Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

Mais princípios, menos regras

Os Agilistas já falaram da importância de mais princípios, menos regras no episódio #143. Agora, chegou o momento de dar continuidade a esse tema, acrescentando a importância da flexibilidade para o customer centric, confiança e maturidade para assumir as responsabilidades profissionais e humildade para não estagnar. Convidamos Felipe Silveira para esse bate-papo.  

Flexibilidade e rapidez de resposta 

O conceito de flexibilidade envolve algumas frentes importantes que podemos levar ao âmbito dos negócios: a qualidade de ser flexível, a versatilidade e a tolerância. Logo podemos perceber que essa não é uma realidade em processos engessados, que passam por diversas instâncias para chegar a uma decisão com base em mais princípios. 

Quando se lida com clientes de diferentes necessidades e requisitos, a flexibilidade não pode faltar. E é disso que se trata este princípio discutido no podcast. Quem está na ponta desses processos consegue entender melhor as solicitações e motivações desses consumidores e, consequentemente, retornar com maior prontidão a elas. 

mais princípios

E isso é ser, de fato, customer centric. O cliente deve ser o foco nas ações para possibilitar a rapidez nas respostas. Processos burocráticos estão longe de serem flexíveis, versáteis, tolerantes. Para a roda girar sem impactar a satisfação do consumidor, há que se abrir mão dos processos e confiar mais nas pessoas. O que nos leva a outro princípio fundamental. 

Partimos da confiança nas pessoas 

Decisões ágeis e flexíveis demandam autonomia dos profissionais com mais princípios. Mas como oferecer essa habilidade a eles quando há desconfiança em suas decisões? Afinal, como praticar a confiança em meio a processos que, naturalmente, já afastam as empresas desse princípio? Haverá sempre autonomia irrestrita e plena a eles? 

Vale ressaltar que confiança e maturidade estão intrinsecamente relacionadas. Quando este segunda é alta, não há razão para sabatinas, controle e cobrança constantes. Há que se ter em mente que o profissional sabe de suas obrigações e entende as consequências de seus atos –– por isso, é capaz de tomar decisões eficazes aos clientes e, sobretudo, ao negócio. 

“Realmente, para esse princípio ser aplicado, você precisa ficar no modo de observação forte. Por isso eu acho que tem a ver com estoicismo, que exige uma certa energia de ativação. Tem que praticar isso, fazer esse exercício”. 

Para atingir esse estágio de confiança, há investimentos que as empresas podem fazer para trazer maior alinhamento às decisões. Dessa forma, desvia-se o foco de que as pessoas estão à mercê de recompensas ou punições por seus atos. 

“O principal cerne da questão é: eu confio na boa intenção da pessoa de realizar um propósito dentro da empresa e de fazer uma grande coisa. Ela está ali para isso”. 

Ambiente de adultos 

Este princípio vem para completar o anterior. Afinal, é preciso haver uma balança entre o “partir da confiança” e as responsabilidades assumidas pelo profissional. Ele deve ser plenamente responsável por sua jornada, fazer a sua parte no que se refere aos ritos do negócio e necessidades da empresa. 

Mais princípios

Para viabilizar essa autonomia, haverá uma rede de apoio em torno do profissional. Mas ao passo que ele se aproveita dessa liberdade, ele precisa assumir suas responsabilidades, saber ouvir críticas em busca de um aprimoramento e, de fato, agir como um adulto. 

“Entender que a rede [de apoio] é um habilitador, mas ela não serve de nada se você não tiver um certo nível de proatividade, não levar a sério as suas responsabilidades ou não entender que você está sujeito a ter essas conversas difíceis”. 

Faz parte deste princípio se colocar como parte do problema, mas também como parte da solução. Ainda que tenha muitas funções individuais, um profissional nunca atua sozinho. É no coletivo que a empresa pode crescer e se diferenciar. Então, aceitar críticas e opiniões, a partir de conversas francas, faz parte de seu escopo. 

“A franqueza exercida de forma respeitosa é fundamental”. 

Orgulho temperado com humildade 

Em muitas vias, o orgulho pode ser confundido com arrogância. Este princípio busca fugir desse cenário, direcionando à felicidade e satisfação. Ou seja, celebrar as conquistas de determinada decisão que trouxe bons resultados em vez de se vangloriar de que fez escolhas certas. 

Não há que se parar nem diante do fracasso nem do sucesso. Afinal, um dia de grandes resultados e positividade é mais um dia na sua jornada profissional. Os próximos podem trazer novos desafios a serem superados, e o ciclo tem mais um início. 

“Ser bom é um estado transitório”. 

Quer manter o pensamento de mais princípios e menos regras? Quer saber mais do que estes temas preparam para você? Então, ouça o episódio do podcast completo agora mesmo!