Em junho, Brian Chesky, CEO do Airbnb, participou de um painel do Config para falar sobre estratégia de produto. Porém, uma declaração dele sobre o papel do Product Manager viralizou. Descubra seu impacto no mercado.
Quem é Brian Chesky?
Brian Chesky é o CEO e um dos fundadores do Airbnb, conhecido aplicativo voltado para hospedagem sem burocracias.
Formado em Design Industrial, teve a ideia de criar o que seria o Airbnb com um colega de faculdade após dificuldades de pagar suas contas.
Além disso, sua própria casa serviu como base para o oferecimento do serviço.
Dessa forma, Brian foi o responsável pela liderança executiva do negócio. Por isso, o CEO é reconhecido até hoje pela sua capacidade de ouvir e aprender com a experiência de pessoas do mercado.
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Declaração de Brian Chesky sobre a atuação do Product Manager
No Config – Conferência Anual do Figma, o CEO fez uma declaração que deu o que falar nas redes sociais.
Em uma de suas falas, ele disse que no Airbnb eles acabaram com a função do Product Manager. Isso pode parecer algo bem drástico quando apenas essa frase é levada em consideração.
Segundo ele próprio, estão adotando práticas que na própria Apple já é comum. Assim, a ideia é que o gerente de produto não seja apenas mais um especialista em backlogs, mas que mergulhe mais no produto como um todo.
Confira a fala dele:
Full context on Chesky’s PM comment pic.twitter.com/FhKHTgu34d
— Carl Vellotti (@carlvellotti) June 23, 2023
Opinião: O Product Manager é um profissional que sumirá?
Olhando para todo o contexto atual e também para o mercado focado na produtividade operacional não é de se assustar com esse posicionamento. É natural que a função do Product Marketer fosse atrelada também à função do Product Manager como já é feito em empresas menores.
Diulia Almada, a host do podcast Os Agilistas, explica melhor como essa declaração de Brian Chesky representa o momento que o mercado de produtos digitais está passando:
Os Agilistas: Faz sentido que a função do Product Manager seja atrelada ao Product Marketer?
Diulia: Muito! A justificativa para que ela acontecesse é a busca por maior capacidade de articulação e defesa da solução pelos Product Managers, o que independente de existir ou não o papel do Product Marketer, precisa ser um ponto essencial nas skills de uma pessoa de produto.
Fato é que, cada vez mais, precisamos justificar investimentos, recalcular rotas e pensar nos produtos de ponta a ponta, para que possamos sentir e responder de forma mais adequada ao mercado.
Os Agilistas: o mercado está focado em eficiência e para os profissionais de produto, o que isso quer dizer?
Diulia: Quando fechamos os papéis em caixinhas, corremos o risco de deixar gaps entre as atuações do time e talvez esse seja a maior reflexão que precisamos ter, para além de ter um time de superespecialistas ou com papéis mais generalistas.
Qual a capacidade do seu time de assumir e fazer com excelência as atividades essenciais para a condução de um produto? Essa pergunta não é só para os product managers, mas para todos os membros do time.
Os Agilistas: Para fechar, nos deixe uma reflexão sobre o papel do profissional de produto!
Diulia: Não precisamos virar “heróis” para dar conta de tudo, mas a discussão sobre o que precisa ser feito precisa existir. Não podemos esperar que nossa atuação seja feita apenas de checklists pré-estabelecidos de atividades. As necessidades mudam, as atuações precisam se adaptar também.
Existem dúvidas que o foco é na eficiência digital?
As declarações de Brian Chesky sobre o Product Manager mostram uma mudança de paradigma pós-pandemia, mas que já era esperada. Não há mais espaço para focar no que não retorna resultados.
O Product Manager, assim como todo os profissionais de produto, devem estar focados em entregar o que as pessoas usuárias precisam para prosperar. Isso só acontece quando o alinhamento entre times e necessidades do usuário são a prioridade do negócio.
Por isso, o discovery ainda é muito importante. Isso porque, ainda discute-se sua relevância, por conta do tempo gasto em um ciclo de descobertas. Mais uma vez, a eficiência digital é o foco, onde com discoverys mais curtos, também temos ciclos mais curtos.
Assim, o teste de hipóteses também fica mais rápido. É momento de testar rápido e errar rápido, assim como os princípios ágeis sempre nos mostraram.
Este conteúdo foi retirado de uma das edições da Newsletter Agilistas, onde você tem acesso às tendências e reflexões do mundo ágil. Quer receber as edições mensais completas na sua caixa de entrada? Inscreva-se grátis abaixo com seu melhor e-mail.