Ser uma empresa forte na cultura data driven significa tomar decisões baseadas em dados. Isso garante o mapeamento de trajetórias e rotas mais facilmente, economizando tempo e dinheiro. Se você quer saber a importância de adotar a cultura data driven e como fazer a transição da sua empresa, continue lendo este artigo.
O que é Data Driven?

Quando falamos em iniciativas de dados, falamos de data science e temos uma boa definição dada por um livro referência no assunto.
Para a obra Data Science Para Negócios, do Provost e Fawcett, esse termo é o conjunto de princípios fundamentais que norteiam a extração de conhecimento a partir de dados.
Assim, temos uma quebra de paradigma se comparado com os métodos tradicionais de gestão. Aqui, para tomada de decisões, a principal fonte de conhecimento são os dados e não a intuição.
Sabemos que tradicionalmente a tomada de decisões ficava na intuição assertiva de quem liderou a empresa por anos. Contudo, segundo essa definição, as coisas mudaram.
Por que vale a pena ter uma cultura Data Driven?
Quando falamos em metodologia ágil, a cultura da empresa é algo que faz grande diferença. Além disso, esse modo de trabalho está diretamente ligado aos dados.
Por isso, uma cultura data driven faz diferença em todas as fases de construção de um produto. Isso garante que as decisões estarão baseadas unicamente em bons resultados a partir da geração de valor.
Enfim, quando toda a empresa entende essa importância e passa a basear suas decisões a partir dos dados, isso acaba melhorando os resultados.
Nesse sentido, uma pesquisa do MIT mostrou que quanto mais orientada a dados, mais produtiva é uma empresa. Da mesma forma, a Universidade de Nova York também confirmou esse fato com as organizações que usam tecnologias Big Data.
Como é o processo de tomada de decisão baseada em dados?
A extração dos dados serve como um apoio para definir os próximos passos, mas tem um objetivo por trás. Ela deve ser direcionada para a solução de um problema de negócio.
Então, os dados passam a não ser apenas as informações sobre um ativo estratégico da empresa. Assim, eles tem grande papel no desenho de toda a trajetória.
Com uma boa estratégia desenhada usando os dados, a empresa consegue tomar decisões mais assertivas. Dessa forma, a equipe não se perde no caminho e assegura o rumo estratégico decidido no roadmap.
Data driven x viés intuitivo: é 8 ou 80?
A transição para ser uma empresa data driven é contínua. Esse talvez seja o maior problema que as empresas tradicionais tem que lidar. Frequentemente, elas querem mudar radicalmente, o que pode não dar certo.
Deve existir um meio termo dentro desses dois extremos. Por isso, é algo que virá com o tempo, até porque, tem a ver com cultura.
É o mesmo caso da transformação digital de uma empresa. É algo constante e que depende de um período de tempo para ser implementado.
Nesse sentido, é importante não ter pressa, adequar os preceitos data driven com sua realidade e aos poucos ir inserindo no dia a dia da organização.
Como ter uma cultura data driven na prática?
O que deve ser observado aqui é como o viés intuitivo está impactando nas decisões da sua empresa. Para isso, temos um bom exemplo:
Imagine quando nos deparamos com uma pergunta muito complexa como “quão feliz você está com sua vida?”
Primeiramente, temos que levar em consideração muitos aspectos da nossa vida. Afinal, o aspecto financeiro, profissional, amoroso, familiar, saúde etc fazem diferença.
Como dá para ver, é complexo e nosso instinto natural é responder como está o nosso humor naquele momento. Enfim, não percebemos essa substituição natural, mas e se fosse uma tomada de decisão importante?
Uma análise baseada unicamente no viés intuitivo e momentâneo pode custar muito caro. Por isso, ter uma cultura data driven vai muito além do que apenas ter números em planilhas.
Para se ter bons resultados com análise de dados, isso deve fazer parte do seu dia a dia, até no inconsciente que tenta te levar para caminhos apenas intuitivos.
Conclusão
Sabemos que o ser humano naturalmente é falho e é algo até clichê de continuar repetindo. Porém, essa ideia pode nos ajudar a entender a importância da cultura data driven.
Nós temos dois sistemas na nossa mente que nos ajudam na tomada de decisão: o intuitivo, que é o mais rápido, baseado unicamente na nossa intuição.
Já o segundo, é um mais racional que demanda mais energia em nossas escolhas, já que pensamos racionalmente.
Em conclusão, nossa natureza é priorizar o sistema intuitivo que é mais rápido. Por outro lado, quando falamos em decisões empresariais, ele pode ser uma pegadinha. O equilíbrio e o discernimento é a base para tudo.
Este artigo foi baseado no nosso Enzimas #152 – Suas decisões baseadas em dados – Parte 1, com Victor Pontello, Head de Dados e Analytics da dti. Ouça abaixo: