a gente vendo o time apresentar – e não só a Melissa, não só o
(Becacini) , todo o time apresentando isso. Então, o
envolvimento ajuda muito o time técnico – não vinham pedidos, soluções
prontas. Tem questionamentos e isso que o (Becacini)  falou: a
evolução de que veio uma solução, e sempre a gente conseguindo
transformar em coisas melhores. Isso que eu acho que traz também um
engajamento maior e uma entrega com mais qualidade e satisfação de
todos.
Luís: Com certeza, isso parte da sinergia também, como o Matheus falou,
do negócio e da TI. A gente quebra esses silos, essas separações em que o
time de negócios apenas manda requisitos para o time de
desenvolvimento, e a gente começa a trabalhar como um squad de
verdade, como um time que pensa em soluções em conjunto. Acho que isso
é fantástico também.
Melissa: Exatamente. E tem, como o (Becacini)  falou, que gera
um amadurecimento do time, e as provocações que acontecem, os anseios,
os desejos – seja do negócio ou do time – ficam muito abertos a gente
discutir olhando para uma solução ideal para o negócio, e não levando
muito para uma questão de crítica do trabalho do time. Então, acho que
isso também é muito legal você ver esse amadurecimento de todos nós,
inclusive meu, dessa maturidade de estar discutindo várias vezes – a gente
brincou sobre isso, não é, (Becacini)  – de estar discutindo
decisões de negócio envolvendo o cliente para tomar decisões do que seria
um corte ideal para aquele desenvolvimento. Acho que isso é fantástico
também.
Luís: Sim. Melissa, você falou sobre essa sinergia do time. Eu imagino
também que seja um ambiente de pressão devido ao contexto, ao produto,
à situação. Vocês têm alguma história para me contar em relação a isso
também? Alguma dificuldade que o time passou, algo que foi desafiador,
algum tempo específico para alguma entrega, alguma coisa nesse sentido?
Rodrigo: Sempre no início dos projetos, a pressão acaba sendo maior
porque o cliente não está acostumado ao nosso modelo de trabalho. Por
isso que o corte do MVP no início é muito importante para trazer uma
tranquilidade na condução do projeto. O início do projeto, a gente tinha um
desafio muito grande, que existia um sistema legado que a própria TI não
dava manutenção nesse sistema: tinha poucas pessoas que tinham
conhecimento. Então, era uma base de dados com uma tecnologia bem
ultrapassada, e trabalhar em paralelo a isso, a gente teve que fazer
integrações referentes a isso, foi um desafio de realmente ter um corte do
MVP que trouxesse valor de uma forma mais rápida, mas que pudesse
conviver com o sistema legado, que ainda fazia parte. A gente até brincou
que a gente ia fazer um almoço quando a gente conseguisse fazer o velório
desse sistema – e demorou muito, mas a gente conseguiu trazer um valor
rápido, mas por isso, de realmente exercitar entregas menores que já
conseguissem demonstrar o valor. Isso, acho que depois ajudou a gente a
ter uma tranquilidade maior de trabalho. Teve vários outros desafios
durante esse período, que o pessoal pode falar.
Melissa: Teve. Acho que um desafio, a gente teve uma mudança grande no
sistema, no decorrer do ano, estrutural mesmo em termos técnicos,
(Becacini) , mas que, ao mesmo tempo, ia gerar muito valor para
o cliente. E o cliente ponderava para a gente: “eu entendo dessa
reestruturação, mas é o momento – até objetivando valor para o negócio –
de aumento de receita”, e foi muito interessante, porque a gente levou isso
para o time, a gente discutiu os riscos, discutiu os problemas, e tomou a
decisão que o melhor caminho – não teria um outro – era a gente quebrar
em etapas essas entregas, e aí a gente trouxe o cliente para próximo – ele
já é muito próximo, e trouxe ele para essa discussão, para falar: “para a
gente entregar esse valor sem riscos para o produto e para a operação –
que, hoje, já é grande – a gente vai ter que fazer cortes e decidir o que vai
entrar”. Em determinados momentos, principalmente no início das
entregas, não vai ser o resultado que você está esperando ali. Só que eu
acho que isso foi fantástico, porque o cliente comprou a ideia, a gente teve
várias reuniões de alinhamento sobre isso, mas hoje, a gente vê que foi o
melhor caminho, e eu acho que esse relacionamento ajudou muito isso
também, (Becacini) .
Matheus: Com certeza. Um exemplo que eu ia lembrar era exatamente esse
que você colocou, porque o comprometimento não parte só da gente de
DTI, do squad; a equipe que utiliza o produto hoje também tem um grande
apreço pelo sistema. Então, muitas vezes, eles já chegam para a gente:
“precisamos disso para funcionar dessa forma, que vai ser lindo, vai ser
ideal para a gente”. E naquele momento, como a Melissa colocou, era uma
mudança gigantesca, era colocar um sistema novo, se a gente fosse pensar
assim, e a gente falou: “calma, vamos devagar…” – até porque a gente
precisava ter certeza daquilo para fazer uma mudança daquele tamanho –
“… e vamos conversar”. Conversamos com o cliente, foram feitas todas as
reuniões de alinhamento, a Melissa sempre fazendo esse intermédio muito
bem – eu consegui também me envolver bastante. Vamos chamar de
negociação, mais uma troca de experiências para a gente chegar no modelo
ideal. E durante o processo de implementação, a gente foi aprendendo com
o que a gente estava fazendo e modificando aquilo ali, tanto que a gente
chegou num resultado – a gente olhando para trás – muito simples, que
atendeu até mais do que a gente esperava antes. Então, era um negócio
voltando ali: um time sincronizado, todo mundo confiando em todo mundo.
Não teve um momento de desconfiança, do tipo: “a equipe não quer fazer”,
“tudo bem ser grande, mas a gente precisa”. Não, eles confiavam:
“realmente, vamos escutar o que eles têm”, e a gente da mesma forma:
“vamos pegar o máximo de ideia do pessoal, que eles estão convivendo com
o sistema todo dia, então eles vão saber muitas vezes até melhor do que a
gente o que seria um pequeno parafuso que a gente mexesse que poderia
melhorar gigantescamente a experiência deles no dia a dia”.
Luís: E quando a gente envolve o usuário na construção da solução, a gente
abre os olhos para detalhes que são mínimos. Às vezes, a gente analisa a
parte de negócio do cliente e a parte de usuário, o que ele traz, de fato, no
dia a dia. Então, isso já é fundamental, como vocês trouxeram.
Melissa: Exatamente. E é uma coisa que o (Becacini)  falou, que
eu já ouvi muito o (Chuster)  falar sobre isso: os guardiões do
produto. Acho que o Sangue Bom, hoje, é esse guardião mesmo – e não sou
eu no meu papel de PO, o (Becacini)  no papel dele de DL; a gente
dá essa abertura para todo o time ser guardião e eles defenderem o
produto. Então, uma pessoa que hoje entra no time, ela está inserida ali, a
gente faz a apresentação do que é o produto, e ela pode, deve e faz
questionamentos e provocações, que é o objetivo nosso mesmo. Então,
acho que isso é interessante também, porque gera esse movimento junto
com o cliente e junto com o time.
Luís: Então, Melissa, vocês já têm essas informações, então ficou fácil para
vocês montar o pitch, entrar nessa seleção? Como é que foi?
Rodrigo: A gente precisa ter uma provocação. A gente já tinha, em uma
reunião de RDN, sido provocado para realmente trabalhar como squad de
verdade, e aí quando surgiu o prêmio – e ano passado, a gente também
tinha ganhado o prêmio – chamei os meninos:”chegou a hora de realmente
a gente apresentar todo esse resultado que a gente apresentou todo para
o cliente”. Então, fico realmente orgulhoso do time, da entrega, de
realmente trazer esse prêmio – mais um prêmio para o Pardini, mais um
prêmio para a Kaluma, para a Aliança Camaleão.
Melissa: Exatamente. Acho que quando a gente teve esse gatilho, quando
o Rodrigo comentou dessa reunião, o que a gente fez, (Becacini) ?
A gente levou isso para o time, a gente já fazia muitas atividades que
geravam valor, e acho que a gente teve só que pensar e criticar, falar:”o
que é o squad de verdade? Realmente a gente gera valor, e o que mais a
gente pode alimentar essa plantinha?”, porque eu acho que é um exercício
diário você plantar uma sementinha para crescer. Acho que a gente já tinha
plantado, foi só a gente colocar adubo para crescer e gerar esse pitch e
todos esses dados, todas essas informações. É legal, Luís, porque uma coisa
que eu lembrei aqui: nesse desafio que a gente teve dessa quebra, a gente
já estava nessa construção, nesse amadurecimento, e foi interessante
porque, a cada entrega nossa, o próprio time já media e já mensurava as
nossas entregas, não é, (Becacini) ? Então, a gente entregou e
falou: “a gente já mediu e está assim e assado”. Então, a gente tem que
ajustar ou não se a gente está no caminho certo. Então, o time já tinha essa
vontade de estar olhando entrega, vamos medir e vamos ajustar o que foi
necessário. Então, a gente exercitou isso muito também nesse desafio que
a gente teve nesse decorrer do ano.
Luís: Eu acho incrível esse nível de maturidade, de trabalhar com as
métricas de produto, de conseguir analisar elas e já, de cara, a gente
mensurou, a gente validou e a gente precisa de um novo discovery, precisa
focar nessa parte, ouvir o usuário. E quando a gente se dá por conta, está
todo mundo envolvido e imerso naquilo, e realmente o resultado começa a
aparecer. E como foi apresentar essa história em três minutos? Aqui, a
gente falou em 30 minutos, a gente trouxe vários detalhes e nuances, mas
como foi trazer isso em três minutos? Porque o pitch final da avaliação era
assim, era rapidão.
Melissa: Foi um desafio, mas foi um aprendizado e foi muito interessante,
porque eu acho que, no pitch, você faz – até na montagem dele – uma
retrospectiva de todo o trabalho. Então, foi uma construção do time todo,
a gente fez essa montagem, fez essa apresentação para o próprio time, mas
foi fantástico. Acho que a gente exercitar mesmo essa apresentação em tão
pouco tempo, a gente consegue enxergar realmente o que tem que ser dito
ali e o que realmente a gente entregou. Então, acho que é muito bom.
Luís: Acho que isso é reflexo de uma missão bem definida, um objetivo
claro, os resultados na mão, tudo isso condensado, acho que fica fácil. É só
chutar para o gol depois.
Melissa: É.
Rodrigo: Acho que tem uma frase na parede aqui que eu acho que norteia
muito o time: o sucesso deve ser medido por resultados de negócio, e não
por escopo. Acho que esse time tem muito claro e consegue realmente,
através das métricas, medir realmente as features que estão entregando,
se realmente estão trazendo resultado, testando realmente essas hipóteses
o mínimo possível, e isso trazendo um resultado positivo ou fazendo as
adequações para realmente atender e chegar naquele objetivo.
Luís: Um produto não tem fim também, a gente tem que ter essa
mentalidade: ele vai crescendo, vai se desenvolvendo, e às vezes a gente
precisa ir votar, mudar a ideia, mas ele não tem fim, e essa visão de produto
é que faz o valor ser gerado no fim das contas.
Melissa: O produto não tem fim, e esse exercício do time também não tem
fim, porque a gente sempre tem que estar ali alimentando, alguém tem que
estar puxando, alguém tem que estar provocando, alguém tem que estar
sendo o guardião para que ascoisastambémnãofiquemmornas. Temque
ter essa provocação mesmo para que gere movimento.
Luís: Pessoal, estamos caminhando para o fim do nosso segundo episódio.
Adorei o papo com vocês, rendeu bastante aqui, a gente conseguiu falar de
muitos detalhes que acabaram não aparecendo no pitch, e gostaria de abrir
espaço para vocês também. Agradeço a participação e a disponibilidade,
queria deixar um espaço para vocês passarem uma mensagem final para a
gente encerrar o nosso episódio.
Melissa: Eu quero agradecer todo o time – é um trabalho nosso – e agradecer
também a abertura do cliente, que sem essa abertura dele, a gente não
consegue fazer o nosso trabalho. E eu acho que é mais isso. Agradecer.
Estou muito feliz mesmo – em nome do time, a gente está muito feliz pelo
nosso prêmio, e ainda cada vez mais motivado, cada vez mais olhar para o
negócio, gerar valor, criar experimentos, mensurar o que a gente entrega,
porque é um trabalho sem fim. O produto não tem fim, assim como o
sangue nos olhos não pode ter fim também.
Luís: O sangue bom, não é?
Melissa: Sangue bom.
Matheus: Justamente isso. A gente é muito apegado, a gente gosta muito
dos processos, mas está sempre aberto a grandes mudanças. A gente nunca
foge do desafio. Sempre ali direcionado, vendo o objetivo no final do túnel,
mas nada impede da gente pegar a primeira curva à direita. Então, o mundo
é muito dinâmico, a gente também abraçou esse formato dinâmico de
trabalhar. Nada impede da nossa meta hoje ser uma, e amanhã ser outra,
mas que, no final, a gente vai estar muito orientado ao usuário final, ao
cliente, à geração de valor, que é sobre o que a gente falou bastante aqui
hoje. E, claro, não poderia deixar de agradecer principalmente todo mundo
do time que esteve sempre presente, que está sempre presente em todas
as discussões no dia a dia, que faz muito essa parte da criação desse
produto, desse squad de verdade que a gente tem hoje.
Rodrigo: Da minha parte, também só agradecimento e gratidão por todo o
trabalho, e realmente agradecer todo o time, toda a tribo, e ao Hermes
Pardini por essa oportunidade, que com certeza gerou valor, e a gente
afetou muitas pessoas nesse momento tão difícil, a gente trouxe um jeito
melhor de acolher essas pessoas nesse momento de pandemia. Então,
muito obrigado por todo esse trabalho para o time todo.
Luís: Pessoal, parabéns pelo prêmio, pelo bicampeonato, que venha o tri,
que venham novos desafios, novos produtos e muito mais sucesso pela
frente. A gente fica por aqui, e nos vemos – ou nos ouvimos, nos escutamos
– no próximo episódio da nossa série do Prêmio Agilistas. Valeu, até mais.

Descrição

Você gera valor diariamente para o seu cliente? No episódio de hoje, apresentamos a empresa Hermes Pardini, vencedora da categoria Squad de Verdade do Prêmio Agilistas 2021. Convidamos Melissa Ferreira, Rodrigo Valicente e Matheus Becatini, que atuam nesse squad trabalhando com o cliente vencedor, para debater sobre a importância de exercitar todos os dias o fornecimento de valor para o cliente, além de salientar que o envolvimento do time é essencial nesse processo.

Quer conversar com Os Agilistas? É só mandar sua dúvida/sugestão para @osagilistas no Telegram ou pelo e-mail osagilistas@dtidigital.com.br que nós responderemos em um de nossos conteúdos!